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Prof. Anderson Bezerra

Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
Neste exato momento em que escrevo este texto – e neste que você o lê – existe um cristão sofrendo as dores da perseguição e/ou do martírio. O Vaticano reconhece que hoje há mais cristãos sofrendo tais penas do que no tempo da perseguição romana. Ateus e crentes assistem - talvez já sem tanta repulsa pela repetição de fatos semelhantes - a atentados terroristas, massacres, e todo tipo de horror; quase sempre praticado por um radical islâmico, membro ou simpatizante do EI, que em nome de Alá ceifa vidas inocentes.
            Muitos se perguntam até quando teremos que conviver com o ódio, com a intolerância religiosa. Eu responderia que teremos que conviver com isso até deixarmos o “politicamente correto” de lado e olharmos o problema real. Os  veículos de comunicação que mostram um mulçumano matando cristãos, são os mesmos que insistem em dizer que o Islã é a religião da paz e que, em outros contextos, o cristianismo é opressor porque a Igreja Católica não libera o “casamento” gay e diz que isto é pecado. Um gay nunca foi metralhado por um padre; só que este diz que a a prática homossexual é um pecado. Basta! É o suficiente para rotular os cristãos de preconceituosos, intolerantes... Enquanto o Estado Islâmico (EI) mata gays por serem gays, cristãos por serem cristãos, escraviza mulheres e as usam como “escravas sexuais”; mas não se vê um movimento global pedindo que as autoridades islâmicas respeitem os direitos femininos, a liberdade religiosa ou a liberdade de escolha da vida sexual que quer levar.
            O que escrevi acima tem o intuito de fazer você compreender que a resolução deste problema não virá da mídia. Os veículos de comunicação são em sua maioria chapa branca (comprados) ou infectados pelo vírus do politicamente correto. Vocês viram o que aconteceu com aquela revista francesa que satirizou Maomé, não é mesmo?
     
       O fato é que o mundo se escandalizou novamente com mais um atentado terrorista, novamente na França, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Terroristas invadiram uma Igreja e degolaram um padre que estava celebrando a Santa Missa. Não houve tanta comoção dos não católicos, mas enfim, gerou uma certa repercussão. Não estou reivindicando homenagens do Facebook, campanhas globais ou algo do tipo. Só estou querendo que você reaja para um problema real. Afinal, muitos ao verem a notícia do martírio do Padre Jacques Hamel se perguntaram: gente, que mundo é este? Padre morto justo na França? A França é bem ali! Enquanto, caríssimos, deveríamos nos perguntar: por que a França tem sofrido tantos ataques terroristas? Por que está havendo uma islamização do mundo? Se você for procurar na mídia secular, irá encontrar apenas respostas prontas como “O Islã é paz”. Mas quero que você veja qual o real problema da islamização do ocidente e a maneira de remediar a guerra que já existe.
Abaixo citarei alguns dos fatores que fazem com que o islamismo cresça no ocidente; e junto com ele o crescimento do terror.
Problema 1: Perca da fé cristã
Vai dizer o Apóstolo São Tiago “Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos.” (Tg 1,22). Mais que uma citação bíblica, este versículo trás o reflexo da Europa, e de maneira especial da França, nas últimas décadas. A Europa, outrora cristã, a França, terra de tantas aparições de Nossa Senhora, viveu décadas engando a si mesma, uma vez que eram ouvintes da Palavra, se dizia cristianizada, mas não cumpriam a Palavra, não seguiam a Cristo de verdade. Em outras palavras, só houve uma islamização porque antes houve uma relativização da fé cristã no continente.
            A perca da fé na Europa chegou a nível tão assombroso, que chegaram ao ponto de nem sequer ouvir a Palavra de Deus; ou seja, nem ir à Igreja os católicos estavam indo. Várias Igrejas histórias, belíssimas, foram transformadas em discotecas, por exemplo. Há relatos de pessoas que visitaram a França que dizem que as Missas eram frequentadas por pouquíssimas pessoas, e quase sempre idosas. A fé cristã – a fé verdadeira – parece ser coisa distante do povo europeu, especialmente o Francês.
            Esta hipocrisia faz-nos ser hipócritas também quando dizemos “gente, logo na França. Tão católica! Tão amada por Nossa Senhora”. Bom, digamos que a França faz tempo que não é tão católica, e Nossa Senhora... Bom, não se tem mais tantas procissões de Nossa Senhora, mas sim passeatas gays e coisas do tipo (parece com um país que vocês conhecem, não é mesmo?).

Problema 2: Impedimento de propagar a fé
O problema 1 faz o católico mais fervoroso, mais aleluiado, mais missionário, abrir a alma e gritar para Jesus: “Senhor Deus, envia-me em missão para Paris! Eu quero pregar o Evangelho! Aleluia!” Mandar missionários para a França não resolverá o problema. Eu mesmo já pensei que se outrora a Europa mandou missionários para cristianizar a América, agora era o momento de retribuir e enviar missionários americanos para recatequizar a Europa. Bonito, não é? Só que aí eu caí na real e percebi que o Brasil ainda não é catequisado para querer arrogar gordura de enviar missionários para salvar a Europa, afinal, nós estamos no mesmo caminho – e avançado – de destruição.
            O envio de missionários não resolveria de imediato por um pequeno detalhe: pregue o Evangelho em praça pública e você irá pregar em alguma “Papuda” Francesa. Lembro que há uns cinco anos atrás soube de uma missionária brasileira da Comunidade Católica Palavra Viva que foi em missão para a França, e lá ao fazer o anuncio do Evangelho dentro de um ônibus, uma senhora começa a brigar com o motorista mando-o parar e tirar a missionária porque as leis não permitiam aquilo (e deve ter choramingado aquela ladainha de Estado Laico). O motorista parou o ônibus, e, surpreendentemente, não expulsou a missionária. Ele disse que todos os dias ouvia sobre tragédias, e justo quando alguém vinha falar de Deus ela queria que interrompessem? Isso foi há cerca de cinco anos. O resultado de hoje é que os muçulmanos não pedem licença para pregar a Palavra no ônibus, eles explodem-no.
            Parece não fazer diferença, mas o fato é o seguinte: se há uma boa parcela de cristãos que não vivem a fé, sendo tão frios que nem mesmo à igreja vão, para fazer com que essas pessoas se dirijam ao Templo faz-se necessário ações evangelizadoras; só que em países como a França qualquer ato religioso em público pode ser encarado como um ferimento ao Estado Laico. Para vocês tomarem de exemplo, recordem-se do jogador de futebol Neymar que foi perseguido pela mídia porque na final da Liga dos Campeões da Europa de 2015, após se sagrar campeão, usou uma faixa na cabeça escrito “100% Jesus”. Embora a final tenha sido na Alemanha, jornais franceses polemizaram o ato de Neymar. Não só a França, mas o globalismo de maneira geral, tem feito com que a mensagem de Jesus seja dificultada. Quem acompanha a Liga dos Campeões sabe que no vídeo de abertura aparece o campeão da edição anterior, e na edição de 2016 apagaram o “100% Jesus” da cabeça de Neymar. E se estivesse alguma referência ao Islã, teriam apagado?
           
