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Prof. Anderson Bezerra

Como todos sabem, a paternidade/maternidade atrai sobre os pais a responsabilidade da educação da prole. Essa responsabilidade é tão importante, que um ditado popular muito usado dizia que “pai é o que cuida (educa), não o que faz”, elogiando a atitude daqueles homens que, ao casar-se com uma mulher que já havia tido filho de outros relacionamentos, assumiam a responsabilidade de educar tais crianças.
A educação dos filhos é para os pais, mais que um direito, mas uma obrigação inalienável, ou seja: não se deve terceirizar a educação. A responsabilidade da educação é dos pais. São os pais que irão responder diante de Deus pela boa ou má educação dos filhos. E mesmo que você, caro leitor, seja um ateu convicto, você é responsável pela educação dos teus filhos, e mesmo nesta vida terá que responder pela boa ou má educação deles, pois o adulto de amanhã será fruto da criança que plantamos hoje. Obviamente, na fase racional, um filho pode escolher outro caminho, afinal, o ser humano tem o livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal.
Dito sobre a responsabilidade dos pais, quero então fazer uma pergunta: como vocês – pai, mãe, colaboradores - estão educando as crianças?
Há várias teorias sobre como educar melhor os filhos. Os livros voltados para a Pedagogia e, principalmente, para a Psicologia Infantil, vai nos superlotar de ideias sobre como melhor proceder na educação. Isso é muito bom; porém, esconde um grande perigo. Nem tudo que reluz é ouro, da mesma forma que nem tudo que se diz “isso é melhor para a educação” de fato é, portanto, é necessário refletir, investigar, pois se poderá estar estragando o futuro dessas crianças com métodos modernos, mas, por outro lado, horríveis.
Para servir de exemplo quero citar a tão comentada liberdade e autonomia. Quem nunca leu na internet ou assistiu uma reportagem de “especialistas” dizendo que as crianças tem que ter liberdade e autonomia? Do século XX para cá esses termos foram deturpados do real sentido pedagógico, tirando, obviamente, sua real eficácia. De fato, as crianças precisam ser educadas para a liberdade do desenvolvimento do seu espírito, da sua personalidade e, como não poderia deixar de ser, para a autonomia, para não ser dependente dos pais e/ou responsáveis em tudo. Porém, o que se pode dizer do que é visto na prática, é que para os pais “modernos” autonomia e liberdade tornaram-se sinônimos de criança livre para fazer o que quer, doa a quem doer. É por isso que podemos dizer, porém com tristeza, que a nova geração tornou-se a geração de criança mal criada – com suas exceções, obviamente.
Os pais precisam aprender o que realmente vem a ser uma criança autônoma, caso contrário, continuaremos a ver crianças desaforadas que não têm limites dos pais, mas crescem tentando acabar com essa hierarquia.
A liberdade que os pais aplicam para as crianças hoje é a maléfica, ou seja, é a “pedagogia” do deixar solto, o não ter limites. Portanto, não há nenhuma relação com a liberdade para o desenvolvimento do espírito infantil, como bem desejava Maria Montessori. Sendo assim, para os pais de hoje, é necessário assumir a responsabilidade de uma educação para a autonomia, e não para a liberdade. Se você cria seus filhos na liberdade, com rédeas frouxas, você precisa mudar a ação para uma educação para a autonomia.
É extremamente necessário compreendermos que autonomia e liberdade não são sinônimos. Uma criança com liberdade é aquela que dorme na hora que quer (2h da manhã, por exemplo), não tem hora para acordar, dá birra e o pai e a mãe chora junto querendo saber qual o desejo do deus-mirim para realizar prontamente. Também é característica de assistir o que quer, mesmo conteúdo impróprio, senão terá birra. Uma criança que vai crescendo sem limites vai se tornando um jovem mimado, materialista, que só pensa no “seu umbigo”. A liberdade sem limites faz da criança, por exemplo, não querer estudar “porque isso não faz parte do gosto dela”; jogar videogame o dia todo sem responsabilidades; desobedecer aos pais; não ajudar nas tarefas de casa conforme for crescendo. Na juventude a coisa piora: não assume as responsabilidades, sai e volta para casa na hora que quer e, muitas vezes, até agride os pais física ou verbalmente por serem “livres” e “irrepreensíveis”.
