Educação: Livre e Obrigatória
Resumo do livro "Educação: Livre e Obrigatória", usado como Atividade Complementar.
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Aí entramos no
ponto chave que Murray N. Rothbard vem nos trazer em sua obra Educação: Livre e
obrigatória: quem é o responsável pela educação: o Estado ou os pais? Ora, se o
país vai mal na área da educação escolar, área esta que é regulada pelo Estado,
não seria insanidade clamar por mais ação do Estado quando o problema é
justamente sua presença em algo que não é propriamente seu dever primordial?
O autor foi
perspicaz ao mostrar a transformação do conceito de educação, mostrando que o
Estado outorga a si o direito, ou melhor, o controle da Educação criando a
escolarização obrigatória, não com a intenção de infundir na vida dos educandos
a ciência, os conhecimentos, etc., mas sim uma doutrinação em prol da ideologia
defendida pelos que governam. Por isso,
devemos ver que, desde que o Estado começou a controlar a educação, sua
tendência evidente tem sido cada vez mais agir de modo a promover a repressão e
o impedimento à educação, ao invés do verdadeiro desenvolvimento do indivíduo.
Sua tendência tem sido para a coação, para a igualdade forçada ao nível mais
baixo, para o enfraquecimento dos conteúdos e até mesmo o abandono de todo
ensino formal, para o inculcamento da obediência ao estado e ao “grupo”, ao
invés do desenvolvimento da auto independência, e para a depreciação dos
assuntos intelectuais. [...] Assim, a “educação moderna” tem abandonado as
funções escolares de instrução formal em favor de moldar toda a personalidade,
tanto para forçar a igualdade do aprendizado ao nível dos menos educáveis,
quanto para usurpar, o quanto possível, o papel educacional do lar e de outras
influências. (ROTHBARD Murray, 1972)
Até onde a atual
educação sob poder estatal forma o homem enchendo-o de conhecimento, e até onde
ela é apenas uma ferramenta para domar as massas? É algo a se pensar, uma vez
que as avaliações mostram que no quesito saber, na ciência, estamos muito
atrás; mas, por outro lado, no quesito ideológico, vemos crescer uma militância
marxista, tanto na Educação básica, como no Ensino Superior.
O Estado fere
violentamente o direito dos pais de escolher o tipo da educação que seus filhos
devem receber. Pensando em Brasil, podemos ver o autoritarismo do Estado em
“roubar” os filhos desde os quatro anos de idade (segundo a lei, os pais devem
matricular os filhos em alguma escola a partir desta idade). Quem escolhe as
atividades? O Estado. Quem ensina a (i)moral? O Estado. O Estado dita as
regras. Mas, os responsáveis pela educação não são os pais?
A solução que
Murray sugere é bastante óbvia: a educação deve ser livre. Os pais devem ter o
direito de escolher qual tipo de educação seus filhos devem receber. O Estado
não pode se meter na vida da família de maneira tão ditatorial. Se os pais
quiserem educar seus filhos em casa (homeschooling), eles podem e o Estado não
tem que se meter nisso. Se os pais se reconhecerem incapacitados para ensinar
seus filhos, e quiserem contratar um professor particular, ora, os pais tem que
ter o direito preservado de designar para tutor do filho aquele que eles
quiserem. Se os pais quiserem, por outro lado, matricular os filhos em uma
escola privada, ninguém pode impedir. Embora o problema desta última seja
justamente o fato de que, como temos visto, o Estado também quer controlar seus
currículos. Ou seja, as instituições privadas, mesmo as confessionais, sofrem
interferência do Estado induzindo-as a ensinar uma (i)moral que estas não creem
em detrimento do ensino dos conhecimentos científicos. Por isso, a educação
deve ser livre.
O Estado poderia
fiscalizar a qualidade da educação, por exemplo, aplicando provas (como o ENEM)
para avaliar os estudantes. O grande problema para o Estado seria: as pessoas
estariam recebendo conhecimento, mas em contrapartida, ele não estaria
dominando as massas numa educação ideológico-partidária.
Se queremos de fato
melhorar a Educação, devemos lutar por uma educação livre. Murray chega a quase
clamar por uma espécie de “estude se quiser”; acho, em certo ponto, um
radicalismo. Deste livro, porém, posso concluir que o ser humano precisa de uma
instrução básica, mínima, que todos são aptos para receber; mas ela deve ser
livre, ou seja, os pais têm que ter o direito assegurado de educar os filhos
como quiserem: em casa, em escola pública ou em uma escola privada que tenha
princípios da qual eles também compactuam.
Como nem todos tem
recursos para pagar um ensino privado, o Estado deve manter as escolas públicas
para aqueles que desejarem; e estas escolas não podem ensinar valores
contrários aos do povo. Seria uma violência praticada contra os mais pobres
obriga-los a frequentar escolas que ensinem ideologias que não compactuam,
somente pelo fato de que não tem dinheiro para pagar uma escola privada. Por
isso, as escolas devem oferecer um ensino de qualidade e sem imposição
ideológica. Mas os pais devem decidir o tipo de ensino; não o Estado impor. Até
porque, como Murray nos recorda, as escolas públicas, além da questão
ideológico-partidária, têm o problema da violência, drogas, imoralidades, etc.
E os pais devem preservar os seus filhos dessas coisas. Cabe a eles decidir o
caminho que seus filhos trilharão.
Bibliografia:
ROTHBARD, Murray N. Educação: Livre e Obrigatória. Tradução
de Filipe Rangel Celeti. 1. ed. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil
2 comentários
Anderson meu irmão em Cristo, divulgando aqui postagem que retirei de outro blog (O Fiel Católico)...
ResponderExcluirVERGONHOSAMENTE, O PROJETO de lei "Escola sem Partido" –, que está em tramitação no Senado e que prevê o fim da doutrinação ideológica em nossas escolas, deixando claro que o direito sobre a educação moral dos filhos pertence aos pais (saiba mais), está sofrendo votação popular contrária na página do Senado(!). Importa dizer que este absurdo está acontecendo num país que se declara majoritariamente "cristão". Quem é que pode ser contra um projeto que visa frear, simplesmente, a doutrinação esquerdista de nossas crianças – de teor ateísta, materialista e anticristão, de apologia ao homossexualismo e à negação de todos os valores que construíram a nossa civilização –, e se manifestar a favor desse estado de coisas?
https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=125666
Basta fazer um cadastro e votar!
Salve Maria Imaculada!
Estou caminhando para tirar minhas filhas da escola... e olha que elas estudam na Bélgica... mas o sistema é o mesmo em todos os lugares.
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