A dor de Jesus e da Virgem Maria por causa dos maus religiosos e sacerdotes
Meus irmãos e
irmãs, nós sabemos que nem tudo aquilo que reluz é ouro; assim,
nem todo aquele que veste um hábito religioso (quando se veste...)
de fato vive a verdadeira religião. Sabemos que existe uma grande
Crise no Clero e a na vida religiosa de um modo geral. Infelizmente
muitos professam os votos evangélicos (pobreza, castidade e
obediência) e não vivem estes votos. Mas não vivem porquê? Por
que não querem? Bom, apesar de saber que existem religiosos,
incluindo padres e até mesmo Bispos, que entraram na vida
eclesiástica por motivos diversos, mas não como motivo principal
propagar o Evangelho, ou seja, anunciar a pessoa de Jesus Cristo.
Existem pessoas que talvez nem acreditem em Deus, mas estão fingindo
ser pessoas de religião, tornam-se freiras, freis, padres, Bispos,
talvez até cardeais, mas não são nem bons Cristãos
verdadeiramente.
Há aqueles que não
conseguem viver estes votos pelo fato de que foram introduzidos em
uma vida religiosa que afasta da religião. Soa contraditório,
estranho, sem sentido, mas é o que acontece. É da sabedoria popular
que uma maçã podre no meio das boas estraga estas. Ora, maus
religiosos como exemplo, acabam estragando os jovens com bons
propósitos; e estes ou saem de vez da vida religiosa (quando não
apostatam de vez), ou acabam por se tornar estes religiosos que, as
vezes, não são nem bons nem ruins, são tíbios, são maus
religiosos. Pessoas apegadas as coisas da terra, as coisas
passageiras. Por isso é comum vermos religiosos e até pertencentes
ao Clero que se analisarmos bem não tem maldade nenhum, mas propagam
coisas contrárias a fé e/ou omitem a verdade. São pessoas
“acolhedoras”. Sabem que determinada conduta é pecado, condenada
pela Igreja, mas tem medo de falar que ato x ou y seja pecado para a
pessoa não se ofender porque teme que a pessoa vá embora e não
volte nunca mais. Veja, existem sacerdotes que não tem a intenção
de mandar ninguém pro inferno; não obstante foi contaminado de tal
maneira que esqueceu que o pecado ofende a Deus, e que deve-se falar
a verdade para que a pessoa se converta, confesse, comungue e viva de
fato uma amizade com Cristo. Nisso podemos ver com alguns padres que
foram doutrinados pelos hereges da “Teologia da Libertação”,
que não são hereges como estes, mas acabaram imitando no quesito
respeito humano. Há padres que atendem de boa vontade, celebram a
Missa sem abuso, mas foram mordidos pela serpente do respeito humano.
Ou religiosos que querem ser fiéis a Cristo, vivem a castidade, mas
mais faz festa no convento do que oração. E ainda usa da alegria de
ser de Cristo para alimentar as festas, as algazarras, as dissipações
que ocorrem.
Para falar melhor
sobre esta situação, quero citar aqui um trecho do Diário de Santa
Faustina, onde ela narra o que Jesus disse sobre os religiosos
tíbios:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBA0gkdB4yuwY6Qvx_91RztagB4h1v6zYN4VEK853INN5AEGlCHrs2TfyCNLboczacTZNfiiuS_Q8Q6g5L2etqNhWxWPEY0WPh8i1fKJq2stSzJ-030ZSJXzd-lOH3_bVDcXtLNAjnPKU/s1600/miseric%C3%B3rdia.png)
Como poderão
sentar-se na prometida sede do julgamento do mundo, se as suas culpas
são mais graves que as do mundo, se não há penitência nem
reparação?... Ó coração que Me recebeste de manhã e que já ao
meio-dia respiras ódio contra Mim, sob as mais diversas formas. Ó
coração escolhido especialmente por Mim, será que o fostes para me
fazeres sofrer mais? - Os grandes pecadores do mundo ferem o Meu
Coração como que superficialmente, mas os pecados da alma eleita
transpassam o Meu Coração...
Quando quis interceder por elas, nada consegui encontrar para a sua
justificação e, não podendo pensar no que quer que fosse para a
sua defesa, a dor apertou-me o coração e eu chorava amargamente.
Então, o Senhor olhou-me bondosamente e consolou-me com estas
palavras: -Não chores, existe ainda um grande número de almas
que Me amam muito, mas o Meu Coração deseja ser amado por todos, e,
porque o Meu amor é grande, por isso os ameaço e castigo.”