A autonomia, muito pelo contrário, faz com que a criança aja sem a necessidade de estar “agarrado à barra da saia da mãe”. Uma criança que é autônoma é aquela que, mesmo pequenina, ao aprender a escovar os dentes, vai fazer isso sozinha sem necessidade de o pai ou a mãe fazer por ela. Quer beber água? Ela sabe pegar o copo sozinha e beber a água. Com uma idade maior, a criança autônoma é capaz de agir, ajudar, realizar atividades. Um jovem que teve uma educação autônoma vai exercendo as suas responsabilidades. Um jovem autônomo é diferente de um que foi/é mimado e/ou superprotegido.
Para compreendermos a diferença de uma criação autônoma para a liberdade que se prega hoje, usemos o seguinte exemplo: suponhamos que um casal tenha tido gêmeos; um criado de maneira autônoma, o outro foi “mimadamente” educado de maneira livre. Quando os filhos fizeram seus quinze anos de idade, aconteceu que certo dia os pais, que trabalham fora, pegaram um tremendo engarrafamento na volta para casa, e não chegaram no horário. Por conta do atraso, não teve quem fizesse o jantar. O filho autônomo, ao chegar em casa, morrendo de fome, percebeu que não tinha nada pronto para comer. O que ele fez? Ele mesmo começou a preparar o jantar para a sua família, pois reconhecia os esforço dos pais, e sabia que se esperasse estes chegarem, ficaria muito tarde para o preparo – além do cansaço que os pais deviam estar. Isso é autonomia, não depender do outro. Você deve estar se perguntando onde está o filho criado com liberdade, não é mesmo? Ele está na porta da escola chorando, xingando os pais em áudio no Whatsaap porque os pais cometeram o crime de se atrasar e está deixando ele a espera. Quando os pais pegam este “amável” filho, comentam que ainda terão que fazer o jantar... Ao ouvir isso, o rapaz começa a dar escândalo, dizendo que não aguenta a irresponsabilidade dos pais que, que vai morrer de fome. Exige, aliás, que comprem uma pizza. Em casa dá chilique, e, após se controlar, pede para os pais dinheiro para comprar o ingresso do ídolo Pop dele. Os pais, por causa da crise, disseram não; o filho, por sua vez, dá outro escândalo, bate a porta do quarto, e vai jogar um jogo no seu PS4 após dizer “odeio meus pais” no Twitter.
Essa história parece familiar? Talvez a ação do filho com liberdade seja a mais comum nos dias de hoje, afinal, é o resultado de um estilo de criação – que precisa ser mudado.
Preciso reconhecer que muitos pais não desejaram tornar seus filhos assim. Mas também tenho que dizer que há culpa nos mesmos, pois fazendo do fato de ter filho simplesmente uma consequência de um ato sexual, ou seja, faz sexo, dá a luz, e compra comida e umas coisinhas para distraí-los para não nos perturbar. Infelizmente é assim. Recomendo que leiam um artigo que escrevi chamado O desprezo velado dos pais para com os filhos, onde elucido que os pais desprezaram os filhos ao colocá-las diante da TV, dos videogames, tirando-as do convívio com eles mesmos. Enquanto a criança está jogando videogame, eu faço minhas coisas sem ser interrompido. E os pais nem se dão conta que muitos jogos, programas, filmes, que eles mesmos dispõem para os filhos assistirem, deforma a personalidade das crianças. Esse largar a criança, deixando ela livre para fazer e ver o que quiser, entregue numa cultura consumista, é um dos fatores que tem gerado tantas crianças mal criadas e dependente dos pais (ou do que os pais podem comprar).
