Salve
Maria Imaculada!
Sabemos
que a Igreja precisa ser restaurada. Não podemos negar o quão
ferida está o Corpo da Igreja. Feridas estas causadas por nós,
filhos e membros da Igreja, que com nossos pecados e escândalos
acabamos maculando aos olhos do mundo a imagem da Igreja. A Santa
Igreja Católica Apostólica Romana é santa, portanto Imaculada. A
Igreja não tem pecados. Mas triste de nós, filhos e filhas da
Igreja, nós sim cometemos pecados e escandalizamos o mundo com o
nosso contratestemunho.
O
meu o seu pecado causam escândalo e ferem a Igreja. Entretanto,
sabemos que a Igreja vive em uma “ruína moderna” quando nós
sabemos que os escândalos são inimagináveis. Sabemos que apesar da
Igreja orientar a Igreja para o certo, muitos escolhem, livre e até
conscientemente o errado. Com isso, pouco adianta a Igreja Católica
condenar a Maçonaria, muitos de seus filhos ingressam nesta e em
outras seitas satânicas que um católico não pode NUNCA ingressar.
Quantos são os ditos católicos que são marxistas declarados,
comunistas, socialista, não obstante a condenação e excomunhão
explícita que a Igreja faz. Mas muito, muito pior, é saber que a
própria Maçonaria tem dos seus infiltrados dentro da Igreja
Católica para destruí-la por dentro. A Maçonaria eclesiástica
trabalha fortemente para destruir a Santa Igreja e fazer com que
satanás reine no mundo. Sabemos que antes do Concílio Vaticano II
foi introduzido dentro da Igreja uma grande quantidade de Comunistas;
e estes, após o Concílio, já estavam nos mais altos cargos da
Igreja: teólogos, padres, reitores de seminário, Bispos e quem sabe
Cardeais. Tudo isso porquê? Ora, satanás já tentou destruir a
Igreja por fora durante mais de 1900 anos, portanto, nos últimos
tempos ele pretende destruir a Igreja por dentro. E ele tem
conseguido. Se não tivesse a fé Católica e não cresse nas
palavras de Jesus que disse que as portas do inferno nunca
prevalecerão contra a Igreja (cf. Mateus 16,18), eu até
acreditaria que a Maçonaria atingiria o seu objetivo de destruir a
Igreja. Mas não, a Igreja não será destruída, porque Jesus morreu
pela Igreja e disse que o inferno não prevalecerá contra a Igreja
Católica! Eu creio! A Santíssima Virgem há de esmagar a cabeça de
satanás debaixo de Seu santíssimo calcanhar!
Entretanto
sabemos que os danos são enormes, e, infelizmente, muitas são as
almas que se perdem. Olhando o descaso em que a Igreja se encontra em
muitos lugares, não tem como não lembrar de um certo Francisco...
São Francisco de Assis! Todos sabem que o Crucificado disse para São
Francisco “Vai e restaura a Minha Igreja”. Ora, Francisco achando
que era a Capela de São Damião, trabalhou arduamente reconstruindo
àquela capelinha que se encontrava em ruínas. Mas depois ele pode
compreender que Deus lhe chamava a ser fundador de uma ordem, e após
a benção do Papa, temos essa ordem maravilhosa dos Frades
Franciscanos que de fato restaurou a Igreja em um tempo que até os
próprios Bispos não acreditavam ser possível viver o Evangelho.
Francisco e seus irmãos religiosos mostraram que SIM, É POSSÍVEL
VIVER O EVANGELHO. São Francisco viveu o Evangelho. Precisamos viver
o Evangelho. E aqui já podemos ver o “segredo” para restaurar a
Igreja: viver o Evangelho e restaurá-la por dentro, assim como
Francisco.
O
Papa Paulo VI disse aquela célebre frase “a fumaça de satanás
entrou na Igreja”. Ora, se a fumaça de satanás entrou dentro da
Igreja nos últimos anos, há 2 mil anos entrou o Espírito Santo no
dia de Pentecostes. E Deus sempre vence o mal. Então devemos começar
a rezar, porque não tem fumaça de satanás, não tem inferno que
vença o poder do Espírito Santo. O Santo Espírito de Deus está no
comando da Igreja, dando assistência, inspirando, conduzindo a
Igreja e seus fiéis filhos há dois mil anos. O Espírito Santo não
abandonou a Igreja, é a Igreja que tem abandonado a unção
verdadeira do Espírito para se agarrar a novidades e a coisas
passageiras.
