Salve
Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
Muitas
vezes vemos as pessoas cometerem os mesmos erros, não conseguindo mudar de vida.
Até mesmo as pessoas que têm uma vida de caminhada na Igreja não parecem estar
imunes a isso: encontros e mais encontros, e volta-se ao pecado; formações e
mais formações, e parece que não há jeito. Tanto é assim que quando uma pessoa
entra para um grupo, ou faz uma consagração à Nossa Senhora, por exemplo, e
após o fervor inicial volta a vida velha, não muitas vezes as pessoas tendem a
criticar tal pessoa dizendo que a mesma só fez as coisas por “modinha”, na
brincadeira, não leva a sério, etc., mas a verdade é que nem sempre este é o
problema.
Um dos
graves erros que cometemos é o fato de acharmos que simplesmente a pregação da
doutrina fará com que as pessoas se convertam; enquanto, na verdade, a maioria
das pessoas que acompanhamos nos seus primeiros passos na Igreja, mas que caem
depois, não caíram por desconhecimento, mas por uma força que a puxava à velha
rotina de pecado, de tristeza.
É urgente
nós entendermos que nem todo mundo volta à vida velha por uma escolha clara,
mas sim pela obscura escolha de seguir por aquilo que sua história de vida lhe
condiciona. Todos nós temos uma história de vida, com alegrias, porém com
tristezas, traumas, feridas na alma, que, se não forem tratadas, pode nos fazer
bastante infelizes. Muitas pessoas que não poucos apontam o dedo e julgam “voltou
a fazer tal coisa” tem uma história marcada pelo pecado, por situações
terríveis em sua história, que acabam condicionando-a a agir daquela maneira.
Obviamente, como bem ensina Viktor Frankl com a logoterapia, todos somos livres
e podemos agir diferente diante dos problemas, das dores, dos traumas, do
sofrimento em geral, e escolher agir de maneira diferente daquela que agiria.
Mas a verdade é que uma parte considerável das pessoas não cuidam do seu
emocional, dos seus afetos, e acabam agindo de maneira impulsiva, de acordo com
o sentimento do momento.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdZeg2hNaMP2yXZT7FG2UF4onp2nbnQgBtTyx3owfJjhNSyaBaGBhjsY6OdLL1lcsoDWbmzz3slCXIGu3eFbiF0XZ5xB05mm75uTkBcieSsafc8f3ujsKU9DMFokoNAvprwGQNt_4NNjU/s320/85b62d4a27ea43297eb1ab349b6e06c6_L.jpg)
Precisamos
nos aprofundar nestes temas, afinal, falando de pecado, por exemplo, podemos
perceber que muitas pessoas voltam a tais realidades por problemas
psicológicos. Por isso, o livro é indicado para sacerdotes que atendem em
confissão, pois será de grande ajuda para além do direcionamento espiritual,
dar uma ajuda no psicológico da pessoa; além de pessoas em geral que fazem
atendimentos a pessoas, ou são conselheiras. Além, é claro, para todos aqueles
que estão passando por momentos de infelicidade, que estão com essa dor na
alma, cheio de feridas, e que o livro poderá fazer um bem muito grande.
Nós
precisamos compreender que, embora o nosso passado tenha nos deixado marcas profundas,
não estamos condicionados a viver da mesma maneira. Nós precisamos nos
reconciliar com nosso passado, deixar que a Misericórdia de Cristo nos cure de
todos os traumas – seja familiares, ou de relacionamentos que não deram certo,
ou profissionais etc. Se continuarmos querendo viver sem buscar a cura dos
afetos, continuaremos dando murro em ponta de faca: só nos feriremos mais a
cada queda.
Creio
que só caminha bem para frente aquele que consegue bem resolver o que ficou
para trás. E isso, de uma maneira singular, em seu interior. Este é um
princípio básico: Nada vai para a frente se está amarrado a realidades que o
puxam para trás, e ninguém poderá crescer para a frente (e, consequentemente,
para o Alto) se viver constantemente refém de pessoas, sentimentos, decepções e
feridas que o aprisionam ao passado
Quem
não buscar curar seus afetos e emoções poderá se tornar alguém perenemente
infeliz e incompleto na vida (ainda que alcance muitos de seus ideais). Isso
porque suas inúmeras feridas o tornarão míope para enxergar a existência e suas
verdadeiras belezas, impedindo-o de lutar contra os verdadeiros inimigos: as
feridas e as marcas, não as pessoas. (Padre Adriano Zandoná. Curar-se para ser
feliz)
Portanto,
caríssimos, possamos deixar que Deus cura nossas feridas. Paremos de olhar para
nós mesmos como vítimas, como pobres coitados, e deixemos que Cristo restaure
em nós a dignidade de filhos de Deus – pois somos verdadeiramente filhos de
Deus. Mesmo que tenhamos caído, pecado e desfigurado na condição humana, a
Misericórdia de Deus pode tudo fazer, e quer nos curar e transformar. Mas é
necessário se desprender dos traumas do passado, permitindo que Cristo nos abra
novos horizontes para a verdadeira felicidade que nos leva para o Reino de
Deus.
Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
Viva Cristo Rei!
Para saber mais sobre o livro indicado, acesse o site da Editora Petra.
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