Por fim, desejo comparar a minha geração com a geração dos meus avós. Embora fosse uma educação mais rígida, em determinados pontos, os pais davam mais autonomia para os filhos do que os pais de hoje. O casamento em si é o melhor exemplo para confirmar isso. Completei há pouco 25 anos de idade, e se eu fosse me casar hoje, apareceriam pessoas dizendo que ainda sou jovem, que devo primeiro me formar, ficar rico, e quando chegasse nos trinta anos, me casar. Olhemos para cinquenta anos atrás, e veremos, no entanto, homens casando com 18, 19, 20 anos, e mulheres casando com 14, 15 anos de idade. Mas há um detalhe: eles eram autônomos. Com 18 anos de idade, um rapaz era de fato HOMEM e colocava comida dentro de casa, sustentava a família; hoje, um adolescente (antes não se usava muito esse termo) de 18 anos não coloca sequer a comida no próprio prato, depende da mãe para pôr, e, quando vão para algum canto, não tem autonomia para dizer o que quer ou não comer. Com 15 anos uma jovem era de fato mulher, cuidava do lar, dos filhos, trabalhava... Hoje com 15 anos só sabe chorar por causa do “Crush” – termo utilizado para denominar um paquera - cantar música ruim, e ir para o shopping center. Eu não digo que não sabe cozinhar, porque nem sequer comem... Daqui a 20 anos vão viver de fotossíntese.
Antes que me chamem de machista, não é que fosse uma “obrigação” a mulher cozinhar, pois o homem também se virava. O homem e a mulher se complementavam, ambos assumiam responsabilidades. Um homem de 20 anos casado com uma mulher de 16 poderiam viver sem dependência total dos pais. Às vezes o marido e a esposa iam trabalhar na roça, mas construíam sua vida. Hoje, o resultado de uma educação livre, que conduz para o hedonismo, faz com que o rapaz tenha relação sexual com a jovem antes de casar (aliás, nem pensa nisso), e depois que a moça engravida, os avós é que têm que cuidar... Alguns casam, mas são os pais dos recém casados que os mantém. Claro, há casos em que se faz necessário a ajuda, porém, o que é comum é a irresponsabilidade dos jovens que só querem prazer e não fazem nada para assumir suas responsabilidades.
-Engravidou minha filha? Vai ter que trabalhar para sustentar!
-Trabalhar de quê, tio?
-O que você sabe fazer?
-Jogar Play Station.
-Vai entregar um currículo. Você fez até que série?
-Nem lembro... Não ia muito à escola, pois era mais “da hora” ir pro baile funk. Aliás, foi lá que conheci sua filha...

Essa é a nossa geração. É preciso mudar essa triste realidade. Citei este exemplo da gravidez entre os jovens, sabendo que é algo bastante comum. O que a mídia, o governo, e muitas vezes os próprios pais fazem para mudar a realidade? Ao invés de levarem os jovens a terem espírito de responsabilidade, a fazerem sacrifícios por um bem maior, distribuem camisinhas e incentivam o uso. Consequência: continuam agindo no prazer pelo prazer.
Se você leu este texto até aqui, deve ter percebido que comecei falando de educação infantil, dizendo que termos que educar as crianças para serem autônomas, que é diferente da liberdade que é comum vermos hoje em dia. E por fim, falei dos jovens e da banalização da sexualidade. Não é falta de coesão e/ou coerência no texto. É porque o jovem e o adulto de hoje, são consequência da criança de ontem. Se a criança cresceu sem limites, simplesmente buscando seus prazeres temporários, na juventude ela agirá da mesma forma. Se a criança não é autônoma, e não assume responsabilidade nenhuma (não faz tarefas domésticas, por exemplo, condizente com a idade, obviamente), crescerá um jovem que não sabe fazer nada, que não consegue agir sem o amparo dos pais.