Problema 3: Instrumentalização da pobreza
Se prestarmos atenção, caríssimos, veremos que os terroristas tem um perfil bem definido. Eu não me recordo de ter visto alguma notícia dizendo que um filho de algum magnata do petróleo dos Emirados Árabes, nadando em dinheiro, tenha se envolvido em atentados terroristas. Pode até ser que os mais ricos financiem grupos radicais, mas isso é uma outra discussão. O que quero dizer aqui é que a massa de manobra, a linha de frente, aqueles que cometem atentados suicidas, por exemplo, são pessoas pobres, com problemas, que de uma hora para outra, ouvindo um discurso sedutor, acabou adentrando em grupos radicais e espalhando o terror pelo mundo.
            A tática para se conseguir adeptos para o Islã radical, para ser membro do EI, por exemplo, é a mesma usada pelos Comunistas: instrumentalizar a pobreza. A França é um país que tem muita diferença social. O índice de desemprego – sobretudo entre os jovens – é grande. Além disso há também o sentimento de rejeição de alguns estrangeiros que vivem as margens, sem emprego, na miséria.
            O Comunismo chegava nessas pessoas e pregava um Paraíso na terra, prometia-lhes a libertação da pobreza. O pobre, sofrido, ouvia tais apelos e acaba por se tornar massa de manobra de ditadores sanguinários. Se os operários do início do século XX soubessem os reais frutos do Comunismo, será que teriam adentrado nesta praga? E assim, num desejo de “libertação”, de igualdade (lembrem-se da própria França com sua pseudo liberdade, igualdade e fraternidade), pegaram e armas e fizeram várias guerras. Guerras civis se espalharam, e os corpos ficaram no chão. Depois viu-se que o próprio Comunismo matava comunismo, afinal, é um sistema impossível. O povo Venezuelano, pró e contra Maduro, passam fome; e somente o ditador e sua nata tem privilégios, enquanto a sociedade está no caos.
            Assim acontece com o Estado Islâmico e demais grupos radicais. Da mesma forma que os Marxistas diziam que a pobreza só acabaria após a vitória do proletariado, fazendo acontecer o paraíso terrestre; os radicais islâmicos passam a ideia de que o mundo só será bom quando toda a sociedade for islâmica. Só que para que a sociedade seja islâmica, é preciso suprimir o cristianismo, fazê-lo desaparecer, e quem não quiser se converter... Mata! Isso é inspirado no próprio livro sagrado deles. Você pode dizer que não são todos os muçulmanos radicais, porém, alguns estudos apontam que 15 à 20% dos muçulmanos são radicais. Levando em consideração que tenha cerca de 1bilhão no mundo, temos 150 à 200 milhões de pessoas propensas a aceitar cometer um atentado suicida e matar milhares junto com elas, em nome de Alá, para ter o Paraíso terrestre.
            O muçulmano que vive na pobreza, com problemas psicológicos, revoltado com o mundo a sua volta; começa a acreditar na mensagem do EI e, soltando a revolta interior, começa a cometer atentados. Para ele não importa se será fuzilado em seguida, porque para ele, segundo o que lhes é pregado, ele alcançará o Paraíso e ainda estará salvando outras pessoas. Então, para eles, ao invés de viver essa vida de merda, vou metralhar e ir logo para o paraíso. O problema é que qualquer pessoa sensata sabe que matar é pecado, é errado, é contra a moral inscrita no coração de todo homem. Por isso embora o Alcorão mande matar os infiéis (cristãos e demais que se recusarem se converter ao islã), a maioria dos muçulmanos não saem por aí matando os outros. O problema é que a minoria dos muçulmanos causa um grande estrago.
            Nós estamos numa eminência de 3ª guerra mundial. Devemos vigiar. Um dos homens que corromperam a sociedade chama-se Nietzsche, autor da famosa frase “Deus está morto”. Deus vive, obviamente, mas a Europa, especialmente a França, matou-se, ou melhor, apagou-se a chama da fé cristã. E Nietzsche falava que para se alcançar a paz, a sociedade perfeita, devia-se fazer a guerra, a destruição total, e aí viria um super-homem que faria surgir a sociedade perfeita. Adolf Hitler mandou os membros das forças armadas lerem este livro e ele, ditador sanguinário que foi, se auto intitulou ser este super homem. Ele de fato propagou a guerra, a destruição, prometendo o paraíso. O que vimos? Terror. O Estado Islâmico também quer apagar a fé, destruir a sociedade dizendo que trará o Paraíso terrestre. O que temos visto? Terror! Terror!
            Por isso é necessário que os governantes cuidem de seus pobres, não como instrumentos de se reelegerem, mas como seres humanos que são. É preciso dar-lhes dignidade, trabalho, formas de viverem em paz, para que tenham sentido na vida. Por isso o Papa Francisco disse que o pobre é assunto nosso, dos cristãos, e não dos comunistas. Se nós, católicos, não cuidarmos dos pobres, trabalhando para lhes dar dignidade, virá o logo que os instrumentalizará para fazer o mal. O mal vem disfarçado de Comunismo, de Estado Islâmico, ou de qualquer outra ideologia satânica que venha para matar, roubar e destruir.

Problema 4: As famílias cristãs não procriam
“Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: ‘Frutificai – disse ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.” (Gênesis 1,27-28)
            Apesar de ter muitos que se dizem cristãos, apesar das aparições de Nossa Senhora, boa parte do povo francês calcou aos pés esta Palavra. Deus abençoa os casais com o fruto do seu amor, os filhos.
            A partir do momento em que uma nação não vive a palavra “Enchei a terra e submetei-a”, ela será tomada de assalto e será submetida a viver uma outra cultura. O fato é que a taxa de natalidade na França caiu muito nos últimos anos, não chegando a três filhos por família. O que já é um número baixo chega a ser pior: menos de 3 é já contando com as famílias de não franceses que moram na França, em suma muçulmanos. Quando se fala de franceses mesmo, o número é ainda pior: 0,1,2... 0,1,2... Com poucas exceções. Enquanto as famílias muçulmanas, pelo contrário, tem 6,7,8,10 filhos ou mais.
            Os ataques terroristas nos causam horror, mas a tomada da Europa não está sendo feita com armas, mas com famílias. Enquanto os cristãos deram ouvidos para a mensagem globalista, espalharam o sexo livre com preservativo, vasectomia, laqueadura, e caso engravide, aborto, o número de natalidade caiu drasticamente; enquanto o dos muçulmanos subiu. Não é preciso ser nenhum mestre da matemática para saber que algumas décadas depois os muçulmanos estariam engolindo os cristãos em quantidade.
            Veja bem, caríssimos, por mais que você propague a fé, viva a fé, impeça a instrumentalização da pobreza; mesmo assim o islã dominará a cultura ocidental se as famílias ocidentais, sobretudo os cristãos, não voltarem a gerar filhos. “Multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”.
            Mesmo com os refugiados, mesmo com tantos muçulmanos indo morar na França, a situação não seria tão catastrófica se os cristãos tivessem continuado gerando, ou seja, tendo filhos conforme a providência divina. Teriam muçulmanos, porém, os cristãos seriam numerosos.
            O cristianismo se propagou também pelas famílias. Infelizmente, pela destruição desta, o cristianismo está caindo, ou antes, perdendo território.
            Além dos casais que não querem ter filhos, lembremos também que a França aprovou o casamento gay. Enfim, a propagação da homossexualidade, a libertinagem entre os próprios héteros que não querem constinuir família e/ou não querem ter filhos, faz com que a própria cultura ocidental não se fortaleça. Na celebração do matrimônio católico há a benção para a fertilidade, pedindo a Deus esta graça; mas enquanto os casais continuarem impedindo o nascimento de novos cristãos, o horror continuará crescendo.
            Mais uma vez uso o comunismo como exemplo. Nós podemos ver no Brasil os marxistas pregarem a destruição da família, porém poucos sabem o porquê. Para os muçulmanos é bom que os cristãos tenham poucos filhos, afinal, ganham território; para os comunistas, porém, é porque acaba com a propriedade privada. Segundo estes malucos, a família só tem a função de preservar a propriedade privada, que eles querem destruir. Destruindo a família, querem destruir a propriedade privada. Tanto é que com famílias pouco numerosas fica difícil a própria defesa, a economia quebra e fica-se mendigando do Estado. Na China Comunista, por exemplo, onde o casal só pode ter 1 filho tendo que abortar nas outras gestações, o Governo começou a se mexer para afrouxar a lei porque começou a ter problemas na economia do país. Se a China com 1 bilhão de habitantes sentiu impacto na economia com a lei do filho único, quanto mais a pequenina França, quanto mais o Brasil! Não somente torna-se presa fácil para o crescimento islâmico, mas tem problemas na economia.

Conclusão:
A salvação para a França não virá de nenhum governante, mas passará por toda a população. Ou o povo se volta para Cristo, anuncia-O, ama os irmãos e gera filhos em famílias verdadeiramente cristãs, ou assistiremos de perto a queda do ocidente.
            Todo e qualquer ataque bélico somente enxugará gelo. Um presidente, ou a união de vários Presidentes, podem até perante a mídia mostrar algum avanço; mas o fato é que para extirpar o horror islâmico é preciso mostrar a beleza cristã!
            O que digo para a França, vale para nós brasileiros. Nós estamos com terreno aberto para que o horror tome conta. O inimigo eminente é o comunismo; mas não somente. No Brasil, embora conhecido como maior país católico do mundo, o povo não vive a fé católica – muitas vezes nem os padres celebram nem crê como a Igreja Católica -; não propaga a fé católica e, não poucas vezes, é usada como marcha de manobra para instrumentalizar a pobreza em prol do socialismo; e as famílias tem poucos filhos. Se não bastasse o Foro de São Paulo agindo para transformar a América Latina em um regime Comunista, quero informar que cresce o número de Mesquitas; temos lido notícias de jovens brasileiros supostamente envolvidos com membros do Estado Islâmico; e há PL na Câmara que quer ensinar cultura islâmica nas escolas (a autoria é de um deputado que sempre evoca o Estado Laico para tudo e reclama de ensino religioso). Isso não quer dizer necessariamente que sofreremos ataques terroristas, mas quer dizer que os muçulmanos também crescem aqui, enquanto os cristãos diminuem a quantidade de filhos. Quanto tempo demorará para a cultura cristã brasileira ser submergida? Espero que não aconteça, mas depende de cada um de nós. Mas depende de cada um de nós.
            Lembro, porém, que nossa luta não é armada. Nossa luta tem que ser vivendo a nossa fé, ensinando a fé aos outros, amando e fazendo a caridade e, não menos importante, constituir famílias verdadeiramente católicas e ter quantos filhos Deus quiser que tenhamos.

