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CONVÉM A UM CRISTÃO?
Deus
nos chama à santidade. Mas infelizmente muitos de nós temos ficado
presos nos vícios e nas práticas contrárias a virtude. Se outrora
o demônio usava o “não julgueis” para que as pessoas não
falassem a verdade – em especial pregadores, catequistas,
coordenadores -; hoje, o demônio conseguiu uma arma ainda mais
eficiente: tudo é puritanismo! Se você falar algo contra uma
determinada prática, se disser que algo não convém a um cristão
católico, logo alguém ofendido com aquelas palavras dirá “deixa
de ser puritano”. Logo vemos que parece que os jovens que ardiam em
desejo de viver a radicalidade do Evangelho, de não caminhar de
acordo com as regras mundanas, mas viver consumidos em grande pureza
de coração e santidade de vida, parecem que esfriaram e cederam não
sendo tão “radicais” assim – ou melhor, não sendo “puritano”
-, ou acabam vivendo a radicalidade, mas pensa 1552 vezes antes de
falar sobre pois tem medo de ser taxado como puritano. O falso
puritanismo é o relativismo da vez. Acusamos os outros de
puritanismo quando queremos esconder o nosso relativismo e/ou a nossa
falta de renúncia, coragem e disposição.
Veja
bem, o puritanismo de fato pode ser um grande mal; mas mal maior é o
relativismo. O puritanismo quando vem de um escrúpulo (tomando
proporção maior se unida a um neofarisaismo) de fato é um grande
problema. O desejo de pureza, de santidade, de amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo, não é puritanismo no
sentido escrupuloso da palavra, mas sim ser aquilo que Deus quer que
sejamos: santos. O problema está quando a pessoa quer ser pura/santa
mas começa a ser escrupuloso. Por exemplo: não é puritanismo eu
não falar palavrão e aconselhar que não se fale palavrão;
puritanismo maléfico é eu não querer conversar com alguém porque
ele ainda não tem a mesma experiência/entendimento que eu neste
assunto. Para ser mais claro: apesar de eu já ter falado muito
palavrão, eu não gosto de palavrões quando tornam-se um hábito;
entretanto, puritanismo doentil é quando eu, por não falar
palavrão, não quero ouvir as colocações do Prof. Olavo de
Carvalho por este falar palavrões. Isso é puritanismo. Muitos falam
que não o assistem nem leem nada que escreve por seus palavrões.
Puritanismo ou seja lá como for, é eu querer recusar os riquíssimos
ensinamentos deste filósofo porque ele fala palavrão. Citei este
caso porque há muita gente que de fato haje assim. Muitas moças
gostam de usar saias longas, e nisso não há mal algum, muito pelo
contrário. Mas o puritanismo escrupuloso está no fato de, por
exemplo, não querer falar com uma moça só porque ela usa outro
tipo de vestes. O puritanismo não está em pregar a modéstia, mas
sim em se fechar na bolha e esquecer que até para você tudo foi um
processo – talvez longo e demorado.
Citei
estes breves exemplos de “puritanismo escrupuloso” só para
situarmos mais ou menos de onde surgiu o relativismo disfarçado de
“anti puritanismo”. O demônio tem soprado no coração das
pessoas aversão ao puritanismo, mas elas mal percebem que estão
rejeitando a santa pureza, a santidade, e adentrando no relativismo.
Eu não posso ser puritano escrupuloso, e muito menos relativista. O
que eu devo ser? Santo. Sendo assim, como bem pergunta o título
deste texto: convém a um Cristão? Você mesmo deve meditar sobre
suas atitudes e sob a luz da fé questionar se sua vida convém com a
vida de um cristão. Se a Palavra de Deus me iluminar mostrando que
há pecado na minha vida, qual deve ser minha atitude? Bom, quando
comecei a caminhar na Igreja a atitude era reconhecer-se pecador,
confessar os pecados tendo-se arrependido, buscar forças na
Eucaristia e pedir a graça a Jesus para que sejamos aquilo que Ele
quer, ou seja, santos. Afinal, sem a graça de Deus ninguém pode
nada; é Ele que faz tudo. Foi Ele que fez todos os santos, pois sem
Deus todos eram misérias sobre miséria. Mas hoje, a atitude é
olhar a Palavra de Deus dizendo algo claro sobre algumas coisas e
dizermos “eu não sou puritano, Deus me ama como sou...” Viram?
