APÓS A MORTE, IREMOS FICAR “DORMINDO” ESPERANDO O JUÍZO FINAL COMO AFIRMAM OS PROTESTANTES?

by - setembro 05, 2013

Salve Maria Imaculada!

Creio que todos já ouvimos a velha falácia de vários protestantes que afirmam que após a morte ficaremos “dormindo”. Normalmente eles falam isso para tentar persuadir os católicos de que Nossa Senhora está morta, e sendo assim não pode interceder por ninguém. Bom, mas será mesmo que Maria Santíssima e os santos da Igreja, assim como todos os justos que já faleceram estão “dormindo”? Será mesmo que Jesus que na instituição do Santíssimo Sacramento disse: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer.” (Lc 22,15), não estaria também desejando ardentemente que nós, homens e mulheres resgatados do pecado pelo preço de Seu Preciosíssimo Sangue, estivéssemos na Sua glória? Jesus morre na cruz e ressuscita para continuar na saudades de nós? Bom, para os protestantes sim. Acho que é preguiça de ler as Sagradas Escrituras que fazem esse povo pensar em dormir, e daí concluem que vamos “puxar um ronco” após a morte.

Analisando as Escrituras – e aqui pretendo falar apenas de algumas no próprio Novo Testamento – podemos ver de forma clara e irrefutável que quando Deus pedir a nossa vida, ou seja, quando nós morrermos teremos o nosso juízo particular, e de acordo com o justo juízo de Deus, iremos para o Céu quem estiver em pleno estado de graça, para o inferno quem estiver em pecado mortal na inimizade com Deus, e ainda aqueles que morrem em estado de graça mas ainda precisam ser purificados que vão para o purgatório.

Se nós observarmos na vida do próprio Jesus, iremos ver que essa história de “dormir” após a morte a espera do julgamento universal é balela. Leia por favor a seguinte passagem dos Evangelhos: “Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. E EIS QUE APARECERAM MOISÉS E ELIAS CONVERSANDO COM ELE. [...]” (Mateus 17,1-3). Bom, se após a morte iremos “dormir”, porque que Moisés e Elias não estavam tirando um cochilo? Dá para ver que essa doutrina da “sonolência após a morte” não tem nada a ver com a verdade. Podemos ver também que após a morte teremos os chamados novícimos (realidade após a morte: o purgatório sendo temporária pois trata-se de um tempo de purificação, e as realidades eternas: Céu e inferno.) se analisarmos o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas no Capítulo 16 e versículos de 19 à 31. Trata-se da parábola do rico e Lázaro. O pobre Lázaro sofreu na vida, passou miséria, doenças. O rico viva muito bem, obrigado. Mas quando o pobre Lázaro morre eis que diz Jesus no versículo 22: “Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.” Aí fica a pergunta: Por que os anjos não pegaram Lázaro e não o colocaram em uma cama box com travesseiros de pena de ganso para cochilar até a gloriosa volta de Cristo? No entanto, Jesus diz que os anjos levaram Lázaro para o Céu, no seio de Abraão (engraçado, Abraão também tinha insônia pelo visto). Mas não para por aí. Jesus segue dizendo: “E, estando ele (o rico) nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio.” (v. 23). É óbvio que após a morte iremos para a nossa nova realidade, de acordo com as nossas obras aqui na terra. Um foi para o Céu, o outro para o inferno. E tanto é verdade que Jesus não falava de realidade após a volta de Cristo, que Jesus fala que o rico pede para que se avise aos seus parentes sobre o inferno para que não vá parar lá eles também (v. 30). E aqui é bom não se confundir com caridade de alguém que foi para o inferno. Deus Pai fala para Santa Catarina de Sena, explicando essa passagem, que o rico pedia para avisar aos seus familiares, porque quando uma pessoa vai para o inferno, cada alma que cair lá também por conta de sua má vida, aumentam-se suas penas. E se já sofrem só com a alma no inferno, quando na vinda de Cristo estiverem de corpo e alma os tormentos serão maiores ainda. E o pior: são eternos.

Outra passagem muito clara é a seguinte: “Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: 'Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!'. Mas o outro o repreendeu: 'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum'. E acrescentou: 'Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!'. Jesus respondeu-lhe: 'Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso'”. (Lucas 23,39-43) Para mim as palavras benditas de Jesus são muito claras: HOJE estarás comigo no paraíso. Não foi daqui há alguns séculos, mas foi HOJE estarás comigo no paraíso. Ou seja, após tua alma sair do teu corpo, serás julgado, e pelo teu arrependimento, irás para o Céu em seguida, vinde bendito de meu Pai!.

