MOTIVOS PARA VIVER A CASTIDADE NO NAMORO

by - agosto 26, 2015



Salve Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe!

Já não bastasse está contido nos dez mandamentos a ordem de Deus para que não pequemos contra a castidade (não cometerás adultério – cf. Deuteronômio 5,18), também podemos analisar vários males não só no campo espiritual, mas no afetivo e social. Ou seja, devemos viver a castidade no namoro não só por causa de uma regra, de uma lei que me obriga a isso, para que eu não vá para o inferno; mas mais que isso, a castidade nos livra dos males aqui mesmo nessa vida. Talvez muitos tem uma vida infeliz porque nunca quiseram amar de verdade vivendo a castidade no seu namoro.

São Paulo vai nos ensinar que tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma”(1Cor 6,12); no entanto, vivemos numa geração que de fato crê que tudo é permitido, porém, tristemente, é cega e não reconhece que nem tudo convém. Então peca desenfreadamente – sem se importar com os novícios eternos: céu e inferno – e se deixa dominar pela sexualidade desenfreada. Muitos são verdadeiramente escravos de uma sexualidade doente e podre, chamam de amor algo que na realidade é egoísmo, é usar o outro para o bem próprio. Não chame de amor aquilo que você usa e depois descarta. Essa é a realidade.

Essa passagem bíblica citada acima nos mostra que a ordem de “viver a castidade” não é uma imposição, mas um chamado ao verdadeiro amor. No namoro não se deve evitar o sexo somente porque é proibido, mas porque deve-se buscar o verdadeiro amor. E o amor requer sacrifícios. Se a pessoa que está com você não quer fazer um sacrifício como este de esperar até o casamento, sinto lhe dizer, mas essa pessoa não te ama. Ama – se é que posso chamar de amor - no máximo o prazer que você pode dar, depois provavelmente te descartará. Por isso você precisa aprender com São Paulo o que é o verdadeiro amor. O Apóstolo ensina: A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo suporta.” (1Cor 13,47) [Caridade é o mesmo que amor] Creio que todos os pontos deste hino a caridade se aplica a um namoro para se saber se ama. Será que seu namoro há estes pontos? Claro que somos imperfeitos, e há vários pontos que devemos lutar para viver melhor. Não é verdade? Mas responda: no seu relacionamento há amor caridade ou “busca de interesses próprios”?

Ora, continuo perguntando, por quê viver a castidade? Porque devemos amar. Suportar por amor. São Paulo vai dizer em 1Cor 7,8-9: “Aos solteiros e às viúvas, digo que lhes é bom se permanecerem assim, como eu. Mas, se não podem guardar a continência, casem-se. É melhor casar do que abrasar-se.” São Paulo sabe do grande problema de não viverem a castidade. Por isso exorta aos que não puderem – no caso os que não tem o dom de viver o celibato, pois ele mesmo fala no versículo 7 desta passagem que “cada um tem de Deus um dom particular” - viver continente devem se casar para não se abrasar: tanto abrasar-se carnalmente e colher os maus frutos, como abrasar-se no inferno, afinal ele mesmo diz em Gálatas 5,19-21 que quem pratica as obras de impureza não herdarão o Reino de Deus!

Mas então porque os jovens que vivem namoros impuros não se casam? Porque não amam! Deve-se viver a castidade primeiramente por amor a Deus que nos criou e nos deu o sexo como um dom para ser vivido de uma maneira ordenada. E, porque amamos a Deus, queremos fazer conforme o sonho de Deus. E em segundo lugar, por amor a pessoa e a si. Ora, São Paulo vai dizer claramente que nossos corpos são membros de Cristo (cf. 1Cor 6,15) e templos do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,19). Ora, se Deus habita em mim de maneira tão sublime, fazendo do meu corpo membro Seu e Templo do Espírito Santo, não devo profaná-lo. Devo ordenar meus afetos para o Amor, que é Deus, para que n'Ele e com ele eu ame a outra pessoa. Afinal, “O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo.” (1Cor 6,13). Se nós não buscarmos viver a castidade no namoro, nunca iremos entender – nem no namoro e muito menos no casamento – o que é glorificar a Deus com os nossos corpos. Tudo deve ser voltado para este amor – o verdadeiro amor – que não usa, mas que tudo espera, tudo suporta, que é paciente e não quer ultrapassar etapas.

