Música "litúrgica" e a doutrinação comunista nas Missas

by - agosto 29, 2014


Salve Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe!

Todos nós sabemos da importância de uma boa música litúrgica para adentrarmos no mistério que se é celebrado na Santa Missa. A música litúrgica tem que nos colocar em um verdadeiro espírito de oração; se ela não tem feito isso nas nossas celebrações, ou o ministério está cantando de forma ruim, ou a música não é litúrgica.

Por muito tempo o Canto Gregoriano foi usado de forma ordinária nas Santas Missas. Hoje, apesar da abertura para cantos no vernáculo (língua local), o Canto Gregoriano continua a ser a melhor música a ser cantada nas celebrações, por sua riqueza e espiritualidade, nos coloca de fato num espírito de oração. A Igreja porém, olhando as diversas realizades globais, abre um espaço para outros tipos de músicas. Mas não qualquer música. Ela tem de ser litúrgica. Isso é o que tem faltado em muitas paróquias e comunidades. Apesar de se abrir espaço para músicas sem ser o Canto Gregoriano, a música mais adequada é a que mais se assemelha a este. Em outras palavras: músicas que por seus instrumentos não farão barulhos desordenados que distrairão e tirarão as pessoas do espírito de oração; músicas que contenham letras ricas, que levem a oração, adoração, que introduza a pessoa no mistério celebrado, e não letras que não tem nada a ver com o Evangelho, liturgia, oração...

Vejo o fato de se poder ter cantos além do gregoriano nas Missas uma grande graça. Afinal, num tempo em que o povo se perde por falta de conhecimento (Oséias 4,6), as pessoas poderão conhecer um pouco mais da vida dos santos por cantos das quais as letras são tiradas dos poemas destes. Olha a riqueza de por exemplo numa música de Comunhão ou pós-Comunhão cantar “Tarde te amei”, um poema de Santo Agostinho (principalmente se o Evangelho no dia falar de algo do tipo). Enfim, temos várias músicas católicas da qual as letras são tiradas de textos e/ou poemas dos santos.

Mas infelizmente em várias lugares não é isso que acontece. Muitas pessoas tem usado a abertura da Igreja para tais músicas, para instrumentalizar as pessoas para outros fins. Se já não bastasse colocar músicas barulhentas e fazer com que as pessoas não dialoguem mais com Jesus que acabaram de comungar, fazem com que a pessoa, por meio da música, acabe ouvindo uma “nova pregação”, ouvindo uma nova mensagem que difere do Evangelho e dos ensinamentos da Igreja. Talvez tenha alguns padres e leigos responsáveis pela liturgia em suas paróquias, que escolham músicas do tipo na inocência. Porém quem infiltrou e/ou deixou que se infiltrasse e se espalhasse tais músicas não era ignorante.
Para ser mais claro, falo aqui exatamente de músicas - nada litúrgicas – normalmente cantada por pessoas e/ou paróquias ligadas à “Teologia da Libertação”. Essa “Teologia” que na realizade é uma “Ideologia”, ensina valores contrários ao Evangelho. Seu ensinamento é de viez marxista, e na realidade prega a libertação do homem, mas não do pecado, mas da pobreza. Quer com isso então, usando da Igreja, infiltrada nela, instigar o povo a uma verdadeira revolução social. Sim, uma revolução socialista, colocando o povo numa luta de classes. Vale lembrar que a Igreja condena este pensamento marxista. Essas pessoas estão em desobediência, uma vez que a Igreja condena o Socialismo/Comunismo (inclusive aplicando excomunhão automática para quem se declamar verdadeiro socialista/comunista), assim como também condena a chamada “Teologia da Libertação” (TL para os íntimos, ou heresia da libertação mesmo!).