Mudamos o “não julgueis” para “não sou puritano”. Como o
cão é sujo. Como diria Pe Léo: não sejamos antas! Nós devemos
desejar a santidade e reconhecendo nossa má tendência pedir a Deus
a graça de mudar de vida. O puritano/escrupuloso irá desesperar-se;
o pecador que reconhece a Misericórdia de Deus irá pedir perdão e
a graça de ser aquilo que Deus quer. Do contrário, somos
relativistas que usamos do “não puritano” para esconder,
camuflar e legitimar o nosso pecado.
Por
isso vos convido a meditar como anda a sua vida. Quero tomar a
Palavra de Deus em Efésios 5,1-7 e mostrar algumas coisas que não
convém a um Cristão:
“Sede,
pois imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na
caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se
entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor.
Quanto à fornicação, à
impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça
menção entre vós, como convém a santos. Nada de obscenidades, de
conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez
disso, ações de graças. Porque sabei-o bem: nenhum
dissoluto, ou impuro, ou avarento – verdadeiros idólatras! - terá
herança no Reino de Cristo e de Deus. E ninguém vos seduza com vãos
discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de Deus sobre os
rebeldes. Não vos comprometais com eles.”
Acabamos
de ler um belo ensinamento de São Paulo. Um santo conselho. Pra quem
quer viver a vontade de Deus, ou seja, a santidade, buscará não ser
apenas ouvinte/leitor da Palavra, mas cumpridor (cf. Tiago 1,22); já
para os relativistas que dão uma de “sou radical, só não sou
puritano” tentará se esconder atrás da cortina do relativismo,
mas o rabo do gato sempre fica pra fora. Pois como o próprio São
Paulo disse nessa passagem: “ninguém vos seduza com vãos
discursos”; ora, como hoje em dia grande número de pessoas são
atraídas por vãos discursos de “não é bem assim”, “não
julgueis”, “não somos puritanos”, “tá escrito isso, mas Deus sabe a nossa realidade”, e tantos e tantos discursos vãos que
fazem com que o homem não aspire os mais altos desejos de santidade,
mas faz com que continuem inertes na vida podre, passageira, longe da
plenitude da felicidade para qual Deus nos chama. Deixa sem reação.
Repito: ninguém consegue nada sem a graça de Deus, sem a ação do
Espírito Santo; porém esses vãos discursos relativistas fazem com
que as pessoas não peçam a graça, não usem os dons do Espírito
Santo.
E
meditando mais a fundo na passagem citada acima, será que temos
imitado a Deus, imitado a Cristo? Será que estamos colocando em
prática as Bem-Aventuranças? Aliás, todo o sermão da montanha...
Temos O imitado e seguido Seus conselhos? Veja, São Paulo fala, após
citar que devemos ser imitadores de Deus, progredindo na caridade
(amor) segundo o exemplo de Jesus, que Ele (Cristo) por nó se
entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. Ora,
nós devemos progredir nessa caridade de Cristo que é sacrificar-se.
A fuga do pecado, renunciar o nosso pecado, renunciar aquilo que
parece lícito mas que conduz a pecar, é um grande sacrifício. Se
devemos imitar a caridade de Cristo que se sacrificou, devemos
sacrificar nosso fundo de maldade. Santa Faustina dizia que há
poucas almas santas porque há poucas almas humildes. De fato, não
temos humildade para nos reconhecer pecadores necessitados de
conversão, que precisamos renunciar muita coisa. Não somos humildes
o suficiente pra ofertar a Deus o sacrifício de renunciar a vida de
pecado. Afinal, foi isso que ele nos pediu, e nunca disse que seria
fácil, mas disse: “Se alguém quiser vir
comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque
aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que
tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la.”
(Mateus 16,24-25).
Pois
bem, convém a um Cristão certas coisas que vemos tantos católicos
praticarem descaradamente? Veja bem, São Paulo fala claramente após
citar algumas práticas pecaminosas: “QUE DISTO NEM SE FAÇA MENÇÃO
ENTRE VÓS, COMO CONVÉM A SANTOS.” Conseguem compreender a
profundidade dessas palavras? Nem se faça menção... Ou seja, nem
se toque no assunto nas conversas. Pois é algo corriqueiro, além de
praticarmos o mal, ainda nos vangloriamos do nosso pecado. Ou mesmo
não praticou em si o pecado, mas fica falando sobre. Talvez o rapaz
seja um jovem casto no sentido de não ter cometido um ato sexual,
mas as conversas dele com outros rapazes fala-se só de pornografia.
