Já de antemão quero dizer duas coisas: Deus não quer a guerra, mas pode, por desÃgnios ocultos ao homem, permitÃ-la; e não desejo, com este texto, gerar ansiedade, mas, pelo contrário, levar à uma confiança em Deus e levar o povo cristão a fazer o que o Céu quer para se evitar os males temporais e, principalmente, o mal maior da perdição na vida futura.
As
pessoas ultimamente só falam de polÃtica e ligam a esta qualquer coisa. As pessoas
temem o comunismo mais do que o inferno. Há quem queira lutar com grande afinco
contra toda e qualquer ideologia, mas apenas no campo polÃtico-ideológico, nem
que para isso abrace outra ideologia também condenada pela Igreja.
Sabendo que Deus não permite um mal se dele não puder tirar um bem maior, ensina-nos São Padre Pio:
“(...)
Sei que esta bendita guerra será salutar para nossa Itália, que despertará no
coração italiano a fé, ali esquecida num canto e sufocada pelos maus desejos,
que, de um terreno quase árido e seco, fará desabrochar belÃssimas flores na
Igreja de Deus... Mas, meu Deus, antes que isso aconteça, como será dura a
prova por que teremos de passar.”
São
Padre Pio, grandiosÃssimo mÃstico da Igreja, lamenta os sofrimentos da guerra,
mas abre-nos os olhos espirituais para observar os bens que sairiam daquele mal
bélico. Ora, Deus permitiu a guerra para que num último recurso as pessoas
convertessem-se à Verdade e, assim, não perdessem a alma. A guerra é, aliás,
uma das formas do cumprimento das palavras de São João Paulo II: “O homem pode construir
um mundo sem Deus; porém, este mundo se voltará contra o homem”. A guerra é
o homem destruindo o homem; mas, pode no sofrimento da guerra o homem olhar
para o Céu e reconhecer que sem Deus não é nada.
Logo,
mais do que lutar no campo polÃtico, Deus quer de nós a conversão do nosso
coração, a confissão, a participação na Santa Missa e comunhões. Deus quer que
rezemos! Todos os males do mundo, inclusive os advindos do campo polÃtico, têm
como origem o nosso pecado. Não esqueçamos que, embora Nossa Senhora tenha dito
em Fátima que os erros da Rússia se espalhariam pelo mundo, Ela diz-nos que isso
seria um castigo se os homens não parassem de ofender a Deus. Os erros da
Rússia, a guerra, as perseguições a Igreja são consequências e não a origem do
mal do mundo. A origem do mal é o pecado. Para mudar a sorte do mundo não
importa a urna, nem em quem se vota na urna, mas o coração do votante, isto é a
verdadeira conversão do povo.