Muitas pessoas acham que a TL morreu. Doutrinariamente pode até ter morrido. Mas ainda vemos em muitos lugares os seus erros. Muitos ficam surpresos quando sabem que em paróquia x ou y tem Cebs (Comunidades Eclesiais de Base). E normalmente pessoas ligadas a estas comunidades cantam músicas totalmente anti-litúrgicas com viez socialista. Mas não só pessoas e paróquias com alguma ligação com a TL, mesmos Paróquias e pessoas totalmente comprometidas com a Igreja, acabam se deixando distrair e cantando tais músicas. Entendo que alguns sacerdotes que hoje exercem seus ministérios presbiterais estudaram a 10, 20 ou 30 anos atrás em Seminários que se você respirasse fundo, ao espirrar saia Karl Marx. Como disse uma vez Dom Henrique Soares no programa do Prof. Felipe Aquilo, em seu tempo de seminário todo ano tinha lançamento de livro do Leonardo Boff (um dos principais nomes da TL no Brasil e que foi combatido e punido pelo Papa Bento XVI, então Cardeal Ratzinguer). Com isso muitos sacerdotes que são bons sacerdotes, amam e obedecem a Igreja, acabam sendo coniventes com tais músicas porque não veem maldade alguma, afinal eles estudaram no seminário assim. E assim, o povo vai perdendo a fé na presença real de Jesus na Eucaristia porque ao invés de se cantar músicas de adoração, canta-se músicas de sindicatos, movimento de sem terra, e afins. Tudo instigando o povo à luta de classes.

Ainda existem vários lugares que se canta este tipo de músicas. Apesar de infestarem toda a Missa, normalmente vemos a ideologia “socialista/comunista” dessas letras no momento do Ofertório e da Comunhão. Postarei algumas letras abaixo para que você mesmo, caro leitor, possa tirar suas conclusões.

No Ofertório, por exemplo, que é um momento que ofertamos também o nosso material, mas principalmente nossa labuta do dia a dia, nossas penitencias, orações, ofertamos nossa vida. Onde entregamos nossas angústias, onde clamamos a misericórdia de Deus ofertando a nós mesmos, nossos dons, enfim... Neste momento em várias paróquias canta-se esta música:

(As mesmas mãos – Zé Vicente)
As mesmas mãos que plantaram a semente
aqui estão.
O mesmo pão que a mulher preparou
aqui está.
O vinho novo que a uva sangrou jorrará
no nosso altar.

A liberdade haverá, a igualdade haverá;
e nessa festa, onde a gente é irmão,
o Deus da vida se faz comunhão

Na flor do altar o sonho da paz mundial. A luz
acesa é a fé que palpita hoje em nós. Do livro
aberto o amor se derrama total no nosso altar.

Bendito sejam os frutos da terra de Deus.
Bendito sejam o trabalho e a nossa união.
Bendito seja Jesus, que conosco estará além do altar.
Veja que além de ferir a liturgia, vemos no ponto destacado um ensinamento socialista. “Liberdade, Fraternidade, Igualdade” são ensinamentos da Revolução Francesa. Ora, essa liberdade e essa igualdade que se fala neste canto, não tem nada a ver com a liberdade de ser filho de Deus pela Cruz de Cristo e nem com a igualdade no reino dos Céus; é sim os ensinamentos socialistas que prega um paraíso terrestre. Ora, Cristo e a Igreja nunca pregaram um paraíso na Terra. Nós cremos num novo Céu e uma nova terra. Não podemos evitar todos os males. E aqui na hora do ofertório se induz o povo a buscar essa “igualdade” e essa “liberdade” que na realidade é a luta de classes que vimos essas pessoas que se dizem católicas apoiarem, dentre outros criminosos, o PT e o MST.


(Trabalhar o pão – Pe Zezinho)
Trabalhar o pão,
Celebrar o pão,
Oferecer e consagrar e comungar o pão

Fruto do suor e do trabalho,
Sacrifício que Jesus pediu,
Pão da liberdade e da justiça,
Pão da vida, pão do céu:
Te ofertamos porque tudo é teu.

Fruto da esperança e da partilha,
Santa missa que nos faz irmãos,
Pão da liberdade e da justiça,
Pão da vida, pão do céu:
Pão bendito de libertação!

Jesus Sacramentado, como Deus, cura e liberta muitas pessoas. Tenho visto isso. Mas como já explicado, pra essa gente a libertação não é a libertação do mal e do pecado. Ser pobre é que é o mal. Aí lembro que Jesus disse ao jovem rico para vender os bens e dar aos pobres, e ele mesmo se tornar pobre. Aí lembro de São Francisco de Assis que era rico, filho de comerciantes, e renunciou a tudo (as festas, ao luxo, ao pecado) para se casar com a “Dama Pobreza” e viver totalmente abandonado nas mãos de Deus. Claro que uma coisa é lutar contras as injustiças; fazendo o que for possível, naquilo que me cabe, para servir ao pobre. Mas não posso usar o pobre para a implantação de uma ideogia que é condenada pela Igreja. Beata Teresa de Calcutá amava os pobres, ajudou a muitos; mas ela não era comunista. Entendam isso. E nem cantava músicas incitando essa “revolta”.

