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Um só povo no Coração de Maria
“[...]
E eis que a estrela, que tinham visto do Oriente, os foi precedendo
até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. A
aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. Entrando na
casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante
dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como
presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos de não tornarem
a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.” (Mateus
2,9-12)
Salve
Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe!
Nós
podemos nesse trecho desta epifania (manifestação) do Senhor algo
muito importante que, não pouco profetizado pelos santos da Igreja,
acontecerá também no fim dos tempos na grande epifania da volta de
Nosso Senhor Jesus Cristo para instaurar definitivamente Seu Reino de
Glória, como novos céus e nova terra, por todos os séculos dos
séculos.
Os
reis magos eram de uma região do Oriente, portanto, não eram
judeus. Com isso quero destacar que estes não faziam parte do
chamado “povo da promessa”. O povo judeu foi o povo escolhido,
mas estes rejeitaram o Senhor. Claro, Jesus veio também trazer a
salvação para nós, porém, veio para os seus em primeiro lugar,
mas os seus (judeus) o rejeitaram. E essa “rejeição” começa
desde o nascimento de Jesus. Lembremos que Nossa Senhora e São José
não foram acolhidos na hospedaria, tendo que ser feito o parto numa
pobre gruta de Belém. Quando Jesus nasceu, os primeiros a adorar não
foram os mestres da Lei, o sumo sacerdote, os escribas, ou qualquer
que fossem dos importantes humanamente falando; mas quem primeiro foi
adorar – depois da Virgem Maria e de São José obviamente –
foram os pobres e simples pastores, e, como vemos nesta narrativa
evangélica citada no início deste texto, três reis magos que nem
judeus eram.
A
estrela que guia os reis magos – que não praticavam magia, mas que
provavelmente eram os sábios de suas terras e/ou tinham a ciência
da astronomia, que nada tem a ver com as superstições – desde o
Oriente até aquela pobre gruta. Isso quer dizer que a luz do Senhor
brilha para os povos pagãos até a gruta onde está Jesus. A estrela
na verdade é só um reflexo do próprio Jesus que é a própria luz.
Jesus atrai estes reis que não são judeus; e aqui fica claro que
Jesus veio para reinar sobre todos os povos, sobre todos aqueles que
aceitarem o Seu senhorio. Ele atraiu os simples, atraiu os pagãos,
atraiu a nós.
Hoje
Nosso Senhor também continua com uma estrela, com uma luz,
manifestando Sua existência, Seu amor, guiando os povos – pagãos
ou de diversidade de doutrinas – para um mesmo redil. Há dois mil
anos atrás a estrela guiou os reis magos para a pobre gruta de
Belém. Hoje para nós aquela gruta de Belém simboliza a Santa
Igreja Católica Apostólica Romana. A estrela guiou os magos até a
gruta; hoje o Senhor de diversas maneiras tem suas “estrelas”,
meios, graças, dons, para guiar todos os povos para o redil da Santa
Igreja. Basta seguir a estrela, seguir as moções do Espírito
Santo. Por isso devemos compreender que sim, sim, o Espírito Santo
também aje em outras religiões, no protestantismo, por exemplo, mas
sempre dando uma luz para guiar para à unidade da Igreja Católica.
O ecumenismo que visa deixar cada um na sua doutrina é diabólico;
mas o Espírito Santo manifesta-se também no protestantismo e em
outras religiões não cristãs, para atraí-los para a verdade da
única e verdadeira religião: Igreja Católica.
Isso
para muitos de nós é um escândalo, não aceitamos que o Espírito
aja fora da Igreja. Ele aje, mas a salvação só está na Igreja
Católica. Eis porque digo, o Espírito Santo age fora para atrair
para dentro. Assim como ocorreu com os reis magos, atraídos por uma
estrela entraram para a gruta, e permaneceram na fé em Jesus Cristo
O adorando. O problema é que, principalmente no protestantismo, Deus
manifesta uma estrela para atrair o povo para a gruta (Igreja), mas
começam a se contentar com a estrela, e não chegam ao fim da
caminhada até a gruta. Um grande exemplo disso é o ex pastor
protestante Fernando Casanova, que participava de uma seita
pentecostal, ou começar a estudar sobre a Igreja afirmava que sempre
vinha no Coração que a Igreja dos atos dos Apóstolos era a Igreja
Católica; porém, este repreendida achando que era o diabo. Deus
fala no protestantismo, o problema é que quando Ele fala apontando a
Igreja, acabam achando que é o diabo; mas quando o diabo ou mesmo a
própria carne começa com o achismo a respeito da Igreja, começa-se
a proclamar em nome do Espírito Santo. Quem
quiser ouvir o riquíssimo testemunho de Fernando Casanova basta
clicar aqui.
Mas
o fato principal é que ocorreu algo nessa epifania do Senhor que
acaba passando batido, e que está ligado a profecias de santos da
Igreja sobre a volta de nosso Senhor Jesus Cristo. O que aconteceu na
adoração dos reis magos, está começando a acontecer e acontecerá
em plenitude na volta de Jesus Cristo.
