ABORTO POR CAUSA DA POBREZA?

by - novembro 13, 2015







Salve Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe!

Graças a Deus o povo brasileiro é pró-vida. Porém, vemos pequenos grupos fazer defesa explícita do “direito” de matar seres indefesos. Embora nenhum argumento pró-aborto seja plausível o suficiente para se justificar a matança de crianças, há alguns que me causa horror ao ver a demência a que o ser humano chegou. O aborto em si, aliás, já é um sinal claro da bestialidade em que a sociedade chegou. Afinal, como ensinava Madre Teresa de Calcutá "Eu sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe. E se nós aceitamos que uma mãe pode matar até mesmo seu próprio filho, como é que nós podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?”

Mas o pseudoargumento que me causa horror é a falácia de que se deve aprovar o aborto para evitar que a criança seja mais uma pessoa sofrida, pobre, na miséria, na sarjeta; ou mesmo matemos a criança no ventre – defendem alguns – para evitar que venha a ser mais um bandido (ligando pobreza à bandidagem, como se uma coisa fosse consequência da outra). Que bom saber que, na verdade, o feminismo assassino não quer o mal da criança, mas o seu bem! Puxa vida! Que felicidade! Fiquei muito mais tranquilo agora. Afinal, eis a solução para os nossos problemas: pra evitar a pobreza, matem! Problema resolvido com sucesso. É pensando no “bem” da criança que matam-na no ventre materno. De fato, quando chamam feministas radicais de “feminazis”, é uma grande injustiça, elas só querem o bem infantil. (entendam a minha ironia, por favor).

Essa lógica só podia mesmo vim de setores esquerdistas que, à exemplo do Governo do PT, resolve o problema da pobreza abaixando a linha que se considerava Classe Média. Todos continuam pobres, mas na lista do Governo é classe média. Na mesma linha de “redução de danos”, para evitar que tenha um pobre, mate-o. Nossa, que genial. Não foi um humano que teve essa ideia, é algo sobrenatural. Como Deus é um Deus da vida, essa ideia deve ter sido inspirada pelo diabo.

Em todo caso se as pessoas defendem que uma mulher pobre aborte simplesmente por conta de sua pobreza, para que a criança não corra o risco de ser mais um pobre, vemos claramente uma aceitação da desgraçada ideologia eugênica. A eugenia desgraçou com a Alemanha incentivando a matança de judeus. Aqui também, o ódio velado à pobreza (ou ao pobre?) faz com que se faça uma carnificina de crianças que para alguns não são pessoas, para outros não devem nascer para não sofrer. E aqui nós podemos ver a tamanha cegueira dos defensores dessa teoria: esta PESSOA no ventre de sua mãe (que deveria ser o local mais seguro para ela) além de estar fadada a privação de bens materiais – pelo menos de maneira momentânea -, também perderá o seu direito inalienável à vida? Já não basta estar num lar pobre, ou mesmo não ter um lar; essa pessoa não tem nada materialmente, talvez até lhe falte os pais (adoção), além do sofrimento (que todos estamos sujeitos) querem lhe furtar o seu direito maior: direito de viver! Pior do que não ter dinheiro, não ter pai, não ter bens, é não ter história. Pais? Poderá ser adotada, Deus suprirá a falta de alguma maneira. Dinheiro? Com o tempo ela poderá trabalhar e conquistar dinheiro, bens. Dor? Tu e eu não sentimos também? E deveríamos morrer por isso? Agora o aborto rouba a história. Quantos homens e mulheres não tem história, pois foram triturados no ventre maternos, expelidos, jogados numa lata de lixo, simplesmente porque alguns acharam que ele não deveria sofrer... Como deve ser feliz alguém que não pode ter história porque foi furtado irremediavelmente antes de ver a luz do sol. Por isso é mister lembrar o que Mario Quintana dizia sobre o aborto: “O aborto não é, como dizem, um assassinato. É um roubo. Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo! O aborto é o roubo infinito.”

Você consegue imaginar, por exemplo, alguma dessas pessoas até bem intecionadas, mas que defendem o aborto, chegando num morador de rua, dá uma marmita pra ele, olha caridosamente pra ele e fala: Poxa, você deve sofrer muito, neh? Já deve ter passado por tanta coisa. Fome, frio... VOCÊ DEVERIA TER SIDO ABORTADO! Aí eu não teria que cruzar com você na rua. Neh, amado do meu core?

