“Se eu não viesse e não lhes
tivesse falado, não teriam pecado; mas agora não há desculpa para o seu pecado”.
(João 15,22)
Infelizmente,
hoje, vivemos na cultura do “não me toque”. Tudo parece ofender; nunca se pode
falar a verdade. Mas isso é uma barreira, que deve ser quebrada. Essa cultura
já mencionada deve acabar, pois, se ficarmos com medo de ofender, ninguém irá
se converter. Mas nem falarei tanto do “respeito humano” nas evangelizações,
mas sim de supostas pessoas que amam a Deus, mas que repudiam a denúncia do
pecado.
Já estou
cansado de ver pessoas citando a passagem “Não julgueis, e não sereis julgados”(Mateus
7,1) para se refugiar em suas práticas pecaminosas, e, assim, se defender de
que ninguém a pode “condená-la”. E, o que chega a ser pior, é que não falo de
tristes casos aonde expõe a pessoa em público com seus pecados, praticamente a
condenando ao inferno. Aqui é simplesmente pregar contra o pecado, e, aí sim,
dizer que quem morrer em pecado mortal estará em “maus lençóis” – afinal é a
doutrina, quem morre em pecado mortal sem arrependimento tem seu fim trágico,
negar isso, é até mesmo negar Cristo -; mas as pessoas ficam com vitimismo, e vendo suas práticas sendo
condenadas pela Igreja e pelos fiéis a esta Igreja, começam a dizer que estamos
julgando e, que todos pecam. Mas, se esquecem essas pessoas, que ser pecador é
do ser humano, agora ser escravo do pecado é escolha individual. Eu escolho ser
santo, e você?
É
complicado falar de santidade, parece que incomoda. Tanto falar, como também
viver a santidade. As pessoas te olham torto, zombam, caluniam, se iram. Mas
elas não dizem amar a Deus? Até nas redes sociais compartilham belas frases
cristãs. Mas, quando fala-se de renunciar ao pecado, logo vem com o não
julgueis... Talvez seja o único versículo que sabem e/ou levam a sério. Ora,
viver sem pecar é um desejo de Deus para nós: “Sede santos, porque eu, o Senhor
vosso Deus, sou santo” (Levítico 19,2). E Cristo, o Verbo Divino que se
fez carne, confirma isso dois capítulo atrás do tal versículo de não julgar: “Portanto,
sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito”.(Mateus 5, 18).
Ora, sabemos que Deus não é incoerente, portanto, não nos exortaria a fazer
algo que seria impossível. Se nós caímos, é porque queremos. Eu peco, tu pecas,
todos pecamos? É possível.. Mas eu peco porque quero, tu pecas porque quer,
todos pecam por que querem! Confirma?
Se você
não confirma, Cristo confirma. Jesus, no versículo inicial transcrito neste
post, já nos exorta que agora não há desculpa para o seu pecado. Então,
agora, você querido irmão(a), não tem desculpa para dizer que pecou por
ignorância. Um santo da Igreja, talvez baseado neste versículo, vai dizer que
pela Cruz de Cristo nós fomos libertados, e se pecamos é porque queremos. Não
adianta você olhar pra cruz, compartilhar imagens da “Paixão de Cristo”, se a
Sua vida não for um Evangelho vivo.
Obviamente,
existem pessoas que ainda precisam receber o Kerigma, ou seja, o primeiro
anúncio. Mas, tem gente que nasceu “dentro da Igreja”, e fica com vitimismo,
acomodado no pecado, acostumado, sendo um só com o pecado, e sem querer mudar
de vida. Para você, que tem conhecimento da vontade de Deus, não tem desculpa
para o seu pecado. Até porque, uma vez sabendo a vontade de Deus, que por
primazia é que sejamos SANTOS, não tem de fato desculpa... “O servo que, apesar de conhecer
a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com
numerosos golpes.”(Lucas 12,47).
Então,
tomemos muito cuidado com a vida que levamos. Não sejamos hipócritas. Falando
hipocrisia, os acomodados no pecado, por vezes, chamam quem denuncia o pecado
de fariseu. Mas fariseus e os mestres da lei não faziam não era falar coisas de
Deus e viver sem fazer essas coisas? Pois bem, para quebrar o mito: “se a
vossa justiça não for maior do que a dos escribas e fariseus, não entrareis no
Reino dos Céus”. (Mateus 5,20). Que justiça seria essa? Exatamente essa
de pregar a verdade, e viver essa verdade que é Cristo. João Batista morreu
degolado porque pregou contra o adultério; e este não vivia o adultério. Então
não fiquemos dizendo amar a Deus, falando de santidade, se nosso coração está
repleto de pecado sem arrependimento. Jesus fala para muitos de nós hoje: Por
que me chamais: Senhor, Senhor... e não fazeis o que digo? (6,46)
Espero, de
verdade que possamos nos arrepender, e ir de encontro a um sacerdote (padre)
para confessar os nossos pecados. Cristo que nos deu esta graça, dando aos
sacerdotes (na pessoa dos Apóstolos=Bispos) a graça da Confissão. “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem
perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes
serão retidos”(João 20,22-23).
Você
pecou? Ânimo, arrepende-te, confessa teus pecados, levanta-te. Agora não fique
acomodado fugindo da santidade, se amarrando no pecado. Isso é fuga, desculpa
para não crescer... Só não é você, porque você nasceu do coração de Deus, ou
seja, você nasceu para ser santo como o Pai é santo. Dói, mas é amor.
“Filho, pecaste? Não o faça
mais.” (Eclesiástico 21,1)
“Foge do pecado como se foge
de uma serpente, porque, se dela te aproximares, ela te morderá” ( Eclesiástico
21,2)
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