(Diário de Santa Faustina 1702 – 1703)
![]() |
N.Senhora chorando quando aparece em La Salette para as duas crianças |
Conseguem compreender a dor de Cristo ao falar isso? Veja, não estou
citando nomes. Não é esta a minha intenção. Mas veja que já nos
dias de Santa Faustina o Senhor já sofria com o relativismo nas
casas religiosas. Relativismo este que Nossa Senhora já havia
preanunciado em La Salette quando disse: “Nos
conventos, as flores da Igreja estarão putrefatas, e o demônio se
converterá no rei dos corações. Que os que estão à frente das
comunidades religiosas vigiem as pessoas que irão receber, porque o
demônio usará de toda a sua malícia para introduzir nas ordens
religiosas pessoas dadas ao pecado, pois as desordens e o amor aos
prazeres da carne estarão espalhados por toda a Terra.[...]
Tremei, ó Terra, e vós que fazeis profissão de servir a Jesus
Cristo e que, dentro de vós, adorai-vos a vós mesmos. Tremei,
porque Deus vos vai entregar ao Seu inimigo, porque os lugares santos
estão na corrupção; muitos conventos já não são casas de Deus,
mas pastos de Asmodeu e dos seus.” - Infelizmente
nós sabemos que isso tem ocorrido em muitos lugares. Quantas vezes
ouvimos falar que aqueles que deveriam ser exemplos de desapego das
coisas terrenas são os exemplos de apego. E repito: não estou aqui
falando mal de A ou de B, estou apenas propagando as palavras de
Jesus e da Virgem Maria, e falando num contexto geral. Um padre
pecador, bem pecador, beijo a mão dele porque é a mão de Cristo e
ele me traz Jesus eucarístico; eu, posso achar que sou muito santo,
mas se alguém beijar minha mão, tá beijando a mão do homem, se eu
pegar a hóstia e o cálice pra consagrar vai continuar sendo pão e
vinho. Mas escrevo tudo isso para: se você que está lendo é
religioso ou sacerdote, volte ao primeiro amor, ao amor radical, a
dar a vida por Jesus. Seja fiel a Jesus. Consuma sua vida pra Jesus.
Veja, Jesus disse aí para Santa Faustina que insituiu os conventos
para que através de vocês o mundo seja santificado; hoje nós vemos
que através de leigos com as novas comunidades é que se tem
suscitado algumas vocações e dado forças para que alguns irmãos
religiosos e padres sejam fiéis. Mas vocês tem essa missão. Uma
vez eu ouvi dizer que Jesus falou à uma santa – não lembro quem –
que se se todos os religiosos do mundo todo fossem fiéis aos seus
votos na sua vocação, ninguém iria ao inferno. E óh que tristeza
vemos! Meu pai que és sacerdote e/ou religiosa, veja que Cristo fala
pra Santa Faustina que que quer ser amado por todos, que o amor dEle
é grande. Ele dá a graça de todos serem santos. Não se engane:
Jesus não deu a santidade para São João Maria Vianney, mas já
para o padre fulano que foi excomungado Deus não deu a graça.. Não!
Deus deu a graça e o chamamento a todos. Deus não deu a graça da
santidade apenas para São Francisco de Assis, mas deu também para
todos os religiosos. Será que não são os religiosos de hoje (e os
leigos também) que têm se oposto as inspirações do Senhor e
procurado apego nas coisas terrenas?
Quero
encerrar apenas lembrando este ponto que Jesus afirmou à Santa
Faustina: Não
posso suportá-las, por que não são boas nem más. Instituí os
conventos para santificar por elas o mundo, e deles deve brotar uma
forte chama de amor e sacrifício. E se não se converterem e não se
inflamarem do amor primitivo, Eu os entregarei ao extermínio deste
mundo. - Eis
a solução para a escassez de vocação em muitas dioceses e
conventos. Jesus diz que o mal da vida religiosa é a tibieza. Ora,
seja quente! Viva a radicalidade. E como viver isso? Jesus diz:
voltem ao primeiro amor. As palavras exatas são: se não se
converterem e não se inflamarem do amor primitivo... Ora, ora...
