APÓS A MORTE, IREMOS FICAR “DORMINDO” ESPERANDO O JUÍZO FINAL COMO AFIRMAM OS PROTESTANTES?
Salve
Maria Imaculada!
Creio
que todos já ouvimos a velha falácia de vários protestantes que
afirmam que após a morte ficaremos “dormindo”. Normalmente eles
falam isso para tentar persuadir os católicos de que Nossa Senhora
está morta, e sendo assim não pode interceder por ninguém. Bom,
mas será mesmo que Maria Santíssima e os santos da Igreja, assim
como todos os justos que já faleceram estão “dormindo”? Será
mesmo que Jesus que na instituição do Santíssimo Sacramento disse:
“Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de
sofrer.” (Lc 22,15), não estaria também desejando ardentemente
que nós, homens e mulheres resgatados do pecado pelo preço de Seu
Preciosíssimo Sangue, estivéssemos na Sua glória? Jesus morre na
cruz e ressuscita para continuar na saudades de nós? Bom, para os
protestantes sim. Acho que é preguiça de ler as Sagradas Escrituras
que fazem esse povo pensar em dormir, e daí concluem que vamos
“puxar um ronco” após a morte.
Analisando
as Escrituras – e aqui pretendo falar apenas de algumas no próprio
Novo Testamento – podemos ver de forma clara e irrefutável que
quando Deus pedir a nossa vida, ou seja, quando nós morrermos
teremos o nosso juízo particular, e de acordo com o justo juízo de
Deus, iremos para o Céu quem estiver em pleno estado de graça, para
o inferno quem estiver em pecado mortal na inimizade com Deus, e
ainda aqueles que morrem em estado de graça mas ainda precisam ser
purificados que vão para o purgatório.
Se
nós observarmos na vida do próprio Jesus, iremos ver que essa
história de “dormir” após a morte a espera do julgamento
universal é balela. Leia por favor a seguinte passagem dos
Evangelhos: “Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago
e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. Lá
se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol,
suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. E EIS QUE
APARECERAM MOISÉS E ELIAS CONVERSANDO COM ELE. [...]” (Mateus
17,1-3). Bom, se após a morte iremos “dormir”, porque que
Moisés e Elias não estavam tirando um cochilo? Dá para ver que
essa doutrina da “sonolência após a morte” não tem nada a ver
com a verdade. Podemos ver também que após a morte teremos os
chamados novícimos
(realidade após a morte: o purgatório sendo temporária pois
trata-se de um tempo de purificação, e as realidades eternas: Céu
e inferno.) se analisarmos o Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
no Capítulo 16 e versículos de 19 à 31. Trata-se da parábola do
rico e Lázaro. O pobre Lázaro sofreu na vida, passou miséria,
doenças. O rico viva muito bem, obrigado. Mas quando o pobre Lázaro
morre eis que diz Jesus no versículo 22: “Ora,
aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de
Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.” Aí
fica a pergunta: Por que os anjos não pegaram Lázaro e não o
colocaram em uma cama box com travesseiros de pena de ganso para
cochilar até a gloriosa volta de Cristo? No entanto, Jesus diz que
os anjos levaram Lázaro para o Céu, no seio de Abraão (engraçado,
Abraão também tinha insônia pelo visto). Mas não para por aí.
Jesus segue dizendo: “E,
estando ele (o rico) nos tormentos do inferno, levantou os olhos e
viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio.” (v. 23).
É óbvio que após a morte iremos para a nossa nova realidade, de
acordo com as nossas obras aqui na terra. Um foi para o Céu, o outro
para o inferno. E tanto é verdade que Jesus não falava de realidade
após a volta de Cristo, que Jesus fala que o rico pede para que se
avise aos seus parentes sobre o inferno para que não vá parar lá
eles também (v. 30). E aqui é bom não se confundir com caridade de
alguém que foi para o inferno. Deus Pai fala para Santa Catarina de
Sena, explicando essa passagem, que o rico pedia para avisar aos seus
familiares, porque quando uma pessoa vai para o inferno, cada alma
que cair lá também por conta de sua má vida, aumentam-se suas
penas. E se já sofrem só com a alma no inferno, quando na vinda de
Cristo estiverem de corpo e alma os tormentos serão maiores ainda. E
o pior: são eternos.
Outra
passagem muito clara é a seguinte: “Um
dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: 'Se és o
Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!'. Mas o outro o
repreendeu: 'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo
suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os
nossos crimes, mas este não fez mal algum'. E acrescentou: 'Jesus,
lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!'. Jesus
respondeu-lhe: 'Em verdade te digo: hoje estarás comigo no
paraíso'”. (Lucas 23,39-43)
Para mim as palavras benditas de Jesus são muito claras: HOJE
estarás comigo no paraíso. Não foi daqui há alguns séculos, mas
foi HOJE estarás comigo no paraíso. Ou seja, após tua alma sair do
teu corpo, serás julgado, e pelo teu arrependimento, irás para o
Céu em seguida, vinde bendito de meu Pai!.
