A causa e efeito na Teologia da Prosperidade

by - abril 05, 2021

 Nem tudo na vida cristã pode ser vista sob a ótica da causa e efeito. Um exemplo claro disso é a teologia protestante da prosperidade. Muitos acreditam que adorar/servir a Deus é uma causa; o enriquecimento, por sua vez, será o efeito. Quanto mais sou agradável a Deus, mais abençoado (materialmente) eu sou.

Todavia, nada mais enganoso do que isso. Não bastasse a vida dos Apóstolos, podemos ver que as coisas não funcionam assim ao meditarmos o episódio do jovem rico. Aquele jovem seguia quase todos os mandamentos (causa), mas a ordem (efeito) de Cristo para ele foi vender tudo o que possuía, dar aos pobres e seguir Jesus no caminho da humildade e da pobreza. Logo, observamos que riqueza ou pobreza não define se alguém é adorador ou não.

Logo, o ser rico ou o ser pobre, o ser doente ou o ser são, não definem se você serve a Deus ou não. O como você reage no sofrimento e/ou no gozo é que definirão a quem realmente você serve. São Paulo fala que  “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8,28). E tudo significa tudo mesmo: está doente? Em Cristo, te fará bem! Está são? Em Cristo, te fará bem! É pobre? Em Cristo, te fará bem! És rico? Em Cristo, te fará bem. A questão é amar a Deus, e não esperar riqueza e bençãos materiais em troca da nossa adoração. Se você até vai na Igreja, mas diante de um sofrimento só blasfema - ou mesmo diante das bençãos cai no orgulho e na soberba, uma coisa e outra te fará mal. Pouco importa a penúria ou a bonança, pois o importante é amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo.

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