Porque
falei isso? Se satanás está trabalhando no interior da Igreja –
como Nossa Senhora disse em Lá Salette: “Roma se tornará pagã e
se tornará a sede do Anticristo” -, nós também precisamos
trabalhar no interior dela, e não fora como muitos movimentos acabam
insistindo. Não será criando cisma – até mesmo tendo razão e
muitos pontos – que se restaurará a Igreja.
E
como se dá isso na prática? Ora, os maçons e pessoas mau
intencionadas pegaram, por exemplo, os textos do Concílio Vaticano
II e algumas ambiguidades e distorceram tudo, interpretando de forma
pessoal e herética, causando grande mal à Igreja. Ora, não preciso
criar um “cisma”, preciso criar vergonha na cara e coragem de
anunciar o certo. Na função que Deus te colocar, seja fiel à
Igreja, pegue os documentos do CVII e interprete-os como a Igreja o
interpreta, sem romper com a Tradição de dois mil anos. O CVII foi
pastoral, e tudo que for ambíguo, se lermos unidos ao magistério de
dois mil anos, veremos que só enriquece. Agora se nós, assim como
os maçons, interpretamos da forma modernista e começamos a atacar a
Igreja, só quem ganha é o demônio que quer mesmo é criar
discórdia e maus exemplos. Sendo assim muita gente cai em pecado
mortal e se afasta completamente de Deus.
Como
disse acima, muitos comunistas foram infiltrados dentro da Igreja há
algumas décadas atrás. No Brasil sabemos muito bem como agiram com
a chamada “Teologia da Libertação”. Muitos hereges da
Libertação tomaram os seminários, e até hoje são professores e
formam os futuros padres. Pobres padres, muitos têm reta intenção,
mas são corrompidos por certos seminários que só ensinam o que não
presta. É melhor sair pregando algo absurdo aos padres, ou
corrompe-los durante o período de seminaristas? Muito mais fácil
corromper os seminaristas, não é verdade? Agora imaginem um padre
mal formado, estudando absurdos e até tomando algo como ensinado
pela Igreja, sendo que a Igreja condena várias coisas (como a
própria TL)... Este padre corromperá toda uma comunidade de fiés
que ele for designado para cuidar. Mas se os maus agiram assim,
também os bons tem que agir assim. Precisamos rezar e ter bons
sacerdotes nos seminários, para que ao serem colocados como
professores de Seminário, reitores, enfim, sejam santos e ensinem
aquilo que é doutrina da Igreja, e não doutrina marxista. Não
podemos ser covardes e lavar as mãos dizendo que “já era”.
Precisamos lutar até o fim para restaurar a Igreja por dentro. Até
falo isso para caso algum seminarista esteja lendo isso, e você só
estuda coisas que sabe que são erradas, mas que não tem outro
seminário, seja forte! Recomende-se sempre à Virgem Maria, reze o
terço diário, e seja forte, e após ser ordenado comece a ensinar o
correto. Quem sabe pela tua perseverança você não venha a se
tornar um professor e formar corretamente futuros seminaristas.
Claro, sabemos que é bom evitar estudar em tais lugares. Mas falo de
casos que seja impossível recorrer a outro seminário ou de pessoas
que sabem que não serão contaminadas.
Se
sabemos que certas Comunidades e Congregações esfriaram, deixaram o
mundanismo tomar de conta, só pregam coisas light, festas e mais
festas, o que fazer? Ora, não condeno que saia... Mas persistamos,
mesmo que sozinhos, pregando a verdade, denunciando, quer queiram ou
não. Vejo muita gente saindo de vários movimentos pelo modernismo
que eles apresentam ultimamente; entretanto, será que Deus chamou a
sair do movimento? Eu tenho medo de que existam muitas novas Santas
Teresas de Jesus e São Joões da Cruz que Deus chama, assim como
eles restauraram o Carmelo, a restaurar os movimentos de hoje. E o
que fazemos pulamos para fora do barco e começamos a atacar, falar
mal, dizer que não presta. Mas só falar que não presta, não
resolve. Satanás minou por dentro, e é também por dentro, com
amor, porém com ardor zeloso, que iremos restaurar. Se só tem
herege no movimento, no Grupo de Oração, coisas depravadas, seja
você a testemunha, e se tiver a oportunidade de pregar, pregue a
verdade. Sinta das dores. Serás afastado, serás caluniado, mas os
santos que restauraram um mundo que era mal, sofreram a mesma coisa.