Ps: se na minha geração as pessoas casam cada vez mais tarde, não é simplesmente por uma escolha. É porque são irresponsáveis. Foram educadas para a irresponsabilidade. Se os que casam estão divorciando mais, não é porque o casamento é uma instituição falida, mas é porque quando um dos dois que casaram foram criados dessa maneira “livre”, para a irresponsabilidade, normalmente o fracasso é comum. Portanto, não me venham com essa de que essa geração não quer casar... As mulheres reclamam de homens que sejam HOMENS; os homens reclamam mulheres que sejam MULHERES. Entenda, em essência. Homens e mulheres responsáveis no seu ser. O que se tem hoje são homens e mulheres deformados em sua personalidade por uma educação permissiva. Se quisermos salvar as famílias, a sociedade, eduquemos as crianças. A infância é o futuro do mundo.


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Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
No capítulo 8 do Evangelho segundo São João podemos ler a longa discussão que Jesus teve com os fariseus. Em um determinado trecho podemos fazer uma meditação, mergulhar mais a fundo nas palavras de Cristo, e descobrirmos os meios para nos unirmos a Deus de verdade.
Os fariseus tinham um pseudo relacionamento com Deus. Tudo estava nas aparências, na lei pela lei; mas o coração, longe estava do verdadeiro sentido que é o próprio Deus. Por isso, caríssimos, leiamos com devoção as palavras de Cristo:
Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus e, contido, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra.” (João 8,54-55)
Neste trecho, então, podemos observar três caminhos para ter um relacionamento com Deus verdadeiro – totalmente contrário ao dos fariseus, que era falso.
Para termos essa união com Deus, para chegarmos a perfeição no relacionamento com Nosso Senhor Jesus Cristo, é preciso:
1)Confessar o senhorio de Deus na sua vida – primeiramente é preciso declarar que Jesus Cristo é nosso Senhor e salvador, reconhecer sua divindade. Aliás, professar nossa fé na Santíssima Trindade – não somente com os lábios, mas confessar na vida. É necessário declarar o senhorio de Jesus na nossa vida, ou seja, não ter ídolos, falsas divindades. É por isso que Jesus fala sobre o Pai em termos estranhos aos fariseus, ou seja, diz que o Pai é aquele “que vós dizeis ser o vosso Deus”. Ora, nós dizemos que Jesus é nosso Deus, que cremos na Santíssima Trindade, que o adoramos; mas falamos apenas da boca para fora, ou realmente temos a Deus uno e trino como único Deus da nossa vida? Ou será que temos colocado outras realidades no lugar de Deus? Há pessoas que idolatram o dinheiro, o prazer, o poder, que recorrem a magia, aos horóscopos, ao espiritismo, as chamadas macumbas, candomblé, etc., ao mesmo tempo que se dizem cristãs. Ora, o próprio Jesus disse “ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mateus 6,24), e em seguida exemplifica dizendo “não podeis servir a Deus e à riqueza” (idem). Ora, ou somos católicos e temos Deus uno e trino (Pai, Filho e Espírito Santo) como única divindade da nossas vidas, como Senhor, ou somos como os fariseus que só tinham a Deus por Pai de fachada. Isso é grave! Há muitas pessoas que vão à Missa com certa frequência, quiçá dominicalmente, mas também frequentam centros espíritas e/ou de umbanda, ou professam filosofias e ideologias condenadas pela Igreja, afastando-se completamente da fé católica. Se queremos ser verdadeiros adoradores e chegarmos a perfeição do relacionamento com Deus, precisamos urgentemente renunciar todos os ídolos da nossa vida – renunciar toda falsa religião, filosofia, prática contrária aos ensinamentos de Cristo, etc. Afinal, não podemos apenas dizer que Cristo é nosso Senhor, mas mostrar com a nossa vida que Jesus é nosso Deus.
