Não privem as CRIANÇAS do Batismo e da Eucaristia

by - março 21, 2018


Antigamente o povo parecia ter muito mais zelo para com as coisas espirituais, para com a prática da religião de maneira geral. O batismo é um grande exemplo disso: batizava-se logo nos primeiros dias após a criança nascer. Não se ousava pensar em deixar uma criança pagã no mundo. E quando acontecia de uma criança morrer sem batismo, como no caso de morte após o parto ou alguma enfermidade contraída que levava a óbito antes do batismo, se tinha uma profunda tristeza, afinal, além da criança não ter podido seguir a vida neste mundo, partiu sem receber o maior dom que é o batismo.
Hoje em dia, infelizmente, o povão parece ter perdido esta piedade. Hoje o normal é demorar alguns meses; mas há muitos e muitos casos em que a enrola chega aos anos. Muitas crianças estão sendo batizadas com seis, sete, dez, onze anos. Muitos estão na adolescência, em turmas de Crisma, sem receber o batismo.
Mas sempre há desculpas! Muitos dizem que demoram a batizar os filhos para que estes cresçam e, tendo um entendimento melhor, possam eles mesmo escolherem um padrinhos que eles gostem. Mas quem tem que escolher os padrinhos, com exceção dos adultos, são os pais. Motivo? Escolhem alguém não que gostem ou que a criança vá gostar, nem mesmo que tenha dinheiro, mas sim alguém que tenha testemunho de vida cristã que sirva de exemplo e ajude os pais na missão de educar os filhos na FÉ.
Além disso, há pessoas que demoram a batizar os filhos porque estão esperando os padrinhos escolhidos resolverem pendências. Normalmente essas pendências são problemas com casais que vivem juntos sem serem casados na Igreja ou casais de segunda união. A pergunta é: por que privar os filhos do batismo por causa do problema dos padrinhos? Aliás, a Igreja não aceita padrinhos nas situações citadas justamente porque os padrinhos devem ser o apoio dos pais na educação na fé; sendo assim, precisam mostrar com a vida o ensinamento da Igreja.
O Padre Gabriele Amorth falava que havia crianças que sofriam ataques demoníacos, mas que após receberem o batismo, tais ataques diminuíam ou cessavam. Infelizmente as pessoas parece que esqueceram que o mal anda por aí rondando, procurando a quem devorar, e largamos as crianças indefesas sem a unção do batismo. O batismo perdoa todos os pecados (de cometeu antes de ser batizado), apaga a culpa do pecado original, é um exorcismo, nos torna filhos de Deus. Não demore a batizar vossos filhos!
Um outro problema encontrado, este quando a criança está maior, é a negligência em fazer a criança receber a Primeira Comunhão. Muitos perguntam a idade em que a criança pode comungar. A resposta é que pode-se comungar a partir dos 7 anos; embora o novo Código de Direito Canônico não diga uma idade mínima, porém ele usa termos como “uso da razão” ou “suficiente conhecimento” para indicar a idade mínima a se comungar.
Nosso Senhor Jesus Cristo disse “Deixai vir a mim as criancinhas”; em outro ponto do Evangelho também disse “desejei ardentemente comer esta ceia convosco”. Quando Jesus estava instituindo a Eucaristia, Ele desejava ardentemente se tornar Esposo das nossas almas, ser nosso alimento, se entregar a nós. E Ele deseja ardentemente que as crianças O recebam em corpo, sangue, alma e divindade.
O Código de Direito Canônico vai dizer:
É dever, primeiramente, dos pais ou de quem faz as suas vezes e do pároco cuidar que as crianças que atingiram a idade da razão se preparem convenientemente e sejam nutridas o quanto antes com este divino alimento, após a confissão sacramental.” (Cân 914. Grifo meu)
Portanto, não devemos retardar a Primeira Comunhão das crianças batizadas, e que tenham atingido o uso da razão para distinguir o corpo e o sangue do Senhor.
Quando vão levar as crianças para a catequese? Quando vão se esforçar para que elas possam comungarem? Quando já tiverem sido contaminadas pela impureza, pelo mal, pela indiferença religiosa na adolescência? Quantas crianças são HOJE contaminadas com a impureza! Quantas crianças poderia HOJE comungar o Senhor, e ter na Eucaristia a fonte do amor, a fonte da pureza que preservaria suas vidas puras e castas para a vida eterna.
Que a Beata Imelda, que com oito anos não podia comungar, mas que ao desejar ardentemente Comungar Jesus, viu o Santíssimo Sacramento voar das mãos do sacerdote e pousar em si, podendo fazer sua primeira Comunhão após este milagre, e morreu de amor na ação de graças, interceda por todas as crianças para que possam também comungar Jesus. Aliás, que a Beata Imelda interceda por todos os pais negligentes, para que tenham luz para dar uma verdadeira educação religiosa aos seus filhos.

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