Insisto,
devemos restaurar por dentro. Não adianta saber o que é certo se
não ensinamos. O problema é que muitos sabem o certo, a verdade, e
diante de uma realidade relativista, ao invés de ser profeta,
torna-se omisso. Claro que existem dificuldades, mas mostre-me um
santo que não as teve. É mais cômodo dizer que tudo não presta. É
mais cômodo. Afinal, pagar o preço para restaurar é mais
complicado. Não adianta dizer “eu era de tal movimento, de tal
grupo, e são tudo sem formação, não presta!”. E por quê você
não deu formação? Hum, não deixaram? Mas você rezava a Deus
pedindo essa graça? Ah, sim, entendo, você falou e te chamaram de
louco(a)... Os santos também. Mas eles não saíram atacando as
Congregações, mas sim o maldito pecado em que elas se encontravam.
Falo isso especificamente de movimentos e Comunidades reconhecidas
pela Igreja. É preciso viver em silêncio interior, rezando e
reparando, e quando Deus manda, anunciar. Sair, quando não é
vontade de Deus, nem sempre é bom. E se Santa Teresa de Ávia
tivesse saído do Carmelo quando as irmãs – e ela mesma – viviam
como pagãs dentro do Convento? E se São Francisco ao invés de
fundar a ordem, fundasse uma seita, já que via o péssimo testemunho
dos filhos da Igreja? Oxalá entendêssemos a grande graça que Deus
nos deu: viver num tempo tempestuoso, é verdade, mas com a luz que
Ele nos deu, com as armas para restaurá-la. Quantos santos não
queriam viver neste tempo, e nós temos essa graça, de viver no
tempo da grande tribulação. Eis que vivemos no tempo da apostasia,
e se queremos ser santos, nadar contra a correnteza, devemos
permanecer dentro do rio, e não sair para a margem. É muita
apostasia? Continue a nadar contra a correnteza. Quantos seriam os
santos que hoje não estariam derramando seu próprio sangue pela
verdade, dentro da Igreja, unidos ao Papa? E nós, sabemos a verdade,
mas não restauramos por dentro.
Para
finalizar, quero usar um outro exemplo. Se nos seminários começaram
a ensinar que a Missa é só uma ceia, uma partilha, e não um
sacrifício (vale lembrar que o CVII NUNCA ENSINOU ISSO. O Concílio,
e os documentos pós conciliares, ensinam o que a Igreja ensina a
dois mil anos: a Missa é o Santo Sacrifício de Cristo na Cruz!);
precisamos de pregadores, missionários, padres que preguem que sim,
sim, a Missa é o Santo Sacrifício de Cristo na Cruz! Quer os
hereges queiram, ou não... A Missa é o Sacrifício do Corpo e do
Sangue do Senhor Jesus Cristo entregue por nós na cruz. Com essa
teologia moderna – e herética – sendo ensinada nos seminários e
pelos padres nas paróquias, acabamos vendo os abusos: missa afro,
sertanejo, rock, pré-balada; missas com cachaça e pipoca no lugar
da hóstia feita de trigo e do vinho... Vemos tantas profanações.
Mas ao invés de sairmos com pensamentos rad-trad e sedevacantistas,
devemos restaurar a Igreja por dentro. Como? O senhor, sacerdote do
Deus altíssimo, reconhecendo esses problemas, celebre o Santo
Sacrifício da Missa de forma digna. Assim como a Igreja ensina e
está no Missal. E não é preciso mudar de rito. Sabemos que a Missa
de São Pio V (Tridentina) é belíssima, porém, não é preciso
celebrar só no rito Tridentino, basta que se celebre com piedade e
amor, crendo que está diante de nós o sacrifício do Senhor.