Ora, pra ser casto não basta só se guardar pro casamento, não
devemos nem falar sobre a impureza como se fosse normal.
Meditemos
sobre cada ponto que São Paulo cita. “Quanto à fornicação, à
impureza, SOB QUALQUER FORMA[...]”; veja eis duas coisas que São
Paulo fala que não se deve nem fazer menção entre os cristãos. O
Catecismo da Igreja Católica vai dizer que “a fornicação é a
união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres”
(CIC 2353). Ou seja, aqui São Paulo está dizendo que não
convém a um Cristo a prática do sexo antes do casamento. E como é
comum vermos jovens com vida sexual ativa sem ser casado. Mas hoje
tudo bem – segundo seu vão e pervertido pensamento -, afinal os
tempos são outros. Porém, devemos lembrar que Jesus Cristo é o
mesmo ontem, hoje e sempre (cf. Hebreus 13,8). Muitos querem reclamar
da Igreja um pseudo direito à “liberdade sexual” e querem que
ela libere a camisinha, que deixe de considerar o sexo antes do
casamento um pecado mortal... Mas convém um Cristão, convém a
alguém que foi escolhido, separado, amado por Deus para ser santo,
viver uma vida de impureza dessa praticando a fornicação? Ó vós
que conheceis a Deus, a verdade de Deus, seus preceitos, mas que por
amor aos caprichos da carne livremente escolhe a fornicação, ó,
mal sabeis a podridão do estado de sua alma e quão terrível será
o julgamento de Deus. Voltai pra Deus enquanto é tempo. Enquanto é
tempo da Misericórdia – diz Santa Catarina de Sena – recorrei a
Cristo crucificado!
Veja
que não há nada de “puritanismo” aqui, mas sim pecado mortal.
Até quando vamos nos calar com medo do que vão achar de nós? São
Paulo tá dizendo que não temos que ter parte com a fornicação. E
os jovens de Igreja? Sim, esses jovens membros de grupos de jovens,
como estão? Fulana vai pra retiro e tem um encontro pessoal, não
com Cristo, mas com o corpo do beltrano e ambos praticam a
fornicação. E se vangloriam de ter feito isso num encontro da
Igreja. Isso convém a santos? Fui pregar em um retiro para jovens, e
em determinada hora da noite estava conversando com algumas pessoas
(dentre elas jovens que faziam o encontro) e chegou a hora do
recolhimento. Uma moça que estava fazendo o encontro disse “eu não
quero ir agora não. Essas meninas só ficam conversando besteira”
- ao ser questionada, ela conclui “ficam lá no quarto falando
(perdoe-me o termo, mas foi como disse) 'você fica quanto tempo sem
“dá”?, nossa! eu não aguento ficar uma semana sem meu
namorado'.” - E estou falando de jovens de 13, 14, 15 anos... Como
que uma criatura que mal entrou na adolescência fala que não
consegue ficar uma semana sem ter relação sexual com o namorado?
São Paulo disse que além de não praticar, não se deve nem fazer
menção, e lá se pratica e se menciona a vanglória do pecado
mortal que dá prazer de 20 minutos na terra e danação eterna no
inferno. Eis a realidade de muitos grupos de jovens. Será que não
vai ter ninguém pra pregar a verdadeira castidade, sem respeito
humano, para fazer com que os jovens saiam dessa vida de impureza?
Infelizmente muitos dentro da Igreja praticam a fornicação. E tenho
o receio que muitos casais de namorados transem no sábado a noite e
no domingo de manhã estão na fila da Comunhão, afinal, para
muitos, não é pecado porque se amam. Se amam? Então se casem! São
Paulo também diz: “se não podem guardar a
continência, casem-se. É melhor casar do que abrasar-se”
(1Corintios 7,9).