Deus
manifestará fora para atrair todos os povos para a única e
verdadeira fé: Católica! Porém, assim como os reis magos chegaram
e encontraram Jesus nos braços da Virgem Maria, e ali mesmo O
adoraram; também nestes tempos temos que adorar Jesus nos braços de
Nossa Senhora. Os povos pagãos e demais membros separados da Igreja
retornaram quando se estabelecer a verdadeira devoção ao Imaculado
Coração de Maria; e esta devoção atrairá povos e nações para a
gruta (Igreja) e ali adorarão o Santíssimo Sacramento pelo Coração
de Maria. Sim, os povos encontraram em Maria o Menino Jesus. E é por
isso que a conversão dos protestantes, dos judeus, e de tantos
quantos ainda devem se converter, está emperrada: pois pouco se tem
falado da Virgem Maria. Quando fizermos a Virgem Maria brilhar, então
acontecerá essa epifania do Senhor Jesus pelo Coração Imaculado de
Maria, e então, Maria se tornará a Senhora de todos os povos, e
Cristo Reinará e será adorado por todos os povos.
Isso
é o que já dizia São Luís Maria Grignion de Montfort na obra
“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria” da
qual cito alguns trechos significativos:
“Foi
por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao
mundo, e é também por meio dela que Ele deve reinar no mundo.”
(TVD nº1)
“Maria
Santíssima tem sido, até aqui, desconhecida, e que é esta uma das
razões por que Jesus Cristo não é conhecido como deve ser.” (TVD
nº13)
“Nesses
últimos tempos, Maria deve brilhar, como jamais brilhou, em
misericórdia, em força e graça. Em misericórdia para reconduzir e
receber amorosamente os pobres pecadores e desviados que se
converterão e voltarão ao seio da Igreja Catolica; em força contra
os inimigos de Deus, os idólatras, cismáticos, maometanos, judeus e
ímpios empedernidos, que se revoltarão terrivelmente para seduzir e
fazer cair, com promessas e ameaças, todos os que lhes forem
contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para animar e
sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão
por seus interesses. Maria deve ser, enfim, terrível para o demônio
e seus sequazes como um exército em linha de batalha, principalmente
nesses últimos tempos, pois o demônio, sabendo bem que pouco tempo
lhe resta para perder as almas, redobra cada dia seus esforços e
ataques. Suscitará, em breve, perseguições cruéis e terríveis
emboscadas aos servidores fiéis e aos verdadeiros filhos de Maria,
que mais trabalho lhe dão para vencer.” (TVD nº 50)
Enfim
se queremos a unidade dos cristãos, a conversão dos verdadeiros
judeus e também dos povos pagãos que não conhecem a Deus, o
caminho é clamar à Nossa Senhora que Ela brilhe, e começarmos a
fazer com que Ela seja conhecida e amada, para que Cristo seja
adorado em Seu Coração. Não há outro caminho. Se queremos
apressar a vinda de Cristo, se queremos que Cristo Reine, devemos
dobrar nossos joelhos, rezar nosso Rosário, e anunciar a consagração
a Nossa Senhora com um meio seguro e certo para alcançarmos a
santidade com o auxílio de Maria.
Por
Maria os judeus se converterão cumprindo as profecias das Sagradas
Escrituras. Por Maria os protestantes renunciarão suas heresias e
retornarão (ou adentrarão) ao seio da Santa Igreja. Por Maria
conseguiremos evangelizar os pagãos. Por Maria os cismáticos
regressarão a unidade plena da Igreja.
E
como acontecerá isso? Nossa Senhora ainda há de brilhar mais!
Existem quatro dogmas de Nossa Senhora proclamados pela Santa Igreja:
Imaculada Conceição, Virgindade Perpétua, Maternidade Divina e
Assunção (onde o Papa também define que Nossa Senhora assunto foi
coroada como Rainha). Existe um quinto dogma a ser proclamado e que
será luz dos povos. Quando este dogma for proclamado, fechando os
cinco dogmas, fará com que os cegos enxerguem a luz que direciona a
gruta e possam enfim ver Jesus nos braços de Maria. O mundo está
perdido porque veem Jesus em tudo quanto é lugar, mas o Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro está nos braços de Maria Santíssima.
O
dogma da qual me refiro é o da Co-Redenção da Virgem Maria. Falo
dogma para um melhor entendimento, é algo que a Igreja ainda não
proclamou como dogma. As grandes conversões acontecerão com a
proclamação deste dogma.
Os
reis magos chegaram na gruta e adoraram Jesus nos braços de Maria. É
belo ver como São Mateus não deixa este detalhe passar
despercebido. Nos braços de Maria, primeiro sacrário e primeiro
ostensório, Jesus foi adorado. E se a primeira adoração pública de
Jesus foi feita nos braços de Maria, hoje Ele deve continuar sendo
adoração nos braços e no Coração Imaculado de Maria, e os povos
também O adoraram assim. Sem ser por Maria, labutaremos até a
fadiga em vão e colheremos poucos frutos.