2)Conhecer a Deus (cf. versículo 55) – O primeiro mandamento nos ordena amar a Deus sobre todas as coisas. Mas, como nos ensinam os santos, não se ama aquilo que não se conhece. Nós precisamos conhecer a Deus para amá-Lo. Nós não conseguimos conhecer a Deus sozinhos, mas o próprio Deus se deixa conhecer. Por isso somos cristãos, pois Jesus é a própria revelação de Deus: Jesus é, conforme João 1 em diante, o Verbo de Deus que se fez carne. Jesus é Deus de Deus que se fez carne no ventre da Virgem Maria. É preciso, portanto, conhecer esse Deus que nós dizemos servir. Quem é Jesus? O que Ele nos ensinou? O que a Igreja, Seu Corpo Místico, está a nos ensinar? Mas, o conhecer a Deus aqui como caminho para a união com Deus, não é apenas conhecer intelectualmente, mas conhecer como um amigo conhece o outro: no amor, na partilha, na conversa, na presença. Nós precisamos ter uma vida de oração. É por isso que muitos embora meditem intelectualmente, leiam muitos livros de teologia, ainda não conhecem a Deus; pois, como ensinava S. Padre Pio, nos livros nós procuramos a Deus, mas na oração o encontramos. É necessário o estudo, mas, mais necessário, a oração. Portanto, não basta agir como os mestres da lei e os fariseus que sabiam da lei, mas é necessário conversar com o autor da lei, com o amado Deus, com nosso Senhor. É extremamente necessário ter uma experiência pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo. Experiência pessoal, aliás, que não quer dizer necessariamente uma experiência sensível de alto nível de mística; mas um ato de achar o que se procurava: Cristo Jesus. É necessário buscar a Cristo todos os dias através da oração, ou mesmo ir diante do Sacrário, e buscar conhecer a Cristo, buscar esse encontro, e Cristo, vendo tua insistência em querer conhece-Lo e amá-Lo, se encontrará cada vez mais na tua alma, ou seja, acenderá a luz da fé, iluminará tua mente. Mas que fique claro: é preciso conhecer a Deus... Deus se deixa encontrar... Ele se revela a todo aquele que O busca na oração.
3)Guardar a Palavra -  Jesus diz claramente que ele conhece o Pai e guarda a Sua Palavra (cf. v. 55). É interessante porque Jesus é a própria Palavra do Pai encarnada (cf. João 1,1ss). Mas Jesus que se revela como o Filho de Deus, vem usar da sua pedagogia que é a melhor, ou seja, a pedagogia do exemplo. Ele é Deus de Deus – como rezamos no Credo -, mas mesmo sendo igual a Deus, enquanto homem que se fez, Ele buscou a oração para mostrar que o homem deve estar em contato com seu Criador. Jesus conhece o Pai não somente por que ora à Ele, mas porque veio d’Ele. Jesus não somente conhece o Pai, mas veio dEle; o homem também veio de Deus e, a exemplo de Cristo, também voltará para o Pai (estaremos todos no juízo – uns estarão com Deus para sempre, outros condenar-se-ão). Jesus veio do Pai porque saiu dEle, Eles são um com o Espírito Santo... Um só Deus; o homem veio de Deus porque é sua criatura.  Jesus veio com uma missão que o Pai lhe deu: salvar a humanidade do pecado, pagando um alto preço, o preço do seu próprio sangue, para salvar-nos da perdição eterna. Da mesma maneira, à imitação de Cristo, necessitamos guardar a Palavra de Deus. Ora, o Concílio Vaticano II recorda-nos que o fim último do homem é Deus. A Igreja nos ensina que o homem nasceu para conhecer e amar a Deus. Ora, mas como se ama a Deus? Jesus ensina: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14,15) e também “Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor” (João 15,10). Após confessar o senhorio de Jesus em nossa vida, e depois de conhecer a Deus na oração, é necessário guardar os mandamentos de Deus para atingirmos nosso fim que é Deus. Não podemos ser falsos cristãos que acham que fazem o suficiente por ir na Missa aos domingos, rezam de vez em quando, mas não guardam a Palavra de Deus – continuam numa vida de pecado. Há inclusive pessoas que acham que estão na graça de Deus, embora vivendo com consciência situações de vida contrárias ao que a Igreja ensina como correto, somente porque são abençoadas materialmente falando, ou porque receberam uma visão ou algo do tipo. Há pessoas que acham que vão se salvar porque pagam o dízimo. Há pessoas que somente porque tiveram uma experiência sensível, normalmente em oração, através de uma visão ou algo do tipo, acha que não precisa mudar de vida, como se carismas apontasse santidade. Em Mateus lemos “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!” (Mateus 7,21) Portanto, não basta ter uma experiência sensível; é necessário colocar em prática a Palavra de Deus. Não basta rezar, mas é necessário buscar aplicar a Palavra de Deus na nossa vida. Como ensina-nos São Tiago: “Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos” (Tiago1,22).