Também
não devemos praticar a impureza; mas São Paulo acrescenta algo que
os relativistas vão chorar: SOB QUALQUER FORMA. Ora, se é nada de
impureza, é na de impureza. Agora a gente quer ficar medindo o tanto
de impuro que eu posso ser e poder entrar no Céu. Não devemos
praticar a impureza sob qualquer forma. E você sabe muito bem o que
é impureza. Mas citemos algumas delas. Convém a um cristão
assistir/ver pornografia? É óbvio que não. Convém a um cristão
se masturbar? É óbvio que não, não pratiqueis a impureza sob
qualquer forma. Se é sob qualquer forma, não convém a um cristão
fazer isso já citado assim como: não devemos nos abrasar na
homossexualidade; praticar adultério; praticar sexo anal ou outros
tipos que não naturais pois é um desvio da verdadeira função da
relação sexual dentro do matrimônio, afinal o corpo do outro não
é um parque de diversões onde eu faço o que quero para obter
prazer, o corpo do outro é templo do Espírito Santo e devo
respeitar, e fazer tudo com a ordem criada por Deus, portanto, esse
tipo de prática onde busca-se apenas o prazer pelo prazer é uma
impureza; assim como o uso de camisinha (mesmo por pessoas casadas),
anticoncepcional, DIU e outros contraceptivos não naturais (que além
de tudo são abortivos) que tendem a transformar a relação sexual
num mero recebimento de prazer. Tudo isso é impureza.
Lembremos,
nada de impureza sob qualquer forma. Mas hoje tudo se mascara com
“não sou puritano”. Há alguns dias o Padre Paulo Ricardo postou
um video respondendo a pergunta “até onde pode ir as carícias
durante o namoro”. Nossa! Para alguns como foi espantoso, radical,
ou até mesmo – segundo neorelativistas – puritano da parte do
padre falar que os beijos demorados e ardentes podem ser pecados.
Aliás, sem puritanismo, clique aqui e leia este texto que fala mais
detalhadamente se os beijos na boca (de língua) são pecado ou não
(adiantando que no beijo de língua serve como um aviso ao corpo que
acontecerá uma relação sexual; portanto, quase sempre que um homem
beija uma mulher, praticamente de forma automática há uma
excitação. Leia neste texto e saiba mais, mas é muito difícil
viver castamente beijando de língua, uma vez que em si gera prazer e
leva a um ardente desejo; caso a pessoa não caia na relação sexual
cai, no mínimo, no desejo pecaminoso). Mas como é difícil! O padre
falou que não se pode olhar de forma impura para a moça, logo um
rapaz veio me questionar que o Padre tava falando agora que não se
pode olhar pra mulher. Ora, olhar pra uma mulher não é pecado,
agora olhar de forma impura desejando-a no nosso coração é pecado,
e não foi o Padre Paulo Ricardo que disse, mas sim Jesus em Mateus
5,28. O problema é que estamos acostumados a olhar as mulheres e
desejarmos, a termos como objetos sexuais, a ficarmos imaginando “Ah
se eu pudesse”, ora, isso também é uma forma de impureza! Isso
não é puritanismo, isso é impureza mesmo. Estamos acostumados a
olhar as moças usando mini saia, mini shorte, e deixar tudo de fora,
que passamos a não mais evitarmos o olhar para suas partes
desonestas (olhemos pro chão, olhemos pro Céu, busquemos não olhar
pro corpo pois somos frágeis e nós homens logo pensaremos
besteira); não, como não somos puritanos a gente olha as pernas
mesmo, os seios, tudo bem, estamos apenas contemplando a beleza. Bom,
vem alguns pensamentos impuros, mas não desejo pensar isso, mas vem.
Ora, se não desejamos pensar coisa impura, desviemos o olhar. Os
pensamentos vão vim? Sempre. Mas não devemos confiar em nós mesmo,
pois sem vem pensamento impuro como tentação até sem olharmos,
olhando será mais fácil em consentir. Santa Catarina de Sena diz
que o pecado não está no sentimento, mas no consentimento. Não
devemos ser puritanos/escrupuloso ao ouvir uma moça dizendo “oi”
pensamos “meu Deus! Pequei!”; não, isso é doença. Mas também
não podemos ser relativistas ao achar que posso olha pra moça e
ficar imaginando coisas impuras com ela.