E lembre-se sempre: o cristianismo não é a religião pelo qual se mata, mas pelo qual se morre.  Que viva Cristo Rei! Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!

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Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
Embora boa parte das pessoas não saibam quem foi Sigmund Freud, elas são profundamente freudianas. Talvez até tenham ouvido falar em um tal de Freud, porém, não sabem nada de suas ideias e nem o quão o seu próprio pensamento é influenciado por ele.
            O referido psiquiatra, criador da psicanálise, é quase que intocável no meio universitário. Que o diga os estudantes de psicologia! Procure um psicólogo e verás que a maioria é psicanalista. Mas o que há de errado em Freud ser tão estudado no meio acadêmico? O que há de errado na psicanálise? Reconheço que Freud contribuiu com boas descobertas, porém, nem tudo são rosas.
            O grande problema de Freud é que, se pudéssemos resumir sua obra em uma frase, seria: estudando o sexo. O cara era tão bitolado nisso, que chegou ao absurdo de fazer um estudo sobre o desenvolvimento psicossexual das crianças. Sim, das crianças. Ele não estudava necessariamente um prazer que o ser humano tenha; ele achava, na verdade, que todo prazer que o ser humano tenha é sexual. Sabemos, todavia, que nem todo prazer é sexual. Foi aí que ele se perdeu em seus estudos. Para os freudianos, a busca final do ser humano é o prazer. Só o prazer. Sexo é o ápice. Um orgasmo seria a realização final do ser humano. O problema é o seguinte: qualquer prostituta; viciado em pornografia ou em sexo; sabe muito bem que um orgasmo não lhe trará a realização plena. Daí vem também a busca dos outros prazeres, nas drogas, por exemplo, e nada plenifica o ser humano.
            Se você for a um psicanalista provavelmente receberá o seguinte conselho sobre seus problemas: isso tudo é a libido reprimida. Não se reprima. Se liberte das amarras! – Se o sujeito for daquele tipo tímido, religioso, casto; logo a pessoa dirá que seus problemas de ansiedade, depressão, etc., é culpa de falta de sexo. Mandará o sujeito sair tendo relação sexual e/ou se masturbar. O problema é que os sintomas psicológicos persistem e/ou são camuflados por outros problemas psicossexuais que uma vida sexual desregrada traz. É comum ouvirmos falar de pessoas que indo a psicólogos com forte tendência freudiana, ouviram o conselho que para melhorar a relação com o(a) namorado(a) deveria liberar geral; ou a casais que deviam “apimentar” a relação e/ou abrirem para novidades (poligamia, por exemplo, chamada de “relacionamento aberto”). O pensamento freudiano tem inspirado esta geração a liberar geral. Uma geração freudiana é uma geração hedonista, ou seja, que busca o prazer pelo prazer. O problema é que este prazer, sem uma ordem, não trará a realização plena do homem, como acreditam os freudianos, mas, ao contrário, trará traumas ainda maiores. Um exemplo disso são pessoas que vivendo namoros totalmente voltados para o sexo, após terminar um, dois, três, vários namoros, e perceber que todas aquelas relações sexuais, todos aqueles prazeres, não puderam lhe trazer a paz, começa a ter sentimentos de autocondenação, achando que ninguém é capaz de amá-la, que todos só queriam usar, e, por fim, talvez até pior, também acha que será incapaz de amar alguém; fechando-se, assim, num obscuro mundo dos prazeres que não traz prazer.
            O problema maior nisso tudo não é o fato de este pensamento estar nas universidades e consultórios; mas sim que se espalhou para toda a sociedade, a tal ponto que até mesmo um analfabeto poderá ter a mesma linha de pensamento de Freud. Com a grande eclosão dos meios de comunicação, o pensamento freudiano foi transmitido não somente aos mais variados acadêmicos de diferentes cursos, mas foi mascarado sob campanhas publicitárias, programas televisivos, novelas, filmes, livros, internet, etc. Esses diversos meios nos passaram (e passam) mensagens parecidas com as seguintes: você tem que comprar isso aqui.... Sabe por quê? Porque isso vai te dar prazer! Só você não tem, tenha! Você tem que comprar esta cerveja, sabe porquê? Porque tem essa mulher bonitona seminua apresentando. Você tem que comprar este desodorante. Sabe por quê? Porque essas mulheres bonitonas, seminuas também, vão correr atrás de você. Compre este maravilhoso calçado, sim, este que a mulher bonitona – seminua! – está apresentando para você. Ouça este CD, tem músicas maravilhosas! Tão maravilhosas quanto as mulheres seminuas na capa. E por aí vai. Toda a propaganda vai sendo trabalhada em cima dos impulsos sexuais dos consumidores. Muito provavelmente sob inspiração de Freud, afinal, se este ensina que o homem vive em busca do prazer sexual, o consumismo soube muito bem como usar a máquina da publicidade e propaganda para injetar pornografia disfarçada para vender seus produtos.
             O pensamento freudiano se disseminou tanto, que ele conseguiu a proeza de estragar produtores e consumidores, se assim o podemos adjetivar. Hoje para se encontrar um trabalho artístico que não tenha apelação sexual se requer um árduo trabalho. Muitos se escandalizam com as cenas gays que começam a aparecer na TV aberta brasileira, mas o maior escândalo seria se uma novela (qualquer uma, da Rede Globo, SBT, Band, etc.) não tivesse beijos apaixonados, mulheres seminuas (nudez praticamente) e simulação de relação sexual. Sabe um programa puro? Pois é, talvez não saiba porque os “produtores” só produzem sexo para os “consumidores”. As músicas, muitas vezes até as pseudo românticas, trazem uma conotação sexual profunda. Isso quando a “música” não é o funk disseminando não somente uma sexualidade aflorada em suas letras, mas propagando um uso quase que animalesco da mesma. Se antigamente a sociedade como um todo ensinava os homens a respeitarem as mulheres, tratando-as como donzelas, dizendo que numa mulher não se batia nem mesmo com uma rosa; hoje, no entanto, o normal é você falar do “vai novinha”, chamar de cachorra, e muitas mulheres funkeiras fazerem suas músicas se auto intitulando cachorras como parte do seu “empoderamento feminino”. Esse povo talvez nunca tenha ouvido falar de Freud, mas sua mente está totalmente pervertida pelo pensamento freudiano, ao ponto de achar que simular e fazer de fato sexo num baile funk é uma forma de se libertar e ser feliz.
            Mas isso se dá, também, pelo fato de que os “consumidores” em questão aceitam a mercadoria. Os meios de comunicação, as empresas que querem vender, usam da sexualidade como ferramenta de propaganda porque sabem que é isso que o povo quer. E o povo quer porque o pensamento freudiano chegou neles de duas maneiras: uma é o próprio produtor, ou seja, de tanto ver a propaganda de sexo nos meios de comunicação, acaba por se acostumar, gostar, e achar que realmente vivendo de forma promíscua se encontrará a felicidade. A outra forma foi (e é) a educação dada por professores; autores; e pelo próprio Governo que, por meio de campanhas educativas, acabaram espalhando uma educação sexual, sob defesa de informação, mas com efeito de promiscuidade. A revolução sexual, estudantil, e o próprio movimento hippie nos anos 60 em diante, contribuíram profundamente para que a população achasse que seriam felizes se tivessem Paz (maconha/drogas) e Amor (Sexo). Este pensamento tomou força nos meios de comunicação, que agora não só vendia produtos usando da pornografia disfarçada, mas dava a ideia de que é legal ter sexo antes do casamento, usar pílulas anticoncepcionais, e basear sua vida no sexo pelo sexo. Começa então uma fase de artigos, trabalhos acadêmicos, discussões, tudo mostrando como o pensamento de Freud e Cia era bom e moderno, e como a Igreja que pregava a castidade era opressora.
            Muito se falava (como se fala ainda hoje) de libertação feminina. A pílula anticoncepcional tinha a função de ser para a mulher o que foi a Princesa Isabel para os negros, ou seja, a grande libertadora da (pseudo) escravidão machista. Agora, segundo a propaganda que até hoje é levada a séria por muitos, a mulher é livre; pode ela agora ter sexo a vontade sem risco de engravidar. Para um verdadeiro freudiano fanático, uma vez que o ápice da vida é a porcaria de um orgasmo, uma gravidez indesejada é uma “água no chopp”, como se diz popularmente. O sexo é o grande prazer, porém, um filho, um desprazer que durará anos. Isso, claro, na mentalidade de um verdadeiro hedonista. O grande resultado disso, porém, foi o seguinte: com a disseminação de pílulas anticoncepcionais, preservativos, cirurgias que faziam com que homens e mulheres tornam-se inférteis, fez o efeito contrário, ou seja, a mulher tornou-se – agora sim, verdadeiramente – escrava dos homens desgraçadamente corrompidos pelo pensamento hedonista. Agora, pensam estes homens, podemos transar com você sem risco de engravidar? Puxa, que legal. Realmente, foi um libera geral. A mulher tem relação com um, que abusa e larga quando enjoa. Vem o segundo, idem. Até o ponto em que a mulher, hoje, se dá o direito de ser tão canalha quanto os próprios homens canalhas, usando, mesmo sendo usadas. Muitas já nem procuram nada sério, e vivem de relações casuais. O libera geral só fez com que houvesse um grande aprisionamento. Os métodos contraceptivos, que no fundo passam a mensagem de que realmente a única coisa que importa no sexo é o prazer, escravizou o ser humano e rebaixou-o ao níveis dos animais vivem apenas do instinto.