Mas
é claro que não se limitam a essas passagens a prova que teremos um
juízo particular. Se você ainda tem dúvidas, veja o que o próprio
São Paulo nos ensina na Carta aos Hebreus: “como
está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida
vem o juízo” (Hebreus 9,27).
Acho que São Paulo deixa as coisas muito bem esclarecidas. Logo após
a morte (e morreremos uma só vez, não existe essa heresia espírita
da reencarnação) seremos julgados, ou seja, teremos o nosso
julgamento particular. E então – repito – se estivermos em total
estado de graça iremos para o Céu, se precisarmos nos purificar –
é o caso da maioria de nós – iremos para o purgatório, e os que
morrem na desgraça do pecado mortal infelizmente vão para o
inferno.
Antes de Cristo encarnar no seio
Imaculado da Virgem Maria, sofrer Sua Paixão e ressuscitar, de fato
o Céu estava fechado para nós. Mas é de uma ignorância ou falta
de fé – confusão de fé mesmo – acreditar que após toda a obra
de Cristo na terra nós iremos para uma realidade diferente das
eternas. São Pedro fala:
“Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados – o
Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em
sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É nesse mesmo
espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no
cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido
rebeldes.” (1Pedro 3,18-19). O
Céu estava fechado para esse povo, mas foi aberto pelo sangue de
Jesus. Tanto que Pedro fala “...aos espíritos que ERAM
detidos...”. Ou seja, é passado.
Para reforçar mais ainda, vamos
citar o próprio livro do Apocalipse, tão citado, mas tão pouco
compreendido por muitas pessoas. “Quando
abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados
por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram
depoitários. E clamavam em alta voz, dizendo: 'Até quando tu, que
és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e
sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra?' Foi então
dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que
aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos
companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para serem
mortos.” (Apocalipse 6,9-11)
– Aqui mata-se dois coelhos com uma paulada só. Aqui mostra-nos
que o Céu já está povoado dos justos na glória de Deus, e
mostra-nos que eles intercedem por nós. Aqui, nessa passagem do
Apocalipse, Jesus ainda não voltou, portanto ainda não ocorreu o
juízo universal. Mas o livro do Apocalipse já diz que debaixo do
altar estava as ALMAS dos homens imolados por causa da palavra de
Deus e por causa de seu testemunho. Ou seja, almas santas. Santos
mártires. Ora, eles não estavam separados, dormindo, no quarto
escuro, esperando a volta de Cristo para unir a alma e o corpo para
estar na glória. Mas a Palavra de Deus nos mostra que as suas ALMAS
já estão na glória. E mostra-nos ainda que lá do Céu eles
CLAMAM! Primeiro: Se eles pedem a vingança, podem pedir a benção.
E entenda-se bem que aqui a vingança trata-se do clamor pela vinda
de Cristo, aonde os justos irão para a glória, e os ímpios para o
fogo eterno. Eles intercedem pela volta gloriosa de Cristo. E Deus
responde aos seus clamores, dizendo que é preciso esperar até
completar o número dos companheiros de serviço e irmãos que
estavam com eles para ser mortos. Ou seja: nós! Portanto, se nós
morrermos na graça de Deus, faremos companhia a estes grande santos,
na glória de Deus, louvando e bendizendo, adorando a grandíssima
majestade da Santíssima Trindade. E como diz a própria Palavra,
estaremos clamando.
Finalizo com um trecho do Catecismo
da Igreja Católica: Que é
ressuscitar? Na morte, que é separação da alma e do corpo, o corpo
do homem cai na corrupção, ao passo que sua alma vai ao encontro de
Deus, ficando à espera de ser novamente unida a seu corpo
glorificado. Deus, em sua onipotência, restituirá definitivamente a
vida incorruptível a nossos corpos, unindo-os às nossas almas, pela
virtude da Ressurreição de Jesus.
Quem ressuscitará? Todos os
homens que morreram: “Os que tiverem feito o bem (sairão) para uma
ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma
ressurreição de julgamento” (Jo 5,29)
De que maneira? Cristo
ressuscitou com seu próprio corpo: “Vede as minhas mãos e os meus
pés: sou eu!” (Lc 24,39). Mas ele não voltou a uma vida
terrestre. Da mesma forma, nele “todos ressuscitarão com seu
próprio corpo, que têm agora”; porém, este corpo será
“transfigurado em corpo de glória”, em “corpo espiritual”
(1Cor 15,44). CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 997 À 999
SALVE MARIA IMACULADA!
1 comentários
" Que seja abençoado por Javé que não deixa de ter misericórdia pelos vivos e pelos mortos." Rute 2, 20.
ResponderExcluirA paz de Jesus e o amor de Maria!