Se nós desejamos a santidade que Deus nos chama, possamos dar um passo em direção a Ele, pois ele dará sete em nossa direção. Que Nossa Senhora, a escrava do Senhor, a Mulher bendita, Aquela que é a Criatura que mais esteve unida a Deus, nos ensine a trilhar o caminho da santidade, ensinando-nos a confessar o senhorio de Cristo, conhecendo a Deus e colocando em prática Sua Santa Palavra.
Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!

Viva Cristo Rei!
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Toda criança tem o direito de brincar. Isso é um fato. Porém, existe uma característica interessante na evolução dos brinquedos e brincadeiras das crianças nos últimos anos, principalmente os eletrônicos, que é a pouca socialização – seja com outras crianças, ou mesmo com os pais.
Não somente a brincadeira, mas praticamente toda atividade infantil planejada pelos pais e/ou outros adultos, visa uma coisa especificamente: deixar a criança quieta, imóvel e, de preferência, longe dos pais para não “torrar a paciência”. É possível constatar isso ao analisarmos que as crianças de hoje em dia têm poucas brincadeiras pedagógicas, ou seja, brincadeiras úteis ao seu desenvolvimento – seja cognitivo, seja motor; ficando mais imóveis, reprimindo o desenvolvimento da personalidade.
Fala a verdade, papai e mamãe, ao comprar um brinquedo para o seu filho, você se pergunta se tal brinquedo será útil ao desenvolvimento do seu filho? Usarei o mais palpável dos exemplos: o videogame. Por que você comprou ou quer comprar um videogame para sua criança? Muito provavelmente você me responderá com pelo menos uma das seguintes alternativas:
a)     É melhor ficar jogando videogame do que ir para a rua estar com maus elementos aprendendo o que não presta (e o jogo ensina algo que presta?);
b)     É bom ele(a) ficar jogando, fica tão quietinho, bom que faço minhas coisas.
c)      É bom que não fica me perturbando para fazer coisas com ele. Tudo está programado.
Bom, existem n motivos que você pode dar para comprar um videogame para a sua criança, mas, muito provavelmente, todos esses motivos girarão em torno de deixar a criança longe de você. Não é verdade? Infelizmente os pais não pensam se o videogame será bom ou não para a criança, se determinado jogo faz bem ou mal, se é indicado para a idade do filho, o tempo em que a criança passa diante da tela... Nada disso importa. O que importa é imobilizar esse ser para que não me faça assumir a responsabilidade de pai/mãe e estar presente na vida dele.
Ser pai, ser mãe, é muito mais do que gerar. Muito mais. É estar junto, é educar, é amar. Não se despreza o que se ama. Então por que há pais que desprezam seus filhos? Talvez seja uma ação inconsciente, mas ela existe e está se impregnando na nossa cultura. Antigamente as famílias se reuniam para jantar, e após, conversavam; hoje, cada um come em um lugar da casa e não há reunião após a refeição, papai e mamãe vão assistir novela na sala, e as crianças desenhos ou jogar videogame no quarto. Antigamente o papai ou a mamãe liam histórias para os filhos; hoje, no entanto, põe um Dvd com uma história bem estranha e imprópria. Antigamente papai levava os meninos para jogar futebol; hoje, no entanto, dorme até mais tarde, e os meninos jogam Fifa ou PES no videogame. Antigamente... Bom, são muitos os exemplos.
