Reflexões pós natal – O ódio de satanás contra a encarnação do Verbo
Salve Maria Imaculada!
Após este Natal fiquei
refletindo sobre algumas coisas. O que é mesmo Natal? Como é
difícil ver que as pessoas celebram algo que desconhecem. As pessoas
tem o Natal simplesmente como um feriado qualquer tirado para cometer
pecados. O que as pessoas fazem nesta data tão especial para nós
católicos, é o mesmo que fazem em festas mundanas como Carnaval.
No Natal celebramos (celebrar,
alegrar-se, e não farrear mundanamente) o nascimento do Senhor Jesus
Cristo. Aliás, é muito mais que um nascimento de uma pessoa. O
nascimento de Jesus marca para nós a encarnação do Verbo, ou seja,
é Deus quem se encarna e se faz homem no meio de nós. Mas muitos
cristãos parecem não se importar com isso...
Muita gente acha que o Natal é
tempo de filantropia. É comum vermos as velhas campanhas de pseudo
caridade. Obviamente que não sou contra a ajuda ao próximo. Mas é
que parece que morador de rua só come no Natal, só sente frio no
Natal... Se o Natal é a celebração da encarnação do Verbo, ou
seja, Deus está no meio de nós; será que não seria interessante,
e muito mais cristão da nossa parte, ajudar os mais pobres durante
todo o ano?
Nessa época as pessoas desejam
paz, felicidade, alegria, amor, etc., e tal. Mas muitos nem acreditam
na existência de Cristo. Sejamos sinceros: o que é paz? Nós só
teremos paz em Cristo. Aliás, Cristo é o nosso Shalom! Cristo é a
verdadeira paz. Como Ele mesmo diz para Santa Faustina: “o mundo
não encontrará paz enquanto não se voltar para a minha
misericórdia”. Ora, como desejamos a paz se estamos em meio a
guerra do mundo e queremos continuar nela? Que guerra? - podem me
perguntar alguns -. A guerra da bebedeira, da prostituição, das
drogas, do divórcio, da sodomia, da bagaceira geral. Paz? Só na
vida em Cristo! Felicidade? Em Cristo! Alegria? Nunca encontrei nos
vinhos velhos que bebi, na vida passada, mas só encontrei no vinho
novo da vida em Cristo! Amor? Só encontrei no Ressuscitado que
passou pela Cruz! Até quando essa sociedade será hipócrita e
ficará procurando a felicidade onde não tem? Só em Deus podemos
ser felizes.
Não sou melhor do que ninguém.
Antes seja pior que todos. Mas Deus, através de Nossa Senhora, em
Sua infinita Misericórdia, me deu a graça de na véspera de Natal
ir para o Santo Sacrifício da Missa celebrada por Dom Aparecido,
comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, celebrar o Natal lá, voltar
pra casa na verdadeira paz que só encontro na Eucaristia. Mas em
contrapartida no caminho a gente vê a degradação do mundo, a falsa
paz, o ódio do encardido à encarnação do Verbo. Tanta bebedeira,
latas de cerveja, farras, músicas mundanas dos piores níveis... Em
casa dava para ouvir. E era tanta festa por perto que tinha hora que
era bem três ritmos diferentes ao mesmo tempo. Muito mundanismo no
dia que celebramos a encarnação daquele que veio, se encarnou,
morreu na Cruz e ressuscitou para nos tirar do mundo pecaminoso.
Mas não quero simplesmente
dizer “poxa, ninguém celebra o Natal direito, ninguém quer saber
de Deus.” Não! Na verdade, nesses dias natalinos eu refleti de uma
forma diferente. Na realidade eu não vi tanto o pecado ao meu redor.
Eu simplesmente vi que o pecado que me rodeia é reflexo do pecado
que está dentro de mim. Sim! O pecado da minha omissão. O pecado da
minha falta de oração. Não adianta eu dizer que ninguém lembra de
Cristo no Natal, se durante todo ano eu não fiz a vontade de Deus
que era evangelizar e levar Cristo para essas pessoas que não O
conhecem. Muitos sabem de Jesus só de nome; vão pra Igreja, até
servem, mas não tiveram uma experiência com Cristo. Sim, eu deveria
ter me mortificado, sangrado, dado a vida para que Cristo fosse
adorado neste lugar. Então, se eu não consumi a minha vida pela
evangelização, que direito eu tenho de apontar o dedo? O mais podre
sou eu que não fiz a vontade do meu Amado. Maior pecado tem eu,
porque eu O conheço e não O transmiti para as pessoas. Para que
alguém tenha fé, é preciso que alguém pregue. Eu não preguei
como deveria.
