“Magia
e ocultismo se alastram cada vez mais nos movimentos feministas” -
comenta B. Wenish. B. WENISCH, Satanismo, p. 38.)
“Tremei,
tremei, as bruxas estão de volta”
Foi
na Itália, em 1977, que a palavra bruxa foi empregada pela primeira
vez no movimento feminista. Uma jovem havia morrido em conseqüência
de estupro violento. Os jovens culpados foram condenados a penas
relativamente leves. Isto ocasionou uma colossal demonstração feminista
de protesto. Aproximadamente 100 mil mulheres se reuniram à noite
nas ruas de uma importante cidade italiana fazendo grande alarido e
gritando em coro: “Tremei, tremei, as bruxas estão de volta!”.
(Ibidem, p. 35.)
Certas
militantes do movimento feminista consideram as bruxas como símbolo
adequado de seu anseios. Para elas as bruxas teriam sido perseguidas
porque eram entendidas em medicamentos, parteiras que conheciam
métodos abortivos e de prevenção da gravidez; mulheres que
tentavam libertar-se do domínio masculino rompendo com a ordem
religiosa e social dominante. Segundo ainda as feministas, é a
memória dessas mulheres (as bruxas) que serve de inspiração para
sua própria luta contra as estruturas patriarcais da sociedade
atual.
Além
disso algumas feministas se dedicam a práticas magico-ocultistas,
como meio de obter a sua suposta emancipação.
O
movimento Wicca
É
o caso do poderoso movimento feminista — na realidade uma
verdadeira seita satanista — que se apresenta a si mesmo como uma
forma de continuação das bruxas e feiticeiras medievais. Trata-se
do movimento Wicca palavra inglesa arcáica da qual deriva o moderno
vocábulo witch, bruxa. A seita Wicca se define decididamente como
pagã e se coloca conscientemente contra o Cristianismo. Venera a
Grande Deusa donde provém toda a vida e para onde tudo retorna. Ao
lado, ou antes, abaixo dessa Grande Deusa está o poderoso deus
cornudo, derivado do princípio feminino, o qual dizem elas, na época
de perseguição às bruxas, era identificado com demônio bíblico.
Trata-se de um panteísmo de cunho feminino, e não é de admirar que
a seita procure vinculações com o movimento feminista e se
considere parte integrante e militante dele, por razões
religioso-filosóficas.
As
adeptas dessa nova bruxaria se reúnem em grupos de, no máximo, 13
pessoas para praticar a magia. Insistem em que não há magia negra
e, portanto, feitiçaria prejudicial, mas que a força mágica só é
usada para fins positivos. Seja como for, quem criou rituais para
grupos Wicca foi nada menos que o notório satanista inglês Aleister
Crowley. Outro ocultista britânico, Alex Sanders, dirigente de um
ramo dessa seita, declarava-se, no melhor estilo de Crowley, The
Devil Incarnate (o Demônio Encarnado); ele descreve um ritual para a
conjuração de um demônio, que consistia na prática de um ato
mágicosexual de incesto com a própria irmã.(Cf. B. WENISCH,
Satanismo. pp. 32-34.)
Em
uma publicação francesa encontramos outros dados sobre as
feitiçeiras do movimento Wicca:
“Conhecem-se
atualmente os ritos do movimento Wicca, celebrados na ilha de Man
(Inglaterra), ou na floresta de Fontainebleau (França). A grande
sacerdotisa Monique Maria Mauricette Wilson, que se faz chamar Lady
Olwen, oficia nua, como nos antigos sabás. ...
“Sobre
o altar são colocados recipientes para sal e água, hervas, um
incensador, velas, um cálice e outros objetos. A feiticeira-chefe,
enquanto todos se ajoelham em círculo em torno dela, ajoelha-se por
sua vez, benze o sal e a água e os mistura com um punhal de punho
negro, símbolo do poder luciferino, que toda feiticeira possui.
“A
Missa negra, que é difícil de se distinguir do sabá, comporta um
ritual litúrgico análogo ao das missas comuns (católicas) com
exceção de certas orações, recitadas ao contrário por espírito
de profanação. A elevação é o momento esperado para a profanação
suprema. A hóstia é ora uma fatia de pão negro, ora uma rodela de
rábano.* O oficiante a eleva em geral sobre o corpo de uma jovem nua
sobre um altar, proferindo injúrias; ele atira depois a hóstia para
as feiticeiras e bruxos, os quais se precipitam para calcá-la aos
pés. A missa termina com uma frase ritual: Ide ao diabo” (Claude
PETIT-CASTELLI, Les Sectes enfer ou paradis, p. 154.)
*Aqui
se faz uma paródia sacrílega da Santa Missa. Entretanto, sempre que
conseguem, os satanistas preferem que um sacerdote católico, que
esteja num grau de apostasia suficiente para se prestar a tal
abominação, celebre uma Missa durante uma cerimônia dessas, na
qual ocorra verdadeira consagração; ou, senão, procuram obter
hóstias verdadeiramente consagradas em Missas válidas, para serem
profanadas nesses rituais satânicos. Quanto à validade da
consagração das espécies eucarísticas no contexto de uma Missa
negra, os teólogos discutem; alguns afirmam, outros negam tal
validade.
Ecologismo
e ocultismo
B.
Wenisch continua na sua análise do movimento feminista-ocultista: “A
onda esotérica aparece também nos grupos alternativo-ecológicos.”
E se refere a uma autora feminista-ecologista que “pratica rituais
mágicos, sente-se em contacto com seres espirituais, e baseada em
supostas experiências de vida terrena pregressa, acredita na
reencarnação. Considera-se a reencarnação de
uma bruxa executada nos inícios da Idade moderna”. (B . WENISCH,
Satanismo, p. 38.)
(Retirado do livro "Anjos e Demônios - A luta contra o poder das trevas" de autoria de Gustavo Antônio Solímeo e Luiz Sérgio Solímeo / Quem quiser fazer download do livro poderá encontrá-lo no seguinte link: http://www.fimdostempos.net/anjos_demonios_luta.pdf)
0 comentários