O
mundo de hoje têm rejeitado Jesus. Não tem pregado o verdadeiro
Jesus, o verdadeiro Evangelho. Uma confusão total. Falsas doutrinas,
falsos profetas. Mas, se o mundo materialista, ateísta, marxista, um
mundo que nega a existência de Deus, ainda verá o brilho da graça
de Deus e poderá se converter se anunciarmos a Co-Redenção da
Virgem Maria. Assim como os reis magos adoraram o Menino nos braços
de Nossa Senhora, essa nação também adorará Jesus nos braços de
Maria, como no Calvário, onde a Virgem segurava não um Menino, mas
O Homem-Deus entregando Sua vida no madeiro da Cruz. Sim, a sociedade
de hoje, pelos pecados horrendos que se tem cometido, tem matado Deus
novamente; e como no Calvário, quando Cristo morto estava nos braços
da Virgem Maria, os presentes ainda podia contemplar a Misericórdia
de Cristo pelo olhar de Maria Santíssima. Cristo não podia falar,
mas o Coração que amou continua batendo junto ao Imaculado Coração
de Maria, pois Jesus e Maria são inseparáveis. E no Calvário se
cumpriu as palavras proféticas de Simeão para Nossa Senhora “E
uma espada transpassará a tua alma” (Lucas 2,35). E assim
encontraremos Nossa Senhora hoje: segurando Jesus, que tanto
ofendemos, mas por Sua Misericórdia e pela intercessão de Maria,
podemos adorá-Lo em seus braços, pelos méritos da Sua Co-Redenção.
Quem
puder escreva ao Papa pedindo que possa estudar o caso da proclamação
deste dogma. Mas façamos o que está ao nosso alcance: rezemos e
façamos conhecer as dores de Maria e anunciemos a Sua Co-Redenção.
Afinal,
a Co-Redenção – além de estar explícito na doutrina católica –
não está no clamor das mensagens de Nossa Senhora em Fátima
(aprovadas pela Igreja). Afinal, após mostrar o inferno para as três
crianças, Nossa Senhora disse “Vistes o inferno para onde vão as
almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no
mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração”. O Coração de Nossa
Senhora foi transpassado por uma espada de dor, principalmente quando
a lança abriu o Coração de Jesus, Ele estava morto, e Ela sentiu
as dores, e selou Sua Co-Redenção. Não quer Deus com isso que o
mundo conheça as dores de Maria para ser nosso último remédio de
Misericórdia? Não será por isso que na última aparição de Nossa
Senhora em Fátima, no episódio do milagre do sol, Ela apareceu como
Nossa Senhora do Carmo e após como Nossa Senhora das dores? Não
quer Deus evidenciar as dores de Maria? Anunciemos a Co-Redenção de
Maria, pois isso agrada a Deus.
E
só para um esclarecimento: o sofrimento total da Virgem Maria junto
a Cristo, com Seu compadecimento e com a espada que lhe transpassa o
Coração quando a lança abre o lado de Jesus, lhe dá a graça de
ser Co-Redentora. Todo sofrimento que temos gera salvação, mas o da
Virgem Maria é um sofrimento Imaculado. São Paulo pode dizer que o
que faltava a cruz de Cristo ele completava em sua carne (cf. ); mas
São Paulo antes de se converter era um pecador, assassino
perseguidor de cristãos. Já o mínimo sofrimento da Virgem Maria
tinha maior mérito porque Ela foi concebida Imaculada, ou seja, sem
pecado, sem mancha. Por isso todo seu compadecimento aos pés da Cruz
lhe deu a graça de ser Co-Redentora. Afinal, tantos santos salvaram
milhares de almas com penitencia, oração, etc. Imagine as almas
salvas pelo compadecimento da Virgem. O menor sofrimento da Virgem no
Calvário tem mais mérito do que as penitências de todos os santos
da história da Igreja até o dos que existirão até o fim dos
tempos. Não, não é um sofrimento infinito, só o de Cristo teve
mérito infinito por ser Deus; mas o da Virgem foi Imaculado, puro,
sem mancha.
E
para encerrar, quero dizer que de fato o mundo só encontrará a paz
quando retornar ao Cristo crucificado. Quando se voltar para a
Misericórdia de Jesus. E nós só encontraremos Jesus
verdadeiramente no Coração de Nossa Senhora. Por isso, neste tempo
em que cada vez mais se tem negado Jesus – seja com o ateísmo,
seja com quem desiste de viver a santidade e começam a viver como
pagãos – só se poderá contemplar a Misericórdia de Deus pelo
olhar e pelo Coração de Nossa Senhora. Por isso encerro este texto
com a frase de São João Paulo II em uma de suas catequeses sobre
Nossa Senhora: “A participação de Maria no drama da Cruz
torna este evento mais profundamente humano e ajuda os fiéis a
entrarem no mistério: a compaixão da Mãe faz descobrir melhor a
Paixão do Filho.”
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