Nossa Senhora quando apareceu em
Fátima disse de forma direta: “Muitas almas vão para o inferno
porque não há quem reze e se sacrifique por elas”. Talvez neste
Natal muitos se encaminharam para a perdição. Mas o que me dói é:
eu rezei e me sacrifiquei para que se convertessem? É, meus caros
irmãos, é preciso dar a vida. Conversão! Conversão! Conversão!
Nossa Senhora, também em Fátima, disse aos pastorinhos que se o
povo rezasse o terço todos os dias acabaria a guerra. Se essa guerra
do pecado não cessa, e até no Natal vimos o que vimos, é porque
nem o povo Católico tem rezado o Terço (vamos nem citar o Rosário
para não passarmos vergonha). Então busquemos sempre ao ver essas
situações rezar “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim
pecador”, pois o pecado da nossa omissão em anunciar Cristo,
denunciar o pecado, enfim, esse nosso calar tem feito o mundo se
afogar em pecados. E se não nos convertermos o mundo se afogará na
ira de Deus.
Mas toda essa onda de pecados
nesta celebração do Natal é instigada pelo demônio. Meus queridos
irmãos, o demônio odeia o mistério da encarnação de Jesus no
seio da Virgem Maria. Lembro-me que em um retiro em que uma garota
manifestou o inimigo, fomos rezar o Rosário pedindo a sua libertação
da opressão do mal. Quando rezávamos o Credo e falamos “...nasceu
da Virgem Maria” o encardido começou a rir e meio que zombar (se
não me engano até disse “não creio não” – e rindo). Por
quê? Porque ele odeia tanto a Virgem Maria, pois a Virgem Santa
disse SIM a Deus, foi humilde, obediente, e Ela se tornou o primeiro
Sacrário vivo de Jesus. E depois porque odeia a encarnação do
Verbo em si. Ou seja, o demônio odeia ver o amor de Deus por nós.
Deus se humilha ao se fazer homem. Para nos salvar. Para nos tirar
das garras do demônio. E se o demônio não conseguiu derrotar Jesus
durante Sua missão na terra. Cristo morreu na Cruz e ressuscitou. Se
ele não conseguiu tocar na Virgem Maria (que foi Imaculada e não
cometeu pecado nenhum na terra, nem mesmo venial, foi toda pura); ele
então toca na humanidade podre a fazendo profanar no dia santo do
Natal. Se ele não conseguiu impedir a encarnação do Verbo, ele
profana essa celebração. Faz que os homens cometam os pecados mais
horríveis e cometam atos de ódio contra Deus, no dia da Sua
encarnação. Sim, tudo pra provocar a Deus. O demônio é sujo.
Tanto é verdade que vemos o Carnaval, por exemplo, sendo uma época
que com certeza é a que mais se cometem pecados mortais, sendo
festejado no início da Quaresma. Ou seja, na época de conversão o
demônio faz as almas se perderem. Na época em que nos preparamos
para a Semana Santa para meditarmos a Paixão, Morte e Ressurreição
de Cristo, o demônio faz com que os homens cuspam na cruz de Nosso
Senhor Jesus Cristo com seus pecados.
E quero encerrar essa meditação,
lembrando a você que esteja em pecado mortal, que esteja festejando,
farreando, nas drogas, na prostituição, na vida podre... Seja
sincero, você não é feliz. A tua felicidade é Cristo. Volto a
lembrar o que disse Jesus à Santa Faustina: “O MUNDO NÃO
ENCONTRARÁ PAZ ENQUANTO NÃO SE VOLTAR PARA A MINHA MISERICÓRDIA!”
Volte para Cristo! Confesse os teus pecados para um padre. Seja
santo. Essa é a vontade de Deus. “Sede santo, porque eu, o Senhor
vosso Deus, sou santo” (Lev. 19,2). Não há pecado que não possa
ser perdoado, pois a Misericórdia de Deus é infinita. VOLTE PRA
DEUS!
“Ninguém
é tão pecador, que não alcance misericórdia. A misericórdia
divina é maior que nossas maldades. Mas sob a condição de que
desejemos nos corrigir na santa confissão, com o propósito de
preferir a morte ao vômito (Pr26,11)” (Santa Catarina de Sena)
Por agora satanás pode estar
fazendo almas se perderem. Mas eu creio nas promessas de Nossa
Senhora em Fátima: “POR FIM O MEU IMACULADO CORAÇÃO
TRIUNFARÁ!”
Salve Maria Imaculada!
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