Mas é claro que não se limitam a essas passagens a prova que teremos um juízo particular. Se você ainda tem dúvidas, veja o que o próprio São Paulo nos ensina na Carta aos Hebreus: “como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo” (Hebreus 9,27). Acho que São Paulo deixa as coisas muito bem esclarecidas. Logo após a morte (e morreremos uma só vez, não existe essa heresia espírita da reencarnação) seremos julgados, ou seja, teremos o nosso julgamento particular. E então – repito – se estivermos em total estado de graça iremos para o Céu, se precisarmos nos purificar – é o caso da maioria de nós – iremos para o purgatório, e os que morrem na desgraça do pecado mortal infelizmente vão para o inferno.

Antes de Cristo encarnar no seio Imaculado da Virgem Maria, sofrer Sua Paixão e ressuscitar, de fato o Céu estava fechado para nós. Mas é de uma ignorância ou falta de fé – confusão de fé mesmo – acreditar que após toda a obra de Cristo na terra nós iremos para uma realidade diferente das eternas. São Pedro fala: “Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É nesse mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes.” (1Pedro 3,18-19). O Céu estava fechado para esse povo, mas foi aberto pelo sangue de Jesus. Tanto que Pedro fala “...aos espíritos que ERAM detidos...”. Ou seja, é passado.

Para reforçar mais ainda, vamos citar o próprio livro do Apocalipse, tão citado, mas tão pouco compreendido por muitas pessoas. “Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depoitários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra?' Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para serem mortos.” (Apocalipse 6,9-11) – Aqui mata-se dois coelhos com uma paulada só. Aqui mostra-nos que o Céu já está povoado dos justos na glória de Deus, e mostra-nos que eles intercedem por nós. Aqui, nessa passagem do Apocalipse, Jesus ainda não voltou, portanto ainda não ocorreu o juízo universal. Mas o livro do Apocalipse já diz que debaixo do altar estava as ALMAS dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa de seu testemunho. Ou seja, almas santas. Santos mártires. Ora, eles não estavam separados, dormindo, no quarto escuro, esperando a volta de Cristo para unir a alma e o corpo para estar na glória. Mas a Palavra de Deus nos mostra que as suas ALMAS já estão na glória. E mostra-nos ainda que lá do Céu eles CLAMAM! Primeiro: Se eles pedem a vingança, podem pedir a benção. E entenda-se bem que aqui a vingança trata-se do clamor pela vinda de Cristo, aonde os justos irão para a glória, e os ímpios para o fogo eterno. Eles intercedem pela volta gloriosa de Cristo. E Deus responde aos seus clamores, dizendo que é preciso esperar até completar o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos. Ou seja: nós! Portanto, se nós morrermos na graça de Deus, faremos companhia a estes grande santos, na glória de Deus, louvando e bendizendo, adorando a grandíssima majestade da Santíssima Trindade. E como diz a própria Palavra, estaremos clamando.

Fora que se lermos Apocalipse 12 iremos ver a Rainha, ou seja, Nossa Senhora coroada, com o Menino Jesus, que é o grande Rei. Ela, viva, e coroada como Rainha. “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Apocalipse 12,1)

Finalizo com um trecho do Catecismo da Igreja Católica: Que é ressuscitar? Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao passo que sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida a seu corpo glorificado. Deus, em sua onipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível a nossos corpos, unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus.
Quem ressuscitará? Todos os homens que morreram: “Os que tiverem feito o bem (sairão) para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento” (Jo 5,29)
De que maneira? Cristo ressuscitou com seu próprio corpo: “Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu!” (Lc 24,39). Mas ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma, nele “todos ressuscitarão com seu próprio corpo, que têm agora”; porém, este corpo será “transfigurado em corpo de glória”, em “corpo espiritual” (1Cor 15,44). CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 997 À 999


SALVE MARIA IMACULADA!

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1 comentários

  1. " Que seja abençoado por Javé que não deixa de ter misericórdia pelos vivos e pelos mortos." Rute 2, 20.

    A paz de Jesus e o amor de Maria!

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