Feminismo, ecologismo e satanismo

by - dezembro 03, 2014


Magia e ocultismo se alastram cada vez mais nos movimentos feministas” - comenta B. Wenish. B. WENISCH, Satanismo, p. 38.)

Tremei, tremei, as bruxas estão de volta”

Foi na Itália, em 1977, que a palavra bruxa foi empregada pela primeira vez no movimento feminista. Uma jovem havia morrido em conseqüência de estupro violento. Os jovens culpados foram condenados a penas relativamente leves. Isto ocasionou uma colossal demonstração feminista de protesto. Aproximadamente 100 mil mulheres se reuniram à noite nas ruas de uma importante cidade italiana fazendo grande alarido e gritando em coro: “Tremei, tremei, as bruxas estão de volta!”. (Ibidem, p. 35.)

Certas militantes do movimento feminista consideram as bruxas como símbolo adequado de seu anseios. Para elas as bruxas teriam sido perseguidas porque eram entendidas em medicamentos, parteiras que conheciam métodos abortivos e de prevenção da gravidez; mulheres que tentavam libertar-se do domínio masculino rompendo com a ordem religiosa e social dominante. Segundo ainda as feministas, é a memória dessas mulheres (as bruxas) que serve de inspiração para sua própria luta contra as estruturas patriarcais da sociedade atual.

Além disso algumas feministas se dedicam a práticas magico-ocultistas, como meio de obter a sua suposta emancipação.

O movimento Wicca

É o caso do poderoso movimento feminista — na realidade uma verdadeira seita satanista — que se apresenta a si mesmo como uma forma de continuação das bruxas e feiticeiras medievais. Trata-se do movimento Wicca palavra inglesa arcáica da qual deriva o moderno vocábulo witch, bruxa. A seita Wicca se define decididamente como pagã e se coloca conscientemente contra o Cristianismo. Venera a Grande Deusa donde provém toda a vida e para onde tudo retorna. Ao lado, ou antes, abaixo dessa Grande Deusa está o poderoso deus cornudo, derivado do princípio feminino, o qual dizem elas, na época de perseguição às bruxas, era identificado com demônio bíblico. Trata-se de um panteísmo de cunho feminino, e não é de admirar que a seita procure vinculações com o movimento feminista e se considere parte integrante e militante dele, por razões religioso-filosóficas.

As adeptas dessa nova bruxaria se reúnem em grupos de, no máximo, 13 pessoas para praticar a magia. Insistem em que não há magia negra e, portanto, feitiçaria prejudicial, mas que a força mágica só é usada para fins positivos. Seja como for, quem criou rituais para grupos Wicca foi nada menos que o notório satanista inglês Aleister Crowley. Outro ocultista britânico, Alex Sanders, dirigente de um ramo dessa seita, declarava-se, no melhor estilo de Crowley, The Devil Incarnate (o Demônio Encarnado); ele descreve um ritual para a conjuração de um demônio, que consistia na prática de um ato mágicosexual de incesto com a própria irmã.(Cf. B. WENISCH, Satanismo. pp. 32-34.)

Em uma publicação francesa encontramos outros dados sobre as feitiçeiras do movimento Wicca:
Conhecem-se atualmente os ritos do movimento Wicca, celebrados na ilha de Man (Inglaterra), ou na floresta de Fontainebleau (França). A grande sacerdotisa Monique Maria Mauricette Wilson, que se faz chamar Lady Olwen, oficia nua, como nos antigos sabás. ...

Sobre o altar são colocados recipientes para sal e água, hervas, um incensador, velas, um cálice e outros objetos. A feiticeira-chefe, enquanto todos se ajoelham em círculo em torno dela, ajoelha-se por sua vez, benze o sal e a água e os mistura com um punhal de punho negro, símbolo do poder luciferino, que toda feiticeira possui.

A Missa negra, que é difícil de se distinguir do sabá, comporta um ritual litúrgico análogo ao das missas comuns (católicas) com exceção de certas orações, recitadas ao contrário por espírito de profanação. A elevação é o momento esperado para a profanação suprema. A hóstia é ora uma fatia de pão negro, ora uma rodela de rábano.* O oficiante a eleva em geral sobre o corpo de uma jovem nua sobre um altar, proferindo injúrias; ele atira depois a hóstia para as feiticeiras e bruxos, os quais se precipitam para calcá-la aos pés. A missa termina com uma frase ritual: Ide ao diabo” (Claude PETIT-CASTELLI, Les Sectes enfer ou paradis, p. 154.)

*Aqui se faz uma paródia sacrílega da Santa Missa. Entretanto, sempre que conseguem, os satanistas preferem que um sacerdote católico, que esteja num grau de apostasia suficiente para se prestar a tal abominação, celebre uma Missa durante uma cerimônia dessas, na qual ocorra verdadeira consagração; ou, senão, procuram obter hóstias verdadeiramente consagradas em Missas válidas, para serem profanadas nesses rituais satânicos. Quanto à validade da consagração das espécies eucarísticas no contexto de uma Missa negra, os teólogos discutem; alguns afirmam, outros negam tal validade.

Ecologismo e ocultismo

B. Wenisch continua na sua análise do movimento feminista-ocultista: “A onda esotérica aparece também nos grupos alternativo-ecológicos.” E se refere a uma autora feminista-ecologista que “pratica rituais mágicos, sente-se em contacto com seres espirituais, e baseada em supostas experiências de vida terrena pregressa, acredita na reencarnação. Considera-se a reencarnação de uma bruxa executada nos inícios da Idade moderna”. (B . WENISCH, Satanismo, p. 38.)

(Retirado do livro "Anjos e Demônios - A luta contra o poder das trevas" de autoria de Gustavo Antônio Solímeo e Luiz Sérgio Solímeo / Quem quiser fazer download do livro poderá encontrá-lo no seguinte link: http://www.fimdostempos.net/anjos_demonios_luta.pdf)

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