Se eu amo, espero. Se sofre, suporta. Se ambos se amam, suportam, mas veem a continência como um problema: casem-se! Sigam o conselho de São Paulo. Mas se preparem para um santo matrimônio para vivê-lo segundo o coração de Deus, e não segundo a desordem da carne. Afinal, se muitos não casam e vivem de maneira impura, outros casam-se, porém, tudo de maneira desordenada e egoísta. Profanam o matrimônio sem nem sequer saber da presença da Santíssima Trindade na Família por força do sacramento e passam a profaná-lo buscando o prazer somente (clique e saiba mais). Quando se casa, mas sem ser por amor a Deus e amando e respeitando o Templo do Espírito Santo que é a outra pessoa, o casamento tende a ruir, pois nada que é erguido fora da rocha do verdadeiro amor pode ficar de pé. Por isso eis o ensinamento para vivermos felizes no relacionamento: viver a castidade por amor a Deus, casar por amor a Deus; amar a outra pessoa e saber que diante de mim está um Templo do Espírito Santo na qual devo amar, honrar e respeitar.

Se todos entendessem isso talvez muitas pessoas hoje não estariam sofrendo com as feridas deixadas por relacionamentos totalmente mundanos. Quando digo que se deve viver a castidade por amor a Deus e casar por amor a Deus, não é num sentido poético, só pra enfeitar um texto e fazer você suspirar desejando um José e uma Maria pra viver um namoro santo. Isso é real. Isso é algo concreto. Se no teu relacionamento não for baseado por amor a Deus você não terá princípio moral para viver a castidade. Se você namora só porque julga “amar” a outra pessoa, por ser bonita, ou seja lá o que for, você irá cair. Se você casa sem ser por amor a Deus, logo nos problemas familiares, nas crises, seja lá qual for o motivo, vem adultério, divórcios, etc. Por isso aqueles que não conhecem a Cristo tem uma imensa dificuldade em acreditar que no século XXI existam Ets – segundo o que devem pensar – que namorem sem sexo. Já eu não consigo entender como que no século XXI existam pessoas que ainda acham que podem namorar sem AMOR. Não só namorar, mas fazer qualquer coisa sem amar. Felizes os que amam no namoro sem precisar de sexo, pois entendeu que amar é diferente de usar do outro.

Certa vez estava em um lugar e uma pessoa atendeu o telefone e começou a conversar com um amigo que, aparentemente, devia ter algum tempo que não se falavam. Creio que essa pessoa não percebeu que o telefone estava alto e dava pra ouvir. O fato é que o rapaz perguntou pra esse cara se ele tava namorando ou se estava praticando pecados solitários. Ele sorriu e falou algo como “é, to na pedra...”. Porque estou dizendo isso aqui? Não consegues compreender o mal que é não viver a castidade no namoro? Você tornou-se apenas objeto de prazer da outra pessoa. Na conversa imoral destas duas criaturas o sentido de ter uma namorada é somente ter relação sexual. Você, mulher, você é uma FILHA DE DEUS, amada por Ele, você não foi feita para ser objeto sexual de seu zé ninguém nenhum! Se dê o valor. O teu valor é o Sangue preciosíssimo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz! Você não foi feita para ficar passando nas mãos dos cafagestes sem vergonhas que dizem que te ama, mas só para te possuir e depois te largar. Se entregue ao amor de Deus e viva pra Ele, e Ele fará encontrar alguém que queira fazer a vontade de Deus e não a da carne. Mas para encontrar essa pessoa você tem que ter o propósito de viver a castidade.