E
falso puritanismo atingiu níveis tão drásticos que já vi em
grupos de Facebook, após alguém perguntar se podia-se assistir
certo tipos de filme, uma criatura dizer que assiste séries que
contém cenas eróticas, mas, segundo ele, não o influenciam em
nada, portanto, ele assiste sem problema. Ora, como assim assistimos
filmes, séries e programas que contém cenas eróritcas e não nos
atinge em nada? Bom, se não atinge em nada e porque já fomos
atingidos a muito tempo. Um sacerdote me ensinou certa vez que se eu
for assistir um filme e ver que a classificação é acima dos 18, e
vendo que terá cena erótica, eu sou responsável. Ora, a que tipo
de relativismo chegamos nós ao legitimarmos o assistir cenas
eróticas (pouco importa se explícita ou não, se em ato ou não) e
acharmos que não há pecado algum? São Paulo diz nada de impureza
sob qualquer forma. Isso também é uma forma de impureza. Essas
coisas atingem nosso consciente. Quantos rapazes sofrem pra viver a
castidade porque tem a mente e o emocional contaminado pelos filmes
pornográficos! Mas não, agora a gente tem uma casta de cristãos
ultra mega suer power que conseguem assistir séries com cenas
eróticas e não sentem absolutamente nada. Talves você me
pergunte: há mesmo pecado em assistir filmes, séries, novelas,
programas em geral que contenham mulheres seminuas, linguagens
obscenas, e demais impurezas explícitas? Afinal – segundo você
possa estar me perguntando – vou só assistir porque todo mundo
assiste, devo conviver com os irmãos que não conhecem a Cristo, e
não vou fazer aquilo que está passando, só que o filme, o
programa, é engraçado, é na verdade uma comédia... Meu irmão,
minha irmã, deixe-me citar novamente São Paulo “que disto nem se
faça menção entre vós” Se não se deve fazer menção, não se
deve assistir, ouvir, propagar. Em vez disso, ação de graças.
E
São Paulo segue dizendo que não nos convém a avareza. E como tem
gente com este pecado! Mas sigamos no que ele cita mais adiante, pois
tem mais relativismo nos seguintes.
“Nada
de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas
não convêm; em vez disso, ações de graças”. Olha só que
maravilha! Como temos vivido? Nosso linguajar é só impureza, só
palavrão, só palavra obscena. Por mais que muitas vezes explodamos
e falamos palavras que, segundo o julgamento de alguns, é palavrão,
não podemos fazer disso um hábito e começar agora a só falar
palavrão. “Ah tô nem aí, Olavo de Carvalho fala palavrão, vou
pregar falando palavrão também. O glória!” Mas que anta, você,
heim? Ele é um ótimo filósofo, mas não estou nem aí se ele fala
ou deixa de falar, eu sei que eu não quero voltar a ter um linguajar
cheio de lavras obscenas, com duplo sentido, com impureza. Quem me
conhece a mais tempo sabe o quanto eu falava palavrão. Acho que eram
raras as frases que eu concluía sem um termo “pesado” e impuro.
Mas esse linguajar não nos convém. E como já explicado acima
quando citei os palavrões, buscar não falá-los não é
puritanismo. Nossa, que frescura isso. Nós devemos ser cristãos
autênticos e parar com as obscernidades, com as piadinhas imorais,
de duplo sentido, que tudo tem sexo na piada, e todos riem, o
glória... Devemos parar com essas conversas tolas e levianas que
temos. Muitos jovens vão pra retiro da Igreja falando imoralidades;
volta do retiro falando as mesmas imoralidades. Mas gente!
São
Paulo fala que ao invés de todas essas coisas devemos dar ação de
graças. Pois bem, no lugar de ação de graças, o que a nova
geração de católicos “não tem nada a ver” tem cantado e/ou
falado? Só o que não presta. Nada de fornicação, impureza,
avareza, obscenidades, conversas tolas ou levianas. Nada disso!
Aliás, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a
santos. Mas ai de quem falar contra as músicas sertanejo, funk,
forró, etc. Convém a um cristão ouvir essas impurezas cantadas por
artistas sertanejo? Em algumas pregações citei este rítmo e suas
letras como algo que não convém a um católico ouvir, mas confesso
que comecei a achar que estava sendo radical demais. Achei que estava
exagerando. Entretanto, viajei com minha mãe para o interior do RN e
fomos de onibus. Infelizmente – mas talvez por providência para
que eu sentisse a serpente querendo me pegar – um dos motoristas
inventam de ligar o DVD e colocar o de uma dupla sertaneja. Se eu
comecei a achar que estava pegando muito pesado, comecei a ver que de
fato este tipo de música não convém a quem quer ser santo, mas só
convém a quem quer seguir a Cristo sem deixar as paixões do mundo.