Os pais estão terceirizando a educação dos filhos em todos os aspectos. Há crianças que desde a mais tenra idade vão para as creches sem a mínima necessidade, simplesmente para dar mais comodidade aos pais. E quando digo sem necessidade é me referindo aos casos em que um dos pais não trabalha e fica o dia no lar. A própria escola é um desses “abandonos”, uma vez que o pai outorga ao Estado ou a instituição de ensino contratada o dever de educar os filhos, sem nem ao menos se dar ao trabalho de verificar o que estes tem aprendido na escola. Muitas escolas ensinam imoralidades e ideologias, mas os pais estão pouco se lixando, pois a escola adquiriu um caráter além do de ensinar: o de dar “paz” aos pais em pelo menos um turno do dia. Tanto é verdade que a possibilidade de aumentar as escolas de tempo integral é um alvoroço só. Comemora-se como um título de Copa do Mundo! Se uma manhã ou uma tarde sem criança em casa já é bom, imagina o dia todo fora? Quando chegar a noite segue o esquema de cada um para seu canto e... Bom, quem educa a criança: você, ou terceiros?
Depois que comecei a estudar Pedagogia passei a ter um olhar observador para com as crianças e seus pais. Olhar o desenvolvimento das crianças me fascina. Mas, infelizmente, vejo o quanto a negligência dos pais e pseudo educadores atrapalha o sadio desenvolvimento da personalidade infantil.
Conheço um caso muito interessante para servir de exemplo. Há uma mãe de um filho único que vive gritando com o filho. A criança é ágil, ou seja, gosta de estar agindo, isso é sadio. Mas a mãe quer um filho paralisado. Se a criança brinca com um brinquedo que vem a quebrar, a pessoa berra para com a criança. Como ela fica impaciente com a criança, ela descobriu um método: dá o celular para a criança de dois anos ficar assistindo desenho ou “jogando”. Isso mesmo, dois anos. E fica lá a criança paralisada diante do brilho de um celular, tendo a personalidade sufocada, porque a impaciência de uma mãe não faz ver a necessidade da criança, que quer afeto, amor, presença, atividades úteis para seu desenvolvimento. Essa mãe por vezes inventa as desculpas mais esfarrapadas para levar sua criança para uma outra casa onde há uma criança, que nem se dão muito bem, diga-se de passagem, mas ela leva mesmo assim, pois quer “descansar”.
Eu entendo que a educação dos filhos dá um trabalho enorme. Por isso escrevo este texto com um tom mais duro, justamente para que entendam que ser pai ou mãe não é uma questão de status, de fotos em redes sociais, mas uma vocação, uma responsabilidade. Tirar fotos belas e fingir felicidade em rede social é fácil, difícil é amar e estar presente na vida dos filhos verdadeiramente.
PORÉM, evite cometer o desprezo maior que é o não ter filhos. Afinal, é melhor ter filhos e ter trabalho por não desprezá-los, do que desprezá-los evitando tê-los. Infelizmente a sociedade de hoje evita os filhos de duas maneiras: uma é a exposta acima; a outra é impedindo que as crianças nasçam. Ora, muitos pais reclamam não ter tempo para brincar com os filhos, e, de fato, não estou dizendo que devemos brincar 24h com os filhos; mas, por outro lado, se fossem mais generosos e tivessem muitos filhos, eles teriam irmãos mais ou menos da mesma idade, que gosta das mesmas brincadeiras, e teriam uma sadia socialização. Os nossos avós não tiveram muito problema com carência afetiva – no sentido de se sentirem desprezados e/ou não conviverem com outras crianças e adultos.


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