Voltar ao primeiro amor é não se acomodar achando que porque
professou algo, ou porque recebeu os sacramentos pode viver de
qualquer jeito. Não se entregue à tibieza. Mas é justamente se
converter. A cada dia buscar a perfeição. E bem diz Santa Teresa de
Ávila: “Todo
o mal vinha de eu não cortar pela raiz as ocasiões e nos
confessores que pouco me ajudavam; dizendo-me o perigo em que andava
e a obrigação que tinha em não ter aqueles tratos, creio, sem
dúvida, que tudo se remediaria; porque de nenhum modo sofreria andar
em pecado mortal um só dia, se eu o entendesse.”
E
quero que pensemos principalmente no desejo de Nosso Senhor Jesus
Cristo de as almas religiosas voltarem ao amor primitivo. O que
significa. Para os religiosos, lembre-se do seu fundador.
Franciscanos, passem a imitar São Francisco de Assis. Francisco de
Assis não era um TL que queria libertar o homem da pobreza; São
Francisco era um homem de família rica que renunciou o dinheiro e
tornou-se pobre. Ele viveu a radicalidade do Evangelho. Francisco de
Assis foi um homem da cruz. Por isso o hábito é em forma de Cruz.
Francisco de Assis que era um homem penitente. Maltratava o corpo pra
limpar a alma e salvar as almas por Cristo. Ele era um homem que
jogava-se nas geleiras para não pecar, e não que se fiava nas
ocasiões e até indo a bailes (camufladamente para não saberem que
é religioso) para se divertir. Enfim, ele era o que Jesus diz pra
Santa Faustina: amor e sacrifício.
Você
redentorista precisa olhar pra Santo Afonso Maria de Ligório. Olhem
pra este outro homem consumido pela cruz. Um santo que pregou a
verdade. Mas que antes de abrir a boca pra pregar, ele vivia o
Evangelho. E aqui vale pra todos os religiosos. Muitas casas
religiosas foram fundadas por santos. Olhem para o amor deles, o zelo
deles. E paremos de dizer que aquela radicalidade, penitência, zelo,
palavras era para o tempo deles. Deve ser por isso que nem vocação
se tem mais, apela-se de tudo quanto é jeito pra atrair o jovem, mas
o jovem é atraído pela radicalidade do Evangelho infudida pelo
Espírito Santo. No tempo de São Francisco, São Domingos de Gusmão,
as pessoas eram arrebatadas pelo seus testemunhos autênticos.
Multidões seguiram estes homens para viver nessas ordens
mendicantes. E hoje? Será que não é porque o jovem nem é atraído
por nem saber da existência, ou quando vai à um convento encontra
tudo, menos o amor enraizado dos pais fundadores? Será que não é
por isso? Veja, Jesus disse que deixaria conventos inteiros serem
destruídos. E sabemos da quantidade de paróquias profanadas sendo
usadas para coisas seculares, conventos largados, casas religiosas
sendo fechados por falta de vocação. Este ser destruído é também
não atrair jovens pra lá. Hoje vejo algumas casas religiosas
crescendo muito. Atraindo uma juventude em massa para professar os
votos evangélicos. Qual o segredo? O segredo é a Virgem Maria e a
radicalidade do Evangelho. Sim, porque só se vive a Palavra de Deus
enraizada na vida, se nos entregarmos Àquela que teve em Seu ventre
puríssimo o Verbo encarnado. Por isso, a solução para a
restauração do clero e da vida religiosa é “simples”: passem a
rezar pelo menos o terço diário, adorem o Santíssimo Sacramento, e
vivam a radicalidade evangélica; afinal, os religiosos pelos votos
que fazem de fato saem do mundo... A solução é deixar de querer
viver o mundanismo dentro do convento comunidade ou qualquer lugar
que esteja. Sejam radicais como os santos, e verão a glória de Deus
acontecer.
Padres,
sejam padres como São Padre Pio, São João Maria Vianney... Aí
está o segredo. Tudo baseado neste amor dito por Jesus à Santa
Faustina. Que neste mês vocacional o Senhor tenha Misericórdia de
nós e suscite muitas vocações religiosas e sacerdotais... vocações
santas que estejam dispostas a viver a radicalidade do Evangelho até
o martírio se preciso for. Nós, religiosos ou leigos, temos que
almejar a santidade, não por presunção, mas por vocação. Eis a
vontade de Deus para nós: “Sede
santo, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.”(Lev. 19,2)
Rezemos pelas vocações. Rezemos de verdade. Leia este texto também: Comunhão e Terço da Misericórdia: Cruzada de intercessão pelos padres.
Salve
Maria Imaculada, Rainha dos Corações e das vocações! Viva Cristo
Rei!
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