Foi terrível! Enquanto passou o DVD as músicas me levaram a ter
tentações de impureza pelo linguajar obsceno, a lembrar de
relacionamentos passados, a remoer coisas, a pensar besteira... E eu
tentando lutar contra. Agora imagina alguém que por livre vontade
escuta uma asneira dessa, como não fica a alma? Primeiro a música
penetra no coração, danifica o emocional, adoenta a afetividade, e
muitas vezes deságua numa sexualidade desregrada (afinal o sertanejo
hoje se resume a sexo. Não sejamos bobos, quando se fala de “amor”
“amar você” “nos amamos” normalmente está falando de uma
relação sexual).
Tenho
um amigo de Facebook que sempre reza por mim, mas nunca mais tinha
falado nada. Ao falar com ele, perguntando se ele estava bem, ele
veio partilhar comigo que estava fraco na caminhada. Não lembro suas
palavras exatas, mas o fato é que ele estava começando a ficar
relativo em relação a algumas coisas da fé, desejando coisas
pecaminosas, etc. Mas, eu não disse nada, ele mesmo confessou-me que
tudo devia ter começado quando ele começou a escutar sertanejo e
funk, e pelas letras começou a deixar-se influenciar (e talvez a
desejar aquilo que se é cantado). Aí eu pergunto: convém a um
cristão ouvir umas baboseiras dessas? Não pratiqueis a impureza,
mas também não ouvi a vanglória da impureza.
Muitos
jovens, em especial as moças, vivem uma carência afetiva muito
grande por causa dessas músicas. Qualquer coisa corre pra ouvir
Jorge e Mateus ou qualquer outro “fenômeno” da música
sertaneja. Por tudo chora. Ah ninguém me ama... Que coisa chata!
Fica tão carente que após terminar o namoro fica na foça, quando
surge o primeiro sapo querendo seu corpinho ela logo cai de amores...
por quê? Porque é carente. Só ouve carência, impureza, não
conseuge resistir. O homem é a mesma coisa. Só ouve essas
impurezas, as ostentações da vida deste mundo, e “novinha”
daqui “e sei que lá” do outro, qualquer mulher que veja vai
desejar de forma impura. Nossa, mas como é difícil de viver a
castidade, dizem tantos, mas é claro, ao invés de dar ação de
graças, de cantar ao Senhor, fica se ouvindo/assistindo essas
babozeiras.
Responda-me:
convém isso citado a um cristão? Como que um cristão ouve tal
música que diz: “De copo sempre cheio, coração vazio; To me
tornando um cara solitário e frio; Vai ser difícil eu me apaixonar
de novo e a culpa é sua; Antes embriagado do que iludido; Acreditar
no amor já não faz mais sentido; Eu vou continuar nessa vida
bandida até você voltar”. Uma pessoa que fica ouvindo esta
babozeira dificilmente entenderá que, como diz o Padre Paulo
Ricardo, no céu o amor se chama glória, mas na terra se chama cruz.
Ouvindo essa música nós vemos a realidade de tantos jovens
católicos que não querem renunciar as práticas erradas. O
relacionamento deu errado? É claro que deu errado, era só impureza
e agora fica aí bebendo pelos cantos. Veja, beber não é pecado,
mas a Bíblia diz claramente que a embriaguez é. Portanto, vivendo
essa vida dissoluta que a música prega, logo lembramos que também
os bêbados não entrarão no Reino dos Céus (cf. 1Corintios 6,10).
Aí a criatura fica lembrando da pessoa que só usou ela, só queria
levar ela pra cama, e fica se embriagando, chorando, dando vexame e
cantando “eu vou continuar nessa vida bandida até você voltar”;
só que tem um problema: você está esperando a pessoa que só te
usava pra pecar voltar, só que quem volta é Jesus Cristo (ou então
você morre e estará diante do tribunal de Cristo para o seu
julgamento particular) e como fica você? Pois São Paulo disse:
“nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento – verdadeiros
idólatras! - terá herança no Reino de Cristo e de Deus.”
(Efésios 5,5). Opa, deixa eu traduzir algo: dissoluto = vida
bandida. Se você ficar na vida bandida, ou seja, na vida dissoluta,
na impureza, preso nas coisas dessa terra sem se lembrar de Deus, sem
se recordar que Jesus voltará ou que eu posso morrer a qualquer
momento, como que você adentrará no Céu quando Cristo te chamar e
não ser mandado ao inferno? A Palavra de Deus manda-nos lembrar que
Cristo voltará, não nos manda ficar choramingando o meu pecado.