Para usar a Igreja, e em especial a Santa Missa (afinal é a Missa onde os católicos praticantes se reúnem em grande assembléia) para espalhar essa ideologia esquerdista, nem o Glória escapa. O Glória que é o canto da Igreja pra glorificar a Santíssima Trindade é totalmente deturpado. Em várias comunidades não se sabe se está cantando para Deus ou para algum político de esquerda ou para Marx. Primeiro vou postar a letra original do Canto do Glória (como deveria ser cantado).

Canto do Glória Original (deveria ser cantado assim).
Glória a Deus nas Alturas
e Paz na Terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai, Todo-poderoso,
nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos,
nós Vos adoramos,nós Vos glorificamos
nós vos damos graças por Vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai,
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo. Só Vós o Senhor.
Só Vós o Altíssimo, Jesus Cristo,
com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém!

Antes de postar o “glória” com teor político, eis o que a Instrução Geral do Missal Romano fala sobre o Glória: “O Glória é um hino antiqüíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. O texto desse hino não pode ser substituído por outro. Entoado pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou grupo de cantores, é cantado por toda a assembléia, ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si.

É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e, ainda em celebrações especiais mais solenes”.
Este hino não tem vinculação alguma com o ato penitencial. Eles constituem dois cantos rituais distintos. Por isso, não é correto fazer o seguinte comentário para o Glória: “Agora que já fomos perdoados, vamos nos alegrar e expressar a nossa gratidão a Deus pelo perdão recebido cantando o glória”.

Depois de ver como é o Glória, veja como é cantado em alguns lugares:

(Glória a Deus nas alturas – Pe Zezinho)
Glória a Deus nas alturas
é o canto das criaturas.
Rios e matas se alegrem,
teus povos por Ti esperam.
Paz para o povo sofrido,
é o grito dos oprimidos.
A terra mal repartida clama por Tua justiça.

Glória, glória, glória te damos Senhor.
Glória, glória, venha teu reino de amor!

Glória a Jesus, nosso guia,/ Filho da virgem
Maria./ Veio por meio dos pobres,/ pra
carregar nossas dores./ Filho do altíssimo
Deus,/ por nós na cruz padeceu./ Venceu a
morte e a dor, para nos dar força e vigor.

Glória ao Espírito Santo/ que nos consola
no pranto./ Que orienta a igreja/ pra que
do pobre ela seja./ Que deu coragem a Pedro
/ e aos outros seus companheiros,/ que hoje
junta esse povo a buscar um mundo novo.

Precisa explicação? Em plena Santa Missa vemos este ensinamento Socialista. Apesar de achar que não precisa explicar, direi alguma coisa. Hoje a esquerda tem usado muito a questão da natureza. O que for motivo para a “revolucion” eles vão pegar. E já há algumas décadas vemos isso sendo citado nesta música “rios e matas se alegram”. Depois é colocado de maneira mais clara a luta de classes. Fala pro povo que é mais pobre: vocês são oprimidos, o grito de vocês clama justiça. Só que normalmente não se coloca o povo pra crescer com as próprias pernas, ou seja, trabalhando. A TL em suma, como já dito, apoiou e se brincar apóia ainda o PT (os mais antigos contam que as primeiras reuniões do Partido dos Trabalhadores era feita dentro das sacristias das Igrejas) e o Movimento dos Sem Terra. Um monte de gente que não produz nada querendo acabar com a propriedade privada. E antes que digam coisas do tipo, eu conheço quem já foi pra acampamento do MST e não tem fazenda, mas tem várias casas e/ou lotes na área urbana. Essa música é mais um exemplo de doutrinação usando da Igreja. É bom alertarmos para que não se confunda, normalmente não se preocupa com o pobre, a não ser que o pobre esteja com outros pobres com foices na mão dispostas a invadir uma propriedade privada e matar uns “burgueses” e policiais. Ou a não ser que sejam vários pobres dispostos a trabalharem para a revolução. E por isso vemos muitas pessoas de bom coração, mas que no entanto acabaram por se contaminar com essa ideologia, e acabam militando no campo da esquerda sem nem saber o que estão fazendo. E pior é quem sabe o que está fazendo e continua porque pensa nos seus próprios interesses.