Defender o aborto por motivos de pobreza é isso. Não basta o cara ter chegado a morar na rua, independentemente do motivo, agora querem lhe roubar a dignidade de ser humano, aliás, querem lhe roubar o direito que ele tem: o direito a vida. Bom, claro, ainda não estão defendendo a morte dos moradores de rua. Mas na lógica abortista, se se soubesse que ele seria pobretão, aborto seria a solução.

Conhecemos vários casos de celebridades, por exemplo, que eram pobres e as mães até queriam abortar por isso, porém, desistiram do aborto. A vida seguiu seu rumo e estes que seriam assassinados, tornaram-se pessoas bem-sucedidas. É o caso, por exemplo, do jogador de futebol Cristiano Ronaldo. Há quem diga que não se pode mostrar esses casos de pessoas que se deram bem na vida enquanto há tantos que não deram. Amados, dinheiro não é tudo. Citamos o caso de C. Ronaldo e tantos outros para sensibilizar; afinal, se o aborto tivesse sido usado contra eles, você não teria seu artista. Mesmo nos casos dos que não são bem-sucedidos (no sentido de não serem ricos), podemos ver que apesar das dores, dos traumas, das privações, o simples fato de respirar já é um louvor a Deus. Conheço pessoas do meu convívio social que as mães pensaram em abortá-las. Uma pessoa a mãe desistiu; outra, por exemplo, nasceu por causa de uma tentativa de aborto já pro 7º mês que, graças a Deus, bendito seja Deus, deu errado. Enfim, essas pessoas não teriam história se tivessem sido assassinadas. A minha história teria uma lacuna se elas tivessem morrido. Eram pobres, sim, com todos os pré-requisitos para se abortar segundo essa tese eugênica; continuam pobres, não se tornaram um C. Ronaldo, um Justien Bieber, um Roberto Gómez Bolãnos, mas na sua vida fazem história. Quem disse que bem-sucedido é aquele que é rico ou famoso? Bem sucedido é aquele que vive e tem motivos pra viver mesmo com as contrariedades do dia a dia.

Mas como há até mesmos cristãos católicos que defendam essa bobagem, e sabendo que algumas tem bom coração mas sabe-se lá o porque acreditam numa tolice como essas, quero citar a Palavra de Deus. Primeiramente lembremos do horror que é matar um ser inocente: “Tínheis horror deles por causa de suas obras detestáveis, sua magia e seus ritos ímpios, seus cruéis morticínios de crianças, seus festins de entranhas, carne humana e sangue, suas iniciações nos mistérios orgíacos, e os crimes de pais contra seres indefesos...” (Sabedoria 12,4-6) Se quiser saber mais sobre o porquê o aborto é um crime que clama ao Céu por justiça, clique aqui. Lembremos também que se a justificativa for o sofrimento, a pobreza, a indigência, a Palavra nos exorta: “Nunca faltarão pobres na terra, e por isso dou-te esta ordem: abre tua mão ao teu irmão necessitado ou pobre que vive em tua terra” (Deuteronômio 15,11) O próprio Cristo, aliás, falou o seguinte: “Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis” (João 12,8). Ele disse isso quando Judas reclamava da mulher que derramou bálsamo nos pés de Jesus dizendo que deveria ter vendido o bálsamo para dar o dinheiro aos pobres; da mesma maneira, diga “matemos para que não seja pobre” e ouvirá do Senhor “pobres sempre tereis convosco”, e, pelo pecado que é incentivar o aborto “a Mim nem sempre me tereis” perdendo a graça. CUIDADO! Além do mais, argumentar assim o aborto é querer ser Deus. Além de querer ser aquele que dá ou tira a vida, quem faz apologia ao aborto por causa de uma provável pobreza da criança e da família (quando existe), é querer brincar de ser Deus. Como vimos, pobres sempre teremos. E Jesus Cristo também nos ensina: “Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? E por que vos inquietais com as vestes?[...] Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” (Mateus 6,28;31-34). Pra que se preocupar com o futuro do nascituro querendo adivinhar se será pobre ou rico, querendo matá-lo pela dúvida. De fato, estamos paganizados se defendemos o aborto nisso. Um Cristão não pode nunca apoiar tamanha covardia com um bebê, e ainda mais justificando pela pobreza material. Que Ele comerá? Só os vivos irão comer, deixe-o nascer e Deus providenciará.