Reaja em nome de Jesus e Maria! A Palavra de Deus diz: “Em
tudo o que fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás.”
(Eclesiástico 7,40). Jesus Cristo não encarnou no
seio virginal de Nossa Senhora, cresceu, pregou e morreu numa Cruz
por mim e por você e depois ressuscitou para que nós vivéssemos
uma vida bandida. Não! Mil vezes não! A Santa Cruz que nosso Senhor
assumiu foi para que tivéssemos uma vida em santidade. Vida bandida
é a do cão que já se perdeu, mas nós não, nós devemos almejar a
vida em santidade.
Meus
amados irmãos e irmãs, tenhamos uma profunda confiança no Senhor.
Por mais que seja difícil ter que renunciar algo por amor ao Senhor,
façamos por amor. Veja, essas coisas levam nossa alma à morte, não
seria loucura não querer renunciá-las? Lembro do pequeno Beato
Francisco, vidente de Nossa Senhora em Fátima, que renunciou seu
joguinho – coisa lícita, não havia pecado no joguinho dele –
por amor a Deus, como um sacrifício. E que jejum, que sacrifício,
que penitência é sofrer tudo para não pecar. Este é o jejum mais
agradável. São Paulo fala em Hebreus 12,4 “Ainda não tendes
resistido até o sangue na luta contra o pecado”; e como é real,
temos resistido muito pouco, logo desistimos. Esse desânimo é
demoníaco.
Mas
coragem! Diante da realidade do pecado nunca deves desesperar da
salvação, mas saber que se Deus permite que o pecado seja
denunciada é para que nos arrependamos. Se temos conhecimento,
busquemos o perdão do Senhor. Vai dizer Santa Catarina de Sena
“Ninguém
é tão pecador, que não alcance misericórdia. A misericórdia
divina é maior que nossas maldades. Mas sob a condição de que
desejemos nos corrigir na santa confissão, com o propósito de
preferir a morte ao vômito [Pr 26,11]” - Sim,
meus irmãos, busquemos a confissão, pois ali não é o padre, mas o
próprio Jesus Cristo escondido no padre que nos perdoa. Foi revelado
à própria Santa que quando confessamos, ao nos dar a absolvição,
sai das mãos do sacerdote e nos lava o mesmo sangue que Cristo
derramou na Cruz. Que graça! Se há poucos santos é também porque
há poucos que buscam uma confissão frequente com verdadeiro
arrependimento, com verdadeira humildade. Busquemos esse
arrependimento verdadeiro e a humildade de Cristo.
Por
isso, meus queridos, sigamos o ensinamento de São Pedro, nosso
primeiro Papa: “À maneira de
filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis
antes, no tempo da vossa ignorância. A exemplo da santidade daquele
que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações”
(1Pedro 1,14-15). Não sejamos
santos só naquilo que nos agrada, que nos convém, mas busquemos ser
santos em todas as ações para maior glória de Deus. É difícil,
mas se Deus nos chama a sermos santos é porque é possível. Não,
não é possível a nós, mas a Ele, pois Ele nos chama a santidade,
mas é Ele mesmo que nos santifica (cf. Lev 21,8).
E
sabendo Deus da nossa miséria, nos deu uma mestra de santidade: a
Virgem Maria. Leia o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima
Virgem, escrito por São Luís Maria Grigion de Montfort; e descubra
este belíssimo “segredo” de santidade. Se consagre à Nossa
Senhora por este método, torne-se escravo de Jesus por Maria por
amor, e assim, largando a escravidão do mundo, verás que a
felicidade é pertencer a Deus, e Nossa Senhora te gerará em Seu
Imaculado Coração para uma vida de verdadeira santidade. Ela tira
todos os nossos escrúpulos, medos, angústias, tudo que nos leva
e/ou nos prende no pecado. Ela nos ajudará a compreender o que é
puritanismo escrupuloso e o que é santidade. Ela arrancará e
esmagará o demônio do relativismo que tem pegado tantos de nós.