Chega-se então na Comunhão. Momento em que comemos verdadeiramente a carne de Jesus e bebemos o Seu preciosíssimo Sangue. Vamos fazer uma ação de graças? Adorar de todo coração e de toda alma Jesus Cristo que está dentro de nós sacramentalmente pela Comunhão? Não. Para muitos é hora de mais “revolucion”:

Fazemos comunhão Construindo a unidade. É nossa vocação Servir a comunidade, Com Cristo nosso irmão No sertão ou na cidade.

(Fazemos Comunhão)
Falta gente pra colheita, Há ovelhas sem pastor.
Onde estão os operários do roçado do Senhor?
Quem visita os doentes? Quem constrói o mundo novo?
Quem proclama a salvação? Quem reúne o nosso povo?
Onde eu moro tem ministros, Vocações especiais:
Bispos, freiras, padres, leigos: Todos servem como iguais.


Quem anima o sindicato? Quem vê a necessidade?
Quem trabalha com os pobres? Quem constrói comunidade?
Sou roceiro, estudante, Catequista e artesão,
Operário, agricultor, Temos nossa vocação.
Somos pobres, pouca gente, Uma Igreja em mutirão;
Mas, unidos num só povo, Toda vida é vocação.

Oi? O erro se dá porque primeiro se esquece de adorar Jesus e começa a falar isso ai. E na parte que fala “Onde moro tem ministros, vocações especiais: Bispos, freiras, padres, leigos: todos servem como iguais” é para destruir a hierarquia da Igreja. O pessoal da TL quer assim criar a mentalidade que eu que sou leigo tenho o mesmo valor de um padre. Um padre é muito maior. E os padres devem obedecer aos Bispos, caso estes estejam unidos ao Papa. Aqui eles querem rotular os padres de “burgueses” ou qualquer outra coisa como “atrasado”, “medieval”, para enfraquecer a fidelidade à Tradição da Igreja. Assim quer dizer que na Igreja o Papa e eu somos no mesmo nível. Para entender melhor, é tipo aquela babozeira do excomungado “Padre” Beto que queria uma “igreja horizontal”. Mas a Igreja é uma hierarquia. Jesus Cristo é a cabeça da Igreja. E representando Cristo está o Papa; abaixo do Papa os Bispos; abaixo destes os clérigos. Fora que a música – repito: sem nada de verdadeira adoração a Nosso Senhor - ainda exalta os sindicatos. Colocam como se os sindicatos fossem algo essencial. Podem até ser úteis, mas na realidade são usados como marcha de manobra para o socialismo. Eles não incitam o direito à greve. Como bem dizia o Dr Eneás Carneiro: querem viver disso. Vivem de greve. E a gente lembra deles, e não de Jesus...

E assim vai-se toda a Missa impregnada de doutrina comunista. Acredite, em vários lugares canta-se músicas do tipo. Paro por aqui, mas com certeza você sabe que canta-se músicas piores que esta, em quase toda a Missa. Sem contar as homilias destruindo toda mística do Evangelho, fazendo uma interpretação herética e colocando o povo no erro. Em muitos lugares não se prega contra o pecado. Para muitos inferno não existe. E pecado? Pecado só os sociais. Para muitos a Missa não é o Santo Sacrifício da Missa, mas sim apenas uma partilha do pão, dos bens, na realidade uma reunião da “comunidade”, no caso, do “movimento social”. Mas aí eu pergunto: acreditar nestes ou nos documentos da Igreja? Até porque tem muitas pessoas ligadas a este tipo de gente que promove aborto, relação homossexual, camisinha, sexo antes do casamento, e por aí vai...

Mas para você entender o porquê essas músicas anti-litúrgicas estão nas nossas liturgias e como elas funcionam para a implantação do socialismo, assista as 6 aulas do Padre Paulo Ricardo sobre Marxismo Cultural e Revolução Cultural:


Bom, se você canta e/ou toca na Missa, ajude pelo menos não propagando esta doutrina marxista na Missa. Existem várias outras músicas sem ser o Canto Gregoriano que são perfeitos para o Santo Sacrifício da Missa. Músicas que farão de fato Jesus Cristo ser o centro da Missa, nos levando a um espírito de oração, nos levando a adorar Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que comungamos em cada Santa Missa. Aqui posto algumas músicas que nos introduzem muito bem no mistério do Santo Sacrifício da Missa:

Procissão inicial: 


ATO PENITENCIAL:





Glória



OFERTÓRIO







COMUNHÃO

















Salve Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe! Viva Cristo Rei!

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