Como é difícil ver que o mundo se distanciou tanto de Deus que agora a mulher e o homem são apenas objetos de prazer para alguém. Numa conversa pura, de dois católicos que buscam a santidade, deveria ser assim a conversa:
-Eae! quanto tempo! Está namorando?
-Não, estou esperando em Deus!
-Amém. Irmão. Espera em Deus e Ele colocará alguém na sua vida para ambos caminharem pro Céu. No momento certo a sua “Maria” aparecerá.

As conversas dos mundanos são assim? Bem diferente, não?

Por isso viva a castidade! Não podemos ficar mais nessa mentalidade que nem se quer fala “estar apaixonado”, mas quer alguém somente porque não quer frear os impulsos sexuais. Que triste. Nós não nascemos pra “curar” carência de seu zé ninguém. Nós nascemos pro Céu.

Quantas pessoas hoje são feridas justamente por isso! Se entregaram para canalhas (homens e mulheres também) que apenas queriam usar do outro. Usar, como dito, é diferente de amar. Cadê o amor agora? Onde estão os tantos amores? Onde estão aqueles que disseram que te amava? Entenda que só Deus basta!

O Catecismo da Igreja Católica vai nos advertir: “Muitos reclamam hoje uma espécie de ‘direito à experiência’ quando há intenção de se casar. Qualquer que seja a firmeza do propósito dos que se envolvem em relações sexuais prematuras, ‘estas não permitem garantir em sua sinceridade e fidelidade a relação interpessoal de um homem e uma mulher e, principalmente, protegê-los contra as fantasias e os caprichos’. A união carnal não é moralmente legítima, a não ser quando se instaura uma comunidade de vida definitiva entre o homem e a mulher. O amor humano não tolera a ‘experiência’. Ele exige uma doação total e definitiva das pessoas entre si.” (CIC 2391) Portanto, cai por terra essa lorota de “se amar não tem problema”, “eu tenho a intenção de casar, então não há mal”, etc. A Igreja está falando que o verdadeiro amor humano não tolera a experiência. “Ah, vou experimentar viver junto com ela. Se der certo, deu, se não, cada um pro seu lado”. Isso não é amor, isso é usar. A Igreja está condenando essa mentalidade. A relação sexual só é lícita num matrimônio. Ama? Case-se! Simples e perfeito!

Portanto, não é lícito a relação sexual no namoro. Afinal, daí deriva vários problemas. Ele(a) diz que te ama hoje, mas não é capaz de esperar o tempo certo. E sabe o que acontece? Algum tempo depois vocês terminam... Você se entregou para alguém que dizia que te amava e vocês tinham até a reta intenção de casar. Mas olha só! Que pena! Terminaram o namoro. Sabe qual o problema? Quando você olhar para essa pessoa novamente você vai pensar: ele(a) sabe de mim mais do que devia; ele(a) me conhece, ou teve algo de mim, que era só pra uma pessoa... Agora imagine essa juventude que troca de namorado(a) como se troca de roupa! E todos sem castidade..! Meu Deus! A afetividade dessa pessoa precisa ser curada em Deus!

Se olharmos bem, o próprio fato de se buscarem tanto os métodos contraceptivos é a camisinha. E se a pessoa quer usar preservativo é prova de que não ama. Sabe porque? É coisa mais que natural, todos com entendimento sabe que sexo tem a ver com ter filhos. Se se coloca algo pra impedir o nascimento de uma criança prova-se na verdade o seguinte: não amo você, amo o prazer que você me concede. Afinal, se amasse, não teria medo de ter um filho que é o que une o casal. Não, jamais, hoje não se quer mais vínculos duradouros. E digamos que filho é um baita vínculo duradouro, é pra vida toda. Ora, mas não amava? Se ama, amará o fruto desse amor. Mas, todos também sabem, que filho deve nascer num lar com pai e mãe, ou seja, numa família. Sabemos das realidades, mas não é certo filhos que crescem sem pai, etc. Então não basta “correr o risco” de ter o filho. Se você ama a pessoa, amará o filho, e se ama o filho, queirerá que ele tenha uma família. Portanto, casará! Não tem pra onde fugir: quem ama deixa o sexo pro casamento. Quem ama espera! Se você tem resistência com isso é porque, infelizmente, deixou-se dominar.