Mas claro, desde que deixemos que Ela aja em nós, porque há quem
use uma corrente no braço mas não se deixa guiar por Ela, não é
fiel e dócil às inspirações, não vivendo segundo o que Ela pede
de maneira pessoal, ma segundo os apetites da carne. Olhe pra Jesus
no Santíssimo Sacramento e diga: eis aqui o escravo da escrava do
Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa vontade! E vá se deixando
guiar. Pois como São Luís mesmo diz no T.V.D:
“o
Altíssimo e sua santa Mãe devem suscitar grandes santos, de uma
santidade tal que sobrepujarão a maior parte dos santos, como os
cedros do Líbano se avantajam às pequenas árvores em redor,
segundo revelação feita a uma santa alma.
Estas
grandes almas, cheias de graça e de zelo, serão escolhidas em
contraposição aos inimigos de Deus a borbulhar em todos os cantos,
e elas serão especialmente devotas da Santíssima Virgem,
esclarecidas por sua luz, alimentadas de seu leite, conduzidas por
seu espírito, sustentadas por seu braço e guardadas sob sua
proteção, de tal modo que combaterão com uma das mãos e
edificarão com a outra (cf. Ne 4, 17). Com a direita combaterão,
derrubarão, esmagarão os hereges com suas heresias, os cismáticos
com seus cismas, os idólatras com suas idolatrias, e os ímpios com
suas impiedades; e com a esquerda edificarão o templo do verdadeiro
Salomão e a cidade mística de Deus, isto é, a Santíssima Virgem
que os Santos Padres chamam “o templo de Salomão” e “a cidade
de Deus”.21 Por suas palavras e por seu exemplo, arrastarão todo o
mundo à verdadeira devoção e isto lhes há de atrair inimigos sem
conta, mas também vitórias inumeráveis e glória para o único
Deus. É o que Deus revelou a São Vicente Ferrer, grande apóstolo
de seu século, e que se encontra assinalado em uma de suas obras.
O
mesmo parece ter predito o salmo (14, 15), em que se lê: “Et
scient quia Deus dominabitur Jacob et finium terrae; convertentur ad
vesperam, et famem patientur ut canes, et circuibunt civitatem – E
saberão que Deus reinará sobre Jacob, e até os confins da terra;
voltarão à tarde, e padecerão fome como cães, e rodearão a
cidade, em busca do que comer”. Esta cidade que os homens
encontrarão no fim do mundo para se converterem e saciarem a sua
fome de justiça, é a Santíssima Virgem, que o Espírito Santo
denomina “cidade de Deus” (Sl 86, 3)”. (Tratado da Verdadeira
Devoção à Santíssima Virgem – 47-48)
Que
então a Santíssima Virgem nos eduque e nos faça santos, conforme a
vontade de Deus. E não há maneira melhor de deixarmos Nossa Senhora
reinar em nosso coração e nos moldar segundo a vontade de Deus, do
que sermos devotos do Rosário. Sim, rezemos o Rosário. Se não for
possível rezar o Rosário completo, rezemos pelo menos um Terço
todos os dias conforme Ela mesmo pediu em Fátima-Portugal em 1917.
Um terço não é demorado. É tão rápido, quinze ou vinte minutos,
mas faz um bem espiritual e temporal tão grande. Sejamos devotos
fiéis da Santíssima Virgem Maria e veremos que Ela nos ajudará a
sermos santos. Você e eu precisamos nos converter, Ela nos ajudará.
“Maria
é essa Estrela esplêndida que se eleva sobre a imensidão do mar,
brilhando pelos próprios méritos, iluminando por seus exemplos. Ó
tu, que te sentes, longe da terra firme, levado pelas ondas deste
mundo, no meio dos temporais e das tempestades, não desvies o olhar
da luz deste Astro, se não quiserdes perecer. Se o vento das
tentações se elevar, se o recife das provações se erguer na tua
estrada, olha para a Estrela, chama por Maria. Se fores sacudido
pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, do ciúme,
olha para a Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias,
nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que seu nome nunca se
afaste de teus lábios, que não se afaste de teu coração; e, para
obter o auxílio da sua oração, não te descuides do seu exemplo de
vida. Seguindo-a, terás a certeza de não te desviares;
suplicando-lhe, de não desesperar; consultando-a, de não te
enganares. Se ela te segurar, não cairás; se te proteger, nada
terás de temer; se te conduzir, não sentirás cansaço; se te for
favorável, atingirás o objetivo.”(São
Bernardo)
Salve
Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe! Viva Cristo Rei do
Universo!
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