Tu, assim como eu, já sofreu na vida, teve decepções, chorou, de raiva, de ódio talvez, nós já passamos por tribulações. Tu, não sei, mas eu sou pobre, já fui mais no passado passando por grandes perrengues; mas, mesmo com tudo de traumático que já vivi, graças a Deus eu vivi isso, eu não deveria ter sido assassinado no ventre de sua mãe. E acredito que você também, mesmo sofrendo o que sofreu, acha que é bom viver, gosta de viver e tem uma força interior para pegar a dor e transformar em algo bom. Você só precisa orientar isso na questão do aborto.

As pessoas que defendem o aborto por conta de pobreza, principalmente se dizem ser cristãos, sofrem na verdade de uma doença espiritual chamada acídia. A acídia é uma tristeza espiritual, uma preguiça de fazer o bem. Digamos que diante da vontade de Deus a pessoa fica triste com aquilo que ela tem que fazer que é vontade de Deus, e entra numa preguiça. Eis o problema: diante da situação da pobreza no mundo, eu me sinto na obrigação de fazer alguma coisa, Deus me chama a fazer alguma coisa; porém, no meu egoísmo, começo a entrar num estado de acídia, tristeza/preguiça espiritual/vocacional, e me volto para o que me dará prazer, ou menos trabalho. Então, ao invés de eu trabalhar para mudar a realidade dos pobres, eu vou pelo caminho mais fácil: matem quem tem mais chance de ser pobre. Deus deu para cada um de nós responsabilidades também no campo social. Então em vez de eu criar mecanismos para ajudar as mães, ajudar essas crianças que nascerão na pobreza (doando alimentos, leite, fraudas, fazendo algo), o que eu faço? Por preguiça – porque isso me custará muito! - simplesmente acho que deveriam matar tal criança. Essa é a lógica. Jesus disse que nos julgaria dizendo “Tive fome e me destes de comer, sede e me destes de beber, nu e me vestistes, preso e me visitastes”. No entanto, para os abortistas, Jesus dirá: quis nascer mas vós me matastes! Afinal, Ele mesmo disse: “Em verdade vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mateus 25,40) Deixe nascer. Se vai ser pobre, ajude a suprir suas necessidades. É a Cristo mesmo que estará fazendo. Se a mãe quer abortar, ao invés de ficar com sentimentalismo da morte, não digas “deixa, ela que sabe”, mas tente convencê-la mostrando o dom da vida, mostrando que ela não está só. Ajude-a! Mas não fique sem fazer nada deixando matar bebezinhos inocentes. Conheço quem trabalha diretamente no auxílio a gestantes que queriam abortar, e relata situações de mães que queriam abortar porque não tinham enxoval e não queriam enxoval. Aí a anta abortista mata a criança por causa de... Quanto custa um enxoval? Quanto vale a vida? Outros bastou o grupo pró-vida dar uma cesta básica a pessoa desistiu. Se há quem pense em fazer aborto por causa da situação transitória de pobreza, é porque nós não fazemos nada. Deus nos colocou nessa terra para amarmos uns aos outros, para ajudarmos uns aos outros. Ajudar a viver na graça, ajudar a ter vida. Não ajudar a ter morte. Se há um problema social, a solução pode e tem que ser tu e eu. O assassinato de inocentes nunca é solução.

Quem observa os preceitos não experimentará mal algum; o coração do sábio conhece o tempo e o julgamento. Porque para tudo há um tempo e um julgamento, e a desgraça pesa muito forte sobre o homem. Ele não conhece o futuro; quem lhe poderia dizer como as coisas se passarão?
O homem não é senhor de seu sopro de vida, nem é capaz de retê-lo. Ninguém tem poder sobre o dia da morte, nem a faculdade de afastar esse combate. O crime não pode salvar o criminoso.” (Eclesiastes 7,5-8)

A pobreza é culpa nossa, do Governo... Lutemos contra nós mesmos nos esforçando para ajuar as pessoas; lutemos por um governo melhor que faça as pessoas subirem na vida, que defenda a vida. Enfim, a culpa nunca é da criança, esta, aliás, pode ser a solução. Madre Teresa ao ser questionada sobre o porquê Deus não enviava a cura da Aids, ela respondeu que Ele enviou, mas vocês abortaram.

Salve Maria Imaculada, Santuário da Vida!
Viva Cristo Rei do Universo!




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