            E quando o método contraceptivo não funciona? Aí vem uma das piores consequências do mundo hedonista. Uma mulher que fora enganada ou deixou-se enganar por essa mentalidade, após engravidar e não ter o apoio do parceiro, se vê sozinha, logo vem a propaganda: aborta! Matar a vida de um inocente é o ato mais cruel que uma pessoa pode fazer. Afinal, um inocente morre por causa de alguém que só queria prazer por prazer. Os traumas que as mulheres que abortaram trazem não serão curados com cessões de psicanálise. Se o psicanalista simplesmente é levado pela ideia de prazer, deve reconhecer que o sexo não é a solução para tudo: sexo desregrado foi a causa da gravidez indesejada, que resultou num ato insano que trouxe danos. Se sexo trouxesse solução para tudo não teríamos pessoas trocando de parceiro a todo momento porque sentem-se infelizes. Se sexo fosse a solução para tudo, muitas moças que abortam não precisariam estar dependentes de antidepressivos e até mesmo destruir suas vidas por causa do remorso, simplesmente bastava a primeira relação sexual para toda a tensão do remorso ir embora e nunca mais voltar. Mas ele volta. Há saída para tratar? Sim. Por isso eu recomendo não somente uma Igreja, como muitos podem pensar, mas que ao invés de um psicanalista, procurem um LOGOTERAPEUTA, pois este saberá tratar a situação de maneira mais eficaz.
            Para quem ainda guarda sanidade mental, ao olhar a loucura em que o mundo se encontra, percebe que a coisa está muito disseminada. Um dos motivos, como eu disse acima, é a educação. Já falei em outros lugares que quando eu tinha dez anos de idade, uma profissional da saúde foi até a escola em que estudava para dar orientações sexuais. Com dez anos de idade ouvi coisas “maravilhosas” como: quem não ejacular, não se preocupe, afinal, poderão aproveitar melhor sem o risco de engravidar ninguém. Isso mesmo, com dez anos de idade recebi um belo de um conselho para ser um canalha. O legal é sair usando das moças, como se não tivessem sentimentos, como se não fossem gente como eu, e dane-se! Afinal, o importa é só não engravidar. Quantas crianças e adolescentes tem acesso a materiais (cartilhas, livros didáticos, revistas, aulas) com conteúdo sexual incentivando coisas do tipo dentro das próprias escolas?
            Tenho um amigo que está no Ensino Médio e me contou que seus professores, em suma, não gostam dos filósofos gregos. Sim, a treta não é nem só com a Igreja Católica e sua doutrina “opressora”, mas já chega a Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. Segundo este meu amigo, os professores que não curtem muitos os filósofos gregos, usam do argumento que estes pregavam uma abstinência total dos prazeres, uma vez que, para eles, o prazer poderia ser um empecilho para se chegar a sabedoria. Já os professores acham que se deve buscar os prazeres. Quando até os filósofos gregos perdem a importância por causa de questões como a sexualidade, a gente percebe que a guerra contra a Igreja não é por causa de seus supostos erros, mas porque ela (Igreja) não é as negas deles pra fazer o que eles querem.
            Por essas e outras que, embora os mundanos bombardeiem a Igreja, publiquem isso e aquilo, continuo apaixonado pela doutrina da Igreja e com sua coerência. Para a Igreja, nesta questão de sabedoria e sexualidade, a verdade não se encontra nem com o pensamento de que sem prazer é que se encontra a sabedoria e a realização humana, nem tampouco com o pensamento freudiano de que o sexo é o grande ápice do ser humano e que, por isso deve liberar geral. A Igreja, ao contrário do que a maioria das pessoas acreditam, não vê o sexo como uma realidade pecaminosa em que o ser humano deva se afastar. Muito pelo contrário. Muitos não sabem, mas para haver a validação do matrimônio é necessário que haja a relação sexual. Se o casal casou, e sem consentimento, uma das partes decide que não quer ter uma relação sexual, este casamento não foi consumado e a outra parte pode pedir a nulidade do matrimônio. A Igreja fala da beleza das famílias numerosas; ora, para que se tenha muitos filhos, é necessário que os casais tenham relações sexuais. O que a Igreja ensina é que o sexo tem que ser feito de maneira ordenada, ou seja, não buscando o prazer pelo prazer, mas no mútuo amor entre os esposos. Por isso, par os casais que tem justos motivos e necessitam espaçar o nascimento dos filhos, a Igreja permite o controle de natalidade pelo método Billings, que é totalmente natural, onde se abstém de relação sexual nos dias férteis. O problema para os mundanos é que estes são tão escravos do sexo que são incapazes de achar possível um casal ficar alguns dias sem sexo.
            Para remediar este grande mal para a nossa sociedade, é preciso antes de tudo salientar algumas coisas. Existem vários prazeres. O pensamento de Freud se perde quando o estudo da impulsão, a busca do homem por uma satisfação, por um prazer, leva Freud a acreditar que todo prazer é sexual – ou pelo menos a crer que tudo está em função do prazer maior, que é o sexo. Sim, temos que reconhecer que, biologicamente falando, o sexo é o que vai dar maior prazer para o ser humano. Toda a dopamina no cérebro humano durante um orgasmo vai dar essa sensação de que, de fato, o sexo é altamente prazeroso. Porém, há um prazer menor que é maior do que o sexo. Parece contraditório, mas não é se analisarmos a fundo. Se Freud percebe a ação do homem motivados pelos prazeres – seja uma criança que gosta de morder porque, segundo seus estudos, ela sente prazer neste ato; seja adulto que sente prazer em estar dirigindo um carro (bem star social, ostentação) e põe sua vida em função de compra-lo -, logo conclui que se pequenos prazeres movem o homem a realizar seus atos, logo, toda a vida do homem está direcionada para o prazer maior que é o sexo. Porém, como já citei vários exemplos acima, várias pessoas tem seu prazer maior (sexo) e vivem depressivas e, ao invés de aliviarem seus problemas, agrava-os.
            Para descrever o que seria o prazer menor que é maior que o grande prazer sexual, não usarei da teoria; pois este é tão impactante, embora simples, que não encontro palavras para descrevê-lo sem ser apontando exemplos. Para um mundo acostumado a olhar mulheres seminuas vendendo coisas na TV, fica difícil imaginar a pureza, neste mundo tão impuro. Peço que vocês acessem o google e pesquisem por: Madre Teresa de Calcutá. Olhe algumas de suas fotos. Fixe em alguma em que ela está sorrindo. Que sorriso lindo! Estamos falando de uma senhora que viveu sua vida sem sexo. Este sorriso não foi motivado por um orgasmo. Este sorriso foi motivado por um prazer menor que se sobrepõe ao impacto do prazer maior que é o sexo. Poderíamos dizer que se trata, como bem vai falar Viktor Emil Frankl, do sentido da vida. O gozo físico pode ser grande, porém, o gozo espiritual de fazer algo que dá sentido à sua vida é algo que realmente move o ser humano. Independentemente da fé professada (ou inexistência desta), todo ser humano que colocar o sentido da sua vida somente em busca do prazer físico, desprezando o gozo espiritual, encontrará a morte da alma e do próprio corpo. Madre Teresa de Calcutá viveu sem sexo, mas a alegria de fazer o que dava sentido a sua vida superava este prazer. Ora, não estamos falando de uma mulher rica. Olhe novamente para a foto dela.... Esta mulher sorri desta maneira, transmitindo paz a alma alheia, cuidando de leprosos, metendo a cara na ferida fedorenta de doentes que ficavam nas ruas da Índia. Mas aquilo dava a felicidade a ela.