Satanás para profanar a Missa não era preciso mudar o rito, mas o
coração do padre. O problema de tantos problemas litúrgicos não
fica somente na conta do rito de Paulo VI, o problema é a corrupção
do coração do Padre. Para muitos não passa de uma ceia,
confraternização com a “comunidade”. Tanto é que antes do CVII
já existiam abusos litúrgicos, em proporções menores, é verdade;
mas se dá também porque antes do CVII não eram tantos os hereges
que estavam nos altos postos da Igreja. Antes do CVII era ensinado
uma coisa, depois, os hereges usando do Concílio, apesar deste não
dizer essas heresias, ensinavam um monte de porcaria aos seminários.
Mas para encerrar a questão da Missa, é isso: conheço sacerdotes
que celebram o Santo Sacrifício da Missa no rito de Paulo VI, de
forma digna, belíssima, conforme está no Missal, com grande amor.
Você vê pelos olhos do sacerdote, que aquele coração crê que tem
em suas mãos o Corpo do Senhor. Por isso, aqueles sacerdotes que
querem restaurar a Igreja, restaurem por dentro, “reformando” a
liturgia celebrando a Missa conforme está no Missal. Não saiam da
Igreja, pois se o senhor sair, estarão abandonados e obrigados a
participar das profanações.
Enfim,
já que o tema é restaurar, cito aqui algo relatado por São Luís
Maria Grignion de Montfort no livro “O Segredo do Rosário”. Se a
Igreja será restaurada, será pelo poder do Rosário. O Rosário
rezado pelos filhos e filhas da Igreja, fiéis a Ela, permanecendo
dentro dela em santa obediência, salvará a Igreja e impedirá sua
ruína. Porque as portas do inferno não prevalecerão, e a
Santíssima Virgem Maria vencerá e humilhará satanás e sua maldita
soberba.
Nos
diz São Luís: “Um nobre, que tinha muitas filhas, colocou
uma num mosteiro totalmente negligente, onde as freiras eram vaidosas
e pensavam em nada mais que os prazeres mundanos. O confessor das
freiras, por outro lado, era um padre zeloso que tinha um grande amor
pelo Santo Rosário. A fim de guiar estra freira a uma vida melhor,
ordenou que ela rezasse o Rosário todo dia em honra a Santíssima
Virgem e, ao mesmo tempo, meditasse na vida, paixão e glória de
JESUS.
Ela
alegremente incumbiu-se de rezar o Rosário e, pouco a pouco passou a
detestar os hábitos caprichosos de suas irmãs de religião.
Desenvolveu um amor pelo silêncio, e pela oração apesar do fato
das outras a terem rejeitado e ridicularizado, chamando-a de uma
fanática.
Naqueles
dias, um santo pregador chegou de visita ao mosteiro e, enquanto
meditava, teve uma estranha visão de uma freira em sua cela,
embevecida em oração, ajoelhada em frente a uma Senhora de
indescritível beleza e rodeada de Anjos. Estes tinham flechas
acesas, que com as quais repeliam uma multidão de demônios que
queriam entrar. Estes espíritos malignos então correram para as
celas das outras freiras, em forma de animais imundos.
Através
desta visão, o sacerdote se tornou ciente do lamentável estado em
que se encontrava o mosteiro e ficou extremamente chateado que quase
morreu de pesar. Ele imediatamente reuniu as religiosas mais novas e
pediu que perseverassem.
Refletindo
logo sobre a excelência do Rosário, decidiu tentar reformar as
irmãs através dele. Adquiriu vários Rosários de rara beleza e os
deu a cada freira, implorando que rezassem o Rosário todo dia, e fez
mais, pediu que prometessem isto, que se elas o fizessem de maneira
fiel, ele não iria tentar forçá-las a mudar seu estilo de vida.
Por mais estranho que pareça, porém, maravilhosamente, as freiras
concordaram com este acordo e ficaram felizes ao receberem os
rosários e prometeram rezá-los.
Pouco
a pouco, elas começaram a deixar suas ocupações vazias e mundanas,
deixando que o silêncio e o recolhimento viessem para suas vidas. Em
menos de um ano, elas todas pediram que o mosteiro fosse reformado.
Assim
o Santo Rosário fez mais mudanças em seus corações que o
sacerdote teria feito através da exortação e autoridade.”
Salve
Maria Imaculada! Viva Cristo Rei!
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