Salve
Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe!
No
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas,
encontramos a seguinte palavra do Mestre: “esta geração é
uma geração perversa; pede um sinal, mas não se lhe dará outro
sinal senão o sinal do profeta Jonas. Pois, como Jonas foi um sinal
para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração”
(Lc 11,29-30). Assim como naquele tempo, hoje também o povo
pede sinais. Só que mais do que milagres, o sinal é encarnado, tem
que ser uma pessoa. Jonas, uma pessoa de Deus, foi sinal para os
ninivitas; Jesus, Filho de Deus, encarnado, foi e é um sinal para
todos os povos; nós, como cristãos, devemos ser sinais para o mundo
que jaz nas trevas.
Diante
dessa palavra, meus irmãos, não devemos simplesmente meditá-la
dizendo em nosso coração “nossa, é verdade, hoje o povo continua
sem crer em Jesus”. Não. Não fique apenas aí. Vá mais profundo.
Pergunte para você mesmo: “eu tenho sido um sinal de Deus para
esta geração perversa?”
Num
mundo em que jaz sob o maligno (cf. 1João 5,19), devemos crer e
proclamar que Cristo venceu o mundo! (cf. João 16,33)! Ou seja,
satanás foi derrotado. Nós não somos mais escravos do mundo, do
demônio, do pecado; nós agora pertencemos ao amor de Deus. Claro,
Deus nos dá a liberdade. Aí cada um segue o que quer. Como vai
dizer São Pedro: “o homem é feito escravo daquele que o
venceu” (2Pedro 2,19). Se
o demônio com suas seduções, o mundo com seus atrativos, a carne
com suas paixões, nos venceram e, consequentemente, caímos no
vício, somos escravos do pecado; mas, por outro lado, quem
nos venceu foi o amor de
Deus, se nos deixamos atingir por Sua Misericórdia, somos escravos
de Seu amor – escravos no sentido de pertença total, pois nos
deixamos possuir, embriagar por Seu amor. Somos totalmente
dependentes desse Deus que nos dá a verdadeira felicidade que não
se acaba. Ser de Cristo é a verdadeira felicidade. Mas aí fica a
pergunta e volta outra: quem te venceu: o mundo ou o amor de Deus? De
quem você tem sido sinal?
Jesus
fala sobre o sinal de Jonas, e afirma que “os
ninivitas se levantarão no dia do juízo para condenar os homens
desta geração, porque fizeram penitência com a pregação de
Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas” (Lc 11,32). Ou
seja, Jonas foi um sinal de Deus para aquele povo que vivia no
pecado. A sua pregação converteu aquela cidade, tanto que lemos que
o rei mandou até os animais jejuarem (cf. Jonas 3,7ss). Ora, Jesus é
mais que Jonas, pois Jesus é Deus. E Deus encarnado (Jesus) pregou a
verdade, condenou o erro, apontou o caminho, que é Ele mesmo, e nos
abriu as portas do Céu. Nós também somos mais que Jonas. Não falo
no sentido de dignidade, mas no sentido de que nós, como seguidores
do Mestre, como cristãos que somos, temos um conhecimento maior da
lei de amor que Jesus pregou. E aí pergunto novamente: que sinal
nós, cristãos católicos, temos sido para este mundo?
Jesus
fala que a pregação de Jonas converteu os ninivitas, mas lembremos
do que Santo Agostinho fala: “eloquente aquele cuja
vida é uma pregação”. Qual
a pregação que estamos fazendo, com nossas palavras e nossa vida,
para o mundo aí fora? Vai dizer São Francisco de Assis: “quando
saíres para pregar, se preciso use palavras”. Infelizmente nós
usamos muitas palavras, e não são palavras de fogo do Espírito
Santo, muitas vezes. Não. Tem sido palavras de não precisa disso,
nem daquilo, nada de penitência, nada de confessar pecados. Ah,
dizem tantos, Deus é amor. Sim, Ele é. Mas esquecemos que nós
somos pecadores necessitados de conversão. Precisamos pregar o que
Jesus pregava “Completou-se o tempo e o
Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”
(Mc 1,15). Mas,
principalmente viver o evangelho. Ser uma pregação viva. As
palavras convencem, mas o testemunho arrasta. Nossas palavras podem
ser bonitas, eloquentes, mas a nossa vida está arrastando as pessoas
para onde?
Hoje
o Senhor nos chama a sermos sinais do Reino de Deus, e não do reino
das heresias, do relativismo, do pecado, do satanás. Somos sinais,
sim, sinais da aliança de Misericórdia de nosso Senhor Jesus
Cristo. Jesus diz ainda “Ninguém acende uma lâmpada
e a põe em lugar oculto ou debaixo da amassadeira, mas sobre um
candeeiro, para alumiar os que entram” (Lc 11,33). Portanto,
devemos ser esses sinais de Deus que iluminar a terra que jaz sob as
trevas do pecado. O Papa Leão XIII dizia que a audácia dos maus se
alimenta da convardia e da omissão dos bons. Infelizmente é
verdade. Se o mundo é mau, ora, que importa! Saiamos e iluminemos a
terra. Nós temos o fogo santo do Espírito de Deus que nos aquece,
ilumina e purifica, e se formos o que Deus quer – como diria S.
Catarina de Sena – tocaremos fogo no mundo. O mundo será
iluminado, aquecido, purificado. Mas é necessário que nós nos
decidamos por Deus HOJE. Sim, decidamo-nos por ser sinais de fogo,
sinais do amor de Deus nessa terra. Pregando, mas mais que isso,
vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Saia
para fora! Ressuscita! Renasça! Seja o que Deus quer que sejas. Não
seja um bonzinho na Igreja. Seja a potência de santidade que Deus
quer que sejas. Lembremos que a santidade não está no ser
especificamente, mas no desejar ardentemente ser. Por mais que não
sejamos santos e só encontremos misérias em nós, não desistamos,
seremos santos se não deixamos apagar a chama do desejo santo de ser
o que Deus quer que sejamos.
Nossa
Senhora quando aparece em La Salette Ela diz que dirige um urgente
apelo à terra, e fala que estava na hora dos apóstolos dos últimos
tempos saírem para iluminar a terra. Consagremo-nos a Ela, sejamos
seus escravos de amor, e, auxiliados pela Imaculada, vivamos o
Evangelho e sejamos sinais de Deus para o mundo. Os filhos das trevas
não exitam em ser sinais de perdição, até quando nós, cristãos
católicos, ficaremos no comodismo não querendo assumir nossas
responsabilidades para iluminar a terra e arrastar as nações para o
único Rei e Soberano que é Jesus?
De
quem temos sido sinais?
Salve
Maria Imaculada, nossa Co-Redentora e Mãe!
Viva
Cristo Rei do Universo!
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