            Conheci um religioso da Fraternidade Toca de Assis, que ao lembrar dele o que me vem à mente é o seu sorriso. Este Irmão foi morador de rua. Muitos por aí propagandeiam “era pobre (ou mesmo morador de rua) e Deus agiu na minha vida: hoje tenho carro, sou casado, sou empresário, etc.”, porém, este Irmão preferiu viver a pobreza consagrada numa Fraternidade. Seu sorriso? Angelical. Embora não seja errado você casar (obviamente, uma vez que citei acima a importância de casar e ter relações sexuais para ter filhos), ter carro, até mesmo ser empresário; o problema é que as vezes as pessoas olham estes testemunhos de pseudo sucesso achando que o ter carro por ter carro, ter dinheiro por ter dinheiro, e até casar simplesmente por casar e desfrutar dos prazeres, trará alguma felicidade. Não, não trará. Aquele irmão sorria angelicalmente, com sua barba grande. Seu trabalho? Pastoral de rua (cuidar dos moradores de rua).
            Para vocês não acharem que estou fazendo proselitismo religioso, você pode constatar a superioridade do prazer espiritual ante o físico até mesmo em um ateu. Olhe outras situações que podem ter tanto religiosos quanto ateus. Olhe para o trabalho dos bombeiros, por exemplo, ou de outros médicos socorristas. Passam o dia indo socorrer gente acidentada, morrendo. Quantas pessoas eles salvaram! Mas também, quantas viram morrer ali na sua frente! Falando de bombeiros, quantos incêndios tiveram que combater! Diante de tantas coisas ruins que são obrigados a vivenciar todos os dias, chegue em algum deles e pergunte se eles não queriam fazer outra coisa. A grande maioria vai dize que não; que ali é a sua vocação; que nasceram para fazer aquilo. Responderão que ali mora a felicidade deles. Quantos destes homens e mulheres, após uma labuta pesada, após chegar em casa, o que mais querem não é sexo, mas descansar. E após acordar, se alegrar pelo bom êxito da operação. Quantos médicos que passam horas atendendo, algumas vezes até em condições precárias, mas mesmo assim continuam atendendo os pacientes e se sentindo felizes. O sexo, embora fonte de grande prazer, é apenas um dentre tantos atributos do ser humano, e não a essência dele. Tanto que aqueles que encontram o prazer do sentido da vida, podem se consagrar nesta obra e optar por abster-se de sexo, sem, todavia, perder a espontaneidade de um sorrido que demonstra uma felicidade plena. Enquanto muitos que vivem a sexualidade de maneira desordenada, somado a inexistência de sentido na vida, sorriem, mas após o prazer, não há motivo para sorrir; e para continuar sorrindo, buscam no álcool, nas drogas, e lá também não encontram.
            Você pode até decidir qual o problema da sociedade atual: busca do sexo pelo sexo, ou simplesmente perca da procura do “sentido da vida”. O pensamento hedonista que está impregnado em nossa sociedade, faz com que as pessoas não somente busque o prazer sexual, mas até mesmo qualquer outro tipo de prazer, porém, prazeres sem sentidos em si mesmos. Se prestarmos atenção, mesmo que a pessoa não viva em busca de um prazer sexual, como aqueles que aderiram a esta mentalidade do “libera geral”, está presa numa mentalidade consumista, materialista, que busca um prazer que venha rápido e sem sacrifícios. Falei um pouco sobre isso no artigo “Admire os meios, mas não inveje os fins!” Nossa juventude é um exemplo disso. Nós temos visto o quanto os jovens são viciados em videogames, computadores, passando horas a fio apenas jogando. Uma geração de zumbis. Em suma, eles não terão prazeres sexuais ao jogar videogame. Mas minha mãe já dizia: “isso não dá camisa para ninguém”. Ou seja, qual é o futuro que essa criatura quer fazendo toda a sua vida girar em zerar um jogo, ou em comprar o Cristiano Ronaldo na Liga Master? A onda do momento é virar a cabeça no futebol para ganhar pontos e gerar receita para Rede Globo no Cartola. Como é possível que alguém tire notas baixas na escola ou faculdade, porque ao invés de estudar, passou a madrugada assistindo série na Netflix? Muitos querem ser bem sucedidos, até desejam ser alguma coisas que eles sabem que dará sentido a vida deles, porém, a busca do prazer imediato faz com que optem pelos filmes e séries em detrimento dos estudos. Ser médico é o que dá sentido à sua vida? Bom, não será virando a noite assistindo Netflix que você conseguirá, querido. Ah, mas estudar é chato. Bom, o problema é que o estudo, aquele necessário para passar em um vestibular importante, ou determinadas matérias da faculdade, não vão gerar prazer imediato na mesma medida que a série. Ora, eu prefiro assistir futebol do que certas aulas; mas não é o futebol que dá sentido a minha vida.
            Outro dia assisti a uma matéria que me chamou bastante a atenção. Mostraram uma menina de 8 anos que ajudava em casa – limpava a casa, lavava a louça, etc. Sua mãe lhe dava mesada, e a garota, com sabedoria, juntava o dinheiro, fazia economia para comprar algo que queria. Até aí tudo bem. O problema foi quando a repórter foi fazer uma pergunta para a irmã mais velha, aborrecente . A garota que devia ter seus 16 anos, foi questionada se não tinha vontade de trabalhar para ter seu próprio dinheiro. A garota simplesmente fala: Não! E sorri. Bom, nós queremos o prazer de comprar, gastar, usufruir do que o dinheiro pode dar, porém, não se quer trabalhar para se ter este dinheiro. O que esperar de uma geração que quer de fato viver às custas dos pais, somente gastando, sem ajudar em nada, achando que os pais devem bancar seus prazeres?
            Quantas pessoas põe a felicidade de suas vidas, por exemplo, em ter bens materiais. Conheço pessoas que fizeram o sacrifício de comprar carro, e após possuí-lo, vive a depressão pós quebra de carro somado a inexistente fonte de renda para consertar. Não, não é uma piada. É sério. Muitas pessoas poderiam investir o dinheiro que tinham, concluir os estudos, fazer algo que ajude profissionalmente, mas preferiram o prazer momentâneo de ter um carro e... Quebrou. Quebrou carro, quebrou felicidade. O pior é que muitos, após a falência material, vão tirar o stress no sexo. E, como afirmamos, este somente o agravará.
            A cura para todos estes males, como afirmei, é buscar o sentido da vida. É compreender que os prazeres sensíveis (sexo, ter algo, fama, etc.) não se sobrepõe ao prazer do espírito. Ou você compreende isso, ou será um eterno hedonista se violentando na busca dos prazeres sem encontrar a paz na alma.
            Para aqueles que desejarem provas científicas, basta fazer um sólido e sincero estudo sobre os males do vício em sexo, da pornografia e da masturbação, que poderão comprar que esta ideia freudiana de “libera geral” destruiu o ser humano. Estude e verás que os próprios cientistas atestam isso. Há, por exemplo, um estudo que diz que pornografia pode ser prejudicial ao cérebro: “Para realizar a pesquisa, os autores recrutaram 64 homens saudáveis com idades de 21 a 45 anos, aos quais pediram para responder a um questionário sobre o tempo que dedicavam a assistir a vídeos pornográficos. O resultado foi, em média, de quatro horas semanais. Os voluntários também foram submetidos a um exame de ressonância magnética do cérebro para medir seu volume e observar como ele reagia às imagens pornográficas. Na maioria dos casos, quanto mais pornografia os indivíduos viam, mais diminuía o corpo estriado do cérebro, uma pequena estrutura nervosa bem abaixo do córtex cerebral. Os cientistas também observaram que, quanto maior o consumo de imagens pornográficas, mais se deterioravam as conexões entre o corpo estriado e o córtex pré-frontal, que é a camada externa do cérebro encarregada do comportamento e da tomada de decisões.”
            Portanto, por mais que um psicanalista e/ou qualquer outra pessoa influenciada por Freud mandem as pessoas terem relação sexual, que aliviará a tensão, que serão felizes, CIENTIFICAMENTE está comprovado que o sexo desregrado causa mal ao cérebro. Para saber mais sobre isso clique aqui.
Se o sexo desregrado causa mal ao cérebro, causa mal também aos sentimentos da própria pessoa que fica cada vez mais confusa, neurótica; causa mal as pessoas que convivem com ela, enfim, causam mal a sociedade. Muitos hoje dizem “mais amor, por favor”. Mas o fato é que, não importa se você pede por favor ou não, as pessoas não poderão amar enquanto não se decidirem por amar. Afinal, o pensamento freudiano fez com que o ser humano deixasse de amar para simplesmente usar as pessoas. Isso me dá prazer, aquela pessoa me satisfaz, e, após usar, descarta. Como simples objetos, a humanidade que é julgada pelo prazer que pode dar, precisa ser reciclada no verdadeiro amor, vendo que na realidade ela não é uma máquina de fazer sexo, mas um ser dotado de sentido, que deve buscar a felicidade e ser felicidade para as outras pessoas. Enquanto a sociedade continuar plantando prazer pelo prazer, continuará colhendo morte e destruição.
Eu não quero viver em uma sociedade freudiana. Minha vida tem sentido. A sua também, já tentou parar de se machucar na busca do prazer que não sacia, e sair a procurar o que realmente dará gozo a sua alma? Tente isso.