Vamos pra fatos? Conheço um caso de uma jovem que acabou não vivendo a castidade no seu namoro. Acabou engravidando. Ora, o rapaz assumiu, iam se casar e tudo mais. Sabe o que aconteceu? O rapaz “do nada” termina o namoro com ela. Ela ficou muito abalada emocionalmente, passou mal... Perdeu o bebê. Sofreu muito. Mas a resolução pra este problema era: viver a castidade. Ah se tivessem vivido a castidade! Ah se tivessem amado com o Amor (Deus)! Mesmo que tivessem terminado, teriam a consciência limpa de não ter usado um ao outro e até teriam evitado a tragédia da perda de uma vida (sem intenção, é verdade).

Conseguem compreender como é uma armadilha do demônio esse negócio de que pode caso haja amor e intenção de um dia casar. Ora, se tem intenção de casar, case-se logo. Há jovens que namoram de forma impura e quando a outra pessoa fala de casamento, sabe o que ela faz? Pula fora do barco. Alguns dizem que não se sentem preparados para casar. E quando vão estar? Antigamente se casava jovem de verdade e os casamentos eram duradouros. Hoje se casa tarde (quando se casa) e muitos não dão certo. Porquê? Mundanismo! Essa é a resposta. Se a pessoa não quer casar, pra que namora? Se a pessoa namora deve se preparar para se tornar um homem (e uma mulher) de Deus e casar-se e ser o que Deus quer neste casamento. Mas enquanto não se vive a castidade nunca se estará preparado, pois estará com a evolução atrofiada na busca pelo prazer. Por isso antes casava-se cedo e dava-se certo: a maioria vivia a castidade; hoje boa parte vive de maneira impura. Tanto que uma universidade americana constatou isso numa pesquisa que mostra que o índice de divórcios em casais que não viveram a castidade no namoro era maior.

Pra finalizar gostaria de lembrar que outro motivo que deve viver a castidade é que, sabendo que pode acabar, afinal, só Deus sabe do futuro, não se deve viciar a carne. E quando digo acabar não é que você vá namorar pensando em terminar, mas namorar sabendo que Deus sabe do que é melhor para nós. Leia o livro de Tobias e entenderá. Mas vai que você decide por se tornar padre ou freira, se você está namorando de forma impura, quão difícil será pra você viver a castidade por ter acostumado a carne. Mas digamos que você termina o namoro impuro e encontra outra pessoa que quer viver a castidade, se você não tomar consciência da importância da pureza na sua vida, logo cairá e fará outro cair. Mortifique sua carne, sua vontade. Busque a vontade de Deus.

E por fim, lembro-vos do amor. Do verdadeiro amor. Coloque Deus no seu relacionamento e verás que isso que escrevi não é um peso. Isso não é uma imposição, mas o que naturalmente vive os que amam. Coloque Deus – repito – no seu relacionamento, pois verás – pelos próprios exemplos dados – que não é uma forma poética, mas é algo concreto. Ame, ame, ame. Só o Amor transformará o mundo. Ame até doer na carne. Aí sim será amor. Se amar de verdade saberá viver a castidade. Se amar de verdade não terá medo de casar-se. Mas até desejará pois amará o Amor, pois o sonho do Amor (Deus) é ter famílias santas. Aliás, que todos -sacerdotes, religiosos(as), leigos, TODOS - sejam santos. Mas se você namora deve ter em vista o casamento, e deve buscá-lo no temor e no amor, pois a família é um sonho, é um dom de Deus (como outros estados de vida...) Por isso ame, para que no futuro, se for essa vontade de Deus, possa ser família, ou seja, santuário da vida.

Rezem juntos. Rezem o terço juntos no namoro. Afinal, a Virgem Maria nos ensinará a amar sem usar o outro. Ela é a Mãe do puro Amor (Eclo 24,24) e nos dará essa graça.


Jesus, Maria e José, nossa família Vossa é!

RECOMENDO que assistam ao video do Pe Paulo Ricardo: Por que o sexo antes do casamento é pecado?

You May Also Like

0 comentários