Indico a leitura do livro “Em Busca de Sentido” escrito pelo psiquiatra Viktor Emil Frankl, pai da Logoterapia. Aliás, Logoterapia ~> universo ~> psicanálise. (Para quem não entendeu = a Logoterapia é bem melhor e mais eficiente do que a psicanálise. 10x0).
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Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
DEUS É AMOR! (1João 4,8) Esta é uma verdade bíblica que é incontestável para aqueles que experimentaram o amor de Deus; uma falácia, porém, para aqueles que não creem em Deus ou alimentam algum rancor por Ele. O fato é que estamos acostumados a ler e ouvir por aí coisas do tipo: “Se Deus é amor, por que permite a guerra?”; “Se Deus é amor, por que permite as doenças?”; “Se Deus existe, por que tantas pessoas passam fome?”.
            A minha intenção não é ser advogado de Deus, uma vez que Ele é pleno em si mesmo e não necessita da minha defesa. Sou tão um nada por mim mesmo que Jesus Cristo, o Filho de Deus - ou seja, Deus de Deus -, se encarnou no ventre de Maria Santíssima e morreu numa cruz para me salvar; porque eu, por mim mesmo, não poderia advogar a minha salvação. Porém, Deus me deu a razão. Esta razão, no entanto, não é exclusiva minha, e você, caro leitor, com toda certeza tem uma capacidade humana chamada PENSAR.
            Qualquer pessoa que tenha o mínimo de desejo de conhecer a verdade, ou alguém que quer sair da infantilidade intelectual, sabe que não pode atribuir tais juízos sobre Deus. Porque alguém está passando fome em alguma região da África, por exemplo, não é motivo para fazer birra com Deus dizendo que Ele, por ser bom, é obrigado a dar alimento para todas as pessoas. Os neoateus são tão infantis em seus argumentos, que mais parecem aqueles irmãos birrando com os irmãos mais velhos; aquela choradeira porque alguém comeu o último iogurte na geladeira. O fato de vocês ficarem acusando Deus de tudo, caríssimos, não vai fazer com que Deus fique no Céu imitando o Chaves “tudo eu... tudo eu... tudo eu...”. Não.
            O grande problema, então, é que se faz necessário sair da infantilidade e passar para argumentos sólidos. Você pode até me dizer que não acredita na existência de Deus. Mas creditar isso ao fato de haver maldade no mundo é burrice. Até porque, se você vê que há maldade e sabe que o correto é o bem, pela razão humana você sabe que esta lei é universal; e toda lei tem que ter um legislador. Portanto, quem criou esta lei moral no coração do homem? Você vê pessoas passando fome e acha que Deus ou alguém tem que alimentá-las? Bom, quem foi que cravou esta lei moral em teu coração? Esta é uma lei moral que você poderá encontrar nos cristãos católicos, protestantes, nos espíritas, nos budistas, nos ateus, etc.
            Nós precisamos parar com essa história de ficar somente culpando os outros. Quando não fazemos o que temos que fazer, o mundo a nossa volta vira um caos. Logo, como há alguém mais poderoso do que eu (Deus), que pode tudo, é mais fácil acusa-lo de negligencia do que bradar um POR MINHA CULPA! Nós sabemos que Deus só permite um mal porque sabe que dele pode tirar um bem maior. Mas parece que essa resposta não tem sido suficiente para as pessoas. Portanto, dar-me-ei o direito de ser mais direto. Abaixa este dedo indicador imundo que está apontando para Deus, feche o punho e bata contra o próprio peito: POR MINHA CULPA! POR MINHA MÁXIMA CULPA! O mal do ser humano é querer culpar a Deus por suas próprias atitudes. Tudo o que acontece é culpa de Deus. Os homens perguntam porque Deus permitiu o mal, enquanto, na verdade, deveriam questionar o porquê de nós, homens, fazermos o mal!
            Alguém pega uma arma, invade algum estabelecimento e abre fogo. Faz uma chacina. Algum sobrevivente agradece a Deus por ter se salvo, quando, de repente, surge o ateuzinho dizendo “se Deus é bom, porque permitiu que os outros morressem fuzilados”. Tira o dedo de Deus, e aponte para o ser humano: como o ser humano é capaz de matar seus semelhantes? Os ateus saem acusando Deus por aí, responsabilizando-o por todos os males, mas, caríssimos, não é Jesus Cristo que implantou o regime socialista na Venezuela sendo a causa de tantos estarem passando fome; nem tão pouco é Ele quem está convocando as pessoas para o Estado Islâmico e causando terror com atentados; não é Jesus que tem desviado milhões dos cofres do Governo Brasileiro enquanto boa parte da população vive em grande pobreza; não é Jesus que causa danos a natureza; não é Deus que está mandando a população fumar maconha e usar outras drogas. Sabe aquele assaltante que roubou seu celular (não é zombaria, já fui assaltado várias vezes), então, não foi Jesus que mandou roubar. Não foi o Espírito Santo que inspirou Karl Marx (se tivesse sido, aí sim poderiam culpar Deus pelos mais de 90 milhões de mortos nos regimes comunistas). Não foi Deus o causador das duas grandes guerras.  Enfim, que males ainda poderia citar? Nós não estamos vivendo no Reino de Deus, mas sim, desgraçadamente, no reino dos homens. Estamos vivendo em um regime em que ser humano mata ser humano; uns escravizando os outros. Se querem culpar Deus por alguma coisa, culpem-no pelo amor... Sim, amou-nos tanto que nos fez livres para amar... ou para sermos estes homens que até esta parte da história temos sido.
Falando da liberdade humana em fazer o bem ou o mal, o psiquiatra Viktor Frankl, que foi prisioneiro em auschwitz durante o regime nazista na Alemanha, vai dizer no livro Em Busca de Sentido:
[...]existem sobre a terra duas raças humanas e realmente apenas essas duas: a "raça" das pessoas direitas e a das pessoas torpes. Ambas as "raças" estão amplamente difundidas. Insinuam-se e infiltram-se em todos os grupos; não há grupo constituído  exclusivamente de pessoas direitas nem unicamente de pessoas torpes. Neste sentido não existe grupo de "raça pura", e assim também havia uns e outros sujeitos decentes no corpo da guarda.
A vida no campo de concentração ensejava sem dúvida o rompimento de um abismo nas profundezas extremas do ser humano. Não deveria surpreender-nos o fato de que essas profundezas punham a descoberto simplesmente a natureza humana, o ser humano como ele é - uma liga do bem e do mal! A ruptura que perpassa toda a existência humana e distingue bem e mal alcança mesmo as mais extremas profundezas e se revela até no fundo desse abismo aberto pelo campo de concentração.
Ficamos conhecendo o ser humano como talvez nenhuma geração humana antes de nós. O que é, então, um ser humano? É o ser que sempre decide o que ele é. É o ser que inventou as câmaras de gás; mas é também aquele ser que entrou nas câmaras de gás, ereto, com uma oração nos lábios. (Grifo meu)

            Enquanto alguns insistem em querer culpar Deus, nós, olhando para o verdadeiro culpado do sofrimento causado pelas guerras, por exemplo, podemos constatar o seguinte: o homem é capaz de fazer câmaras de gás, e é capaz de colocar seu semelhante lá para morrer; o homem é capaz de construir um avião, mas é capaz de usá-lo para bombardear uma cidade ou para jogá-lo em um prédio e matar seus semelhantes; o homem é capaz de avançar na medicina, causando a destruição da essência humana, matando. Enfim, dizem que não precisamos de Deus pois a ciência explica tudo. Bom, eu não preciso da ciência para constatar que o reino do homem está causando a destruição do mundo.
            Alguém poderia objetar teologicamente o seguinte: se Deus livra uma pessoa da morte, por exemplo, em um atentado, mostrando sua bondade, porque então não manifestou esta bondade para com todos livrando-os da morte? Bom, a resposta não é tão complexa. Da mesma maneira que Deus só permite um mal porque sabe que dEle pode tirar um bem, assim também Deus só intervém de maneira extraordinária quando esta intervenção trará um bem maior. E antes que você se pergunte, se Deus intervisse de maneira extraordinária a todo instante não traria um bem maior.
            Para explicar gostaria de recorrer a narração bíblica de Adão, Eva e a serpente tentadora no jardim do Édem. A serpente tentou Adão e Eva, que desobedeceram a Deus. Deus é o Criador, portanto, a ordem de todas as coisas; com a queda de Adão e Eva, eles que se esconderam de Deus, faz com que tudo fique desordenado. Jesus Cristo, então, sendo Deus de Deus, vem para nos salvar. E desta salvação para toda a humanidade que Cristo vem trazer, a Igreja exulta dizendo “Ó feliz culpa que nos mereceu tão grande salvador”. Ou seja, do mal Deus tirou um bem: a encarnação de Cristo. Deus não interviu evitando que Adão e Eva comecem do fruto proibido. Além do fato de tirar um bem maior, Deus evitaria um mal maior. Raciocine comigo: Se no ato da tentação da serpente Deus aparecesse e impedisse que eles comecem do fruto, daria margem para satanás dizer “estão vendo? Ele não quer que vocês comam do fruto para não serem deuses como ele!” Ou seja, a desobediência, a revolta contra Deus por parte do homem aconteceria. E talvez sem ter comido do fruto do conhecimento do bem e do mal. Sem discernimento algum! Alguns creem nesta narrativa de Adão e Eva apenas como uma figura. Mas o fato é o mesmo que acontece hoje. Se Deus agisse a todo momento de maneira extraordinária, a tal ponto que nenhuma maldade acontecesse, muitos dos que hoje acusam Deus de permitir o mal, também o acusariam de não os deixarem livres para agir. Afinal, por trás de praticamente toda maldade há uma boa intenção. Vamos exemplificar: Se Deus agindo de maneira extraordinária evitasse os regimes comunistas, por exemplo, os comunistas com toda certeza iriam dizer: “Deus é ruim! Não nos deixa livres! O que? Isso trará um mal? E como saberemos se a doutrina de Marx é errada se nunca a colocarmos em prática? Você está nos fazendo escravos. Queremos ser livres! Deixe-nos pelo menos tentar. Somos operários, pobres, deixe-nos tentar dar certo na vida...” Revoltar-se-iam contra Deus de todo jeito. É por isso que costumo dizer que a mão de Deus que pesa para castigar o povo, na verdade, não é a mão dEle pesando, mas a mão se retirando; ou seja, o castigo que Deus usa para nos corrigir não é nos infligir sofrimento, mas nos abandonar a nós mesmos. É isso que vocês querem? Pois bem, façam vocês mesmos! Ora, e seguindo os ensinamentos de Nietzsche que dizia que Deus estava morto, Hitler soube usar muito bem sua liberdade humana para destruir. Falando em Hitler, no início ele teve apoio popular. Imagine Jesus Cristo aparecendo e dizendo “Vai por mim, pessoal, isso vai dar um problemão...” Consigo ver a multidão vaiando e gritando “Sai dae! Progresso! Progresso! Viva a Alemanha!”. Até porque temos um belo exemplo: a Igreja, Corpo Místico de Cristo, condena de excomunhão os adeptos de doutrinas comunistas/socialistas; não obstante, os homens não deram atenção e fizeram o que fizeram. O ser humano é tão livre que é capaz de entrar na Igreja, pregar uma doutrina que a Igreja condena, ferrar com a vida de todo mundo, e depois dizer que Deus não é bom e a Igreja uma farsa.
            Além do mais, podemos concluir que a ação extraordinária de Deus se dá quando, ao invés de causar um mal, causará um bem. Daquela ação extraordinária, a pessoa se converte, salva não somente o corpo, mas a alma. Daquela ação extraordinária pode acontecer de várias outras pessoas que não acreditassem passarem a ter fé, e a dar perseverança para quem estivesse desanimando. Deus que conhece todas as coisas sabe quando deve agir ou não. Muitas pessoas morrem em tragédias, mas algumas são alcançados pela Misericórdia, uma vez que antes de morrerem se arrependem e pedem perdão a Deus pela má vida que levou. Ou seja, podemos dizer que em certos casos Deus não houve a nossa oração e permite a morte de alguém porque sabe que se aquela pessoa se curar, ou se livrar daquele perigo de morte, mais tarde ela irá perder a alma se deleitando no pecado. Para quem não crê pode parecer estranho isso que disse, mas para que professa a fé em Deus, sabe que nossa vida está orientada para a vida eterna, para o Céu.
            Gostaria apenas de fazer uma correção: quando falo que a ação extraordinária de Deus poderia trazer um mal, não falo da ação em si e nem de Deus, uma vez que Deus sendo bom todas as Suas ações são boas. Falo em relação ao homem que, diante de certa situação, poderia ao invés de ver o cuidado de Deus, se revoltar contra Ele.
            O que quero dizer um sábio já disse ao comparar a história como uma peça de teatro; afirmando que quando Deus se manifestar em plenitude, será o fim; afinal de contas, quando o autor/diretor de uma peça se junta aos atores é porque chegou o fim. Como o fim ainda não chegou, caríssimos, tudo o que acontecer no palco deste mundo tem responsabilidade nossa.
É claro que dentro de uma perspectiva cristã, sabemos que a maldade no mundo também tem relação com o mundo espiritual. Se você tiver um câncer e não crer em Deus, muito provavelmente não acontecerá uma cura miraculosa sem explicação científica (como acontece muito com os cristãos). Todavia, não é porque você não acredita no diabo que ele vai te respeitar e dizer “ah, esse não farei mal. Não crê em nada mesmo”. No estudo da demonologia, sabemos que muitos coisas climáticas tem ação espiritual. Por isso quando Jesus está no barco na tempestade Ele simplesmente manda os ventos se calarem, da mesma maneira que mandara os demônios se calarem. Por isso havia um forte costume popular (deveria voltar) de usar sacramentais nas suas casas, tais como crucifixos, medalhas, abençoava a casa, pedia proteção contra tempestades, etc. Hoje em dia expulsaram Deus, não vivem as leis de Deus e Ele respeita; o diabo, aproveita.
            Mas, o maior causador de sofrimento no mundo é o próprio homem. Se milhões de pessoas morreram por causa das guerras do último século para cá, o diabo tentou, mas o homem foi livre para apertar no gatilho. O demônio tentou muitos chefes de estado, mas eles era livres para corresponder a lei moral que havia em seus corações, ou se correspondia as sugestões do diabo. Havia certos chefes de Estado, como Hitler, que não somente parecia ser tentado, mas possuído pelo demônio. Mas, para que se chegasse ao nível de loucura e terror do nazismo, o ser humano foi livre.
            Quando olhamos milhões de pessoas vivendo uma miséria extrema, de fato, elas não escolheram passar fome. Mas Deus em Sua infinita misericórdia fez o mundo perfeito, com meios de subsistência para todos. Se uns tem quase nada, é porque tantos tem muito e não dividem. Não podemos ser simplistas e tolas de ficar culpando Deus pela pobreza da África, mas antes, deveríamos culpar os grandes magnatas que não fazem a devida ajuda. Aliás, há muitos que fazem é ganhar mais dinheiro em cima de tanta pobreza. Não precisamos ir muito longe: quantas pessoas passando fome no Brasil, enquanto muitos que dizem defender os pobres enriquecem ilicitamente. Quanto dinheiro foi desviado na obra da transposição do Rio São Francisco? E a obra inacabada faz com que as pessoas no sertão continuem com sede, sem comida porque não tem água para regar o plantio. O gado morrer. E junto a esperança. Mas, sejamos sinceros, o Brasil é rico de recursos naturais. Não somente. Temos muito dinheiro também. Mas muitos que dizem que defendem os pobres desviaram o dinheiro para seus próprios bolsos, ou para terceiros e/ou para planos maquiavélicos, enquanto o miserável continua sonhando com uma barriga cheia no amanhecer. Antes de dizer “onde está Deus”, pergunte: onde está o homem? Deus deu recursos naturais, sabedoria, e a razão, para que vivendo como irmãos, uns ajudassem os outros. Mas, a liberdade humana está fazendo com que ao invés de os mais ricos ajudarem os mais pobres, os mais sábios ajudarem os mais ignorantes, estamos uns matando os outros.
            Aquela velha frase cabe muito bem neste ponto da história: Deus sem o homem é Deus, mas o homem sem Deus é nada. Nietzsche disse que Deus estava morto; mas a grande verdade é que neste milênio em que as pessoas caminham para o ateísmo ou para o afastamento da fé cristã (aderindo ao islamismo, por exemplo), podemos rebater e dizer: o homem está morto. Sem Deus, sem a cultura cristã, sem a prática da verdadeira fé, o que temos visto? Morte. Sem Deus o homem só sabe matar e destruir. O demônio, que era um anjo, mas se rebelou contra Deus, vem para o mundo para querer matar, roubar e destruir. Mas nós, nós não, irmãos. A nossa essência é Deus. Deus é amor! Nós fomos feitos para amar. Se nós estamos matando, roubando e destruindo, é porque estamos afastados de Deus e nos assemelhando ao demônio.
            Você pode xilicar o quanto quiser. Mas sem Deus, você só terá morte e destruição para se queixar. Basta olhar para a Europa, berço do cristianismo, essencialmente católica... Atentados por cima de atentados. Antes do avanço islamita, houve uma propagação do ateísmo prático. Quantas Igrejas com Missas com quatro, cinco pessoas, servindo apenas de ponto turístico. A França... Ó França! Onde Nossa Senhora apareceu em La Salette, Lourdes, Paris... A França abandonou Deus para ficar com a doutrina dos homens, desde a revolução francesa, e não mais bebe o Sangue de Cristo na Missa, mas tem que lavar o sangue dos homens mortos por outros homens. Não tem para onde correr, os males deste mundo são frutos das más escolhas humanas, não de um ato da vontade de Deus.     
         “O mundo não encontrará a paz enquanto não se voltar com confiança para a fonte da Minha Misericórdia” (Jesus à Santa Faustina)
“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!” (João 14,27)

“Espero nunca ter ensinado nenhuma verdade que não tenha aprendido de Vós. Se, por ignorância, fiz o contrário, revogo tudo e submeto todos meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana” (Santo Tomás de Aquino).
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Resumo do livro "Educação: Livre e Obrigatória", usado como Atividade Complementar.

Muito se é discutido sobre a qualidade da educação brasileira. A maioria das pessoas afirmam categoricamente que precisamos melhorar muito. O Brasil, para se ter ideia, ocupa os últimos lugares nas avaliações internacionais que medem a qualidade da educação. Mas o grande problema é: se a educação está ruim, de quem é a culpa? Internamente aquele que avalia é o mesmo que é responsável pela catastrófica educação: o Estado.
Aí entramos no ponto chave que Murray N. Rothbard vem nos trazer em sua obra Educação: Livre e obrigatória: quem é o responsável pela educação: o Estado ou os pais? Ora, se o país vai mal na área da educação escolar, área esta que é regulada pelo Estado, não seria insanidade clamar por mais ação do Estado quando o problema é justamente sua presença em algo que não é propriamente seu dever primordial?
O autor foi perspicaz ao mostrar a transformação do conceito de educação, mostrando que o Estado outorga a si o direito, ou melhor, o controle da Educação criando a escolarização obrigatória, não com a intenção de infundir na vida dos educandos a ciência, os conhecimentos, etc., mas sim uma doutrinação em prol da ideologia defendida pelos que governam. Por isso,

devemos ver que, desde que o Estado começou a controlar a educação, sua tendência evidente tem sido cada vez mais agir de modo a promover a repressão e o impedimento à educação, ao invés do verdadeiro desenvolvimento do indivíduo. Sua tendência tem sido para a coação, para a igualdade forçada ao nível mais baixo, para o enfraquecimento dos conteúdos e até mesmo o abandono de todo ensino formal, para o inculcamento da obediência ao estado e ao “grupo”, ao invés do desenvolvimento da auto independência, e para a depreciação dos assuntos intelectuais. [...] Assim, a “educação moderna” tem abandonado as funções escolares de instrução formal em favor de moldar toda a personalidade, tanto para forçar a igualdade do aprendizado ao nível dos menos educáveis, quanto para usurpar, o quanto possível, o papel educacional do lar e de outras influências. (ROTHBARD Murray, 1972)

Até onde a atual educação sob poder estatal forma o homem enchendo-o de conhecimento, e até onde ela é apenas uma ferramenta para domar as massas? É algo a se pensar, uma vez que as avaliações mostram que no quesito saber, na ciência, estamos muito atrás; mas, por outro lado, no quesito ideológico, vemos crescer uma militância marxista, tanto na Educação básica, como no Ensino Superior.
O Estado fere violentamente o direito dos pais de escolher o tipo da educação que seus filhos devem receber. Pensando em Brasil, podemos ver o autoritarismo do Estado em “roubar” os filhos desde os quatro anos de idade (segundo a lei, os pais devem matricular os filhos em alguma escola a partir desta idade). Quem escolhe as atividades? O Estado. Quem ensina a (i)moral? O Estado. O Estado dita as regras. Mas, os responsáveis pela educação não são os pais?
A solução que Murray sugere é bastante óbvia: a educação deve ser livre. Os pais devem ter o direito de escolher qual tipo de educação seus filhos devem receber. O Estado não pode se meter na vida da família de maneira tão ditatorial. Se os pais quiserem educar seus filhos em casa (homeschooling), eles podem e o Estado não tem que se meter nisso. Se os pais se reconhecerem incapacitados para ensinar seus filhos, e quiserem contratar um professor particular, ora, os pais tem que ter o direito preservado de designar para tutor do filho aquele que eles quiserem. Se os pais quiserem, por outro lado, matricular os filhos em uma escola privada, ninguém pode impedir. Embora o problema desta última seja justamente o fato de que, como temos visto, o Estado também quer controlar seus currículos. Ou seja, as instituições privadas, mesmo as confessionais, sofrem interferência do Estado induzindo-as a ensinar uma (i)moral que estas não creem em detrimento do ensino dos conhecimentos científicos. Por isso, a educação deve ser livre.
O Estado poderia fiscalizar a qualidade da educação, por exemplo, aplicando provas (como o ENEM) para avaliar os estudantes. O grande problema para o Estado seria: as pessoas estariam recebendo conhecimento, mas em contrapartida, ele não estaria dominando as massas numa educação ideológico-partidária.
Se queremos de fato melhorar a Educação, devemos lutar por uma educação livre. Murray chega a quase clamar por uma espécie de “estude se quiser”; acho, em certo ponto, um radicalismo. Deste livro, porém, posso concluir que o ser humano precisa de uma instrução básica, mínima, que todos são aptos para receber; mas ela deve ser livre, ou seja, os pais têm que ter o direito assegurado de educar os filhos como quiserem: em casa, em escola pública ou em uma escola privada que tenha princípios da qual eles também compactuam.
Como nem todos tem recursos para pagar um ensino privado, o Estado deve manter as escolas públicas para aqueles que desejarem; e estas escolas não podem ensinar valores contrários aos do povo. Seria uma violência praticada contra os mais pobres obriga-los a frequentar escolas que ensinem ideologias que não compactuam, somente pelo fato de que não tem dinheiro para pagar uma escola privada. Por isso, as escolas devem oferecer um ensino de qualidade e sem imposição ideológica. Mas os pais devem decidir o tipo de ensino; não o Estado impor. Até porque, como Murray nos recorda, as escolas públicas, além da questão ideológico-partidária, têm o problema da violência, drogas, imoralidades, etc. E os pais devem preservar os seus filhos dessas coisas. Cabe a eles decidir o caminho que seus filhos trilharão.


Bibliografia:


ROTHBARD, Murray N. Educação: Livre e Obrigatória. Tradução de Filipe Rangel Celeti. 1. ed. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil

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