Mais sexo, menos amor – a mulher como objeto sexual

by - janeiro 20, 2018

Salve Maria!
Muitas pessoas estão escandalizadas com “músicas” que têm colocado a mulher num papel de objeto, de escrava sexual. O último grande escândalo foi a comentada surubinha, que contém uma letra promíscua, infame, impura, pecaminosa. Houve uma grande revolta, até que o clip foi retirado.
Mas o que é necessário reconhecer é que tal música é só a ponta do iceberg da impureza e da objetificação da mulher. Existe toda uma história que tem transformado as relações humanas em relações de troca de prazer; principalmente subjugando o sexo feminino. Muita gente condena os atuais funks pela banalização da sexualidade, por afrontar a dignidade feminina; porém, são favoráveis à vários outros movimentos e atos que são uma verdadeira degradação da dignidade feminina e/ou levaram para isso.
No ano de 1968 o Papa Beato Paulo VI publicou uma encíclica chamada Humanae Vitae, que foi massivamente criticada pela mídia e, pasmem, por muitos padres e Bispos liberais. O Papa condenou TODOS os métodos artificiais de contracepção, mostrando que a doutrina católica se opõe à cultura da contracepção. Mas o que isso tem a ver com a banalização da sexualidade e da degradação da mulher? No nº 17 da Encíclica o Papa diz algo que parece ter sido uma profecia, plenamente cumprida em nossos dias.
Os homens retos poderão convencer-se ainda mais da fundamentação da doutrina da Igreja neste campo, se quiserem refletir nas conseqüências dos métodos da regulação artificial da natalidade. Considerem, antes de mais, o caminho amplo e fácil que tais métodos abririam à infidelidade conjugal e à degradação da moralidade. Não é preciso ter muita experiência para conhecer a fraqueza humana e para compreender que os homens - os jovens especialmente, tão vulneráveis neste ponto - precisam de estímulo para serem fiéis à lei moral e não se lhes deve proporcionar qualquer meio fácil para eles eludirem a sua observância. É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada. (Papa Paulo VI – Humanae Vitae, 17. Grifo meu).
Para o ano de 1968, o Papa dizer isso, soava como delírio, puritanismo, loucura. Bom, digamos que os liberais do final da década de 60 disseram que o Papa Paulo VI era um lunático. Era inimaginável para muitos que o que o Papa disse no trecho acima viesse a acontecer. Mas, em pleno século XXI, podemos dizer que não só aconteceu, mas foi pior do que o Papa previra.
Nosso Senhor Jesus Cristo veio nos ensinar a lei do amor; a revolução sexual, veio subjugar o amor, fazendo imperar a lei do prazer. Hoje podemos lastimavelmente dizer que a sociedade clama por mais sexo, menos amor. Tudo em consequência da revolução cultural que afetou a tantos na sociedade.
É claro que a contracepção não foi o único vilão nessa história, mas foi um dos principais. Com a cultura contraceptiva, a sexualidade virou algo banal.
Muitos comercializaram e propagandearam a pílula anticoncepcional como uma forma de libertação da mulher, pois agora ela não mais seria escrava do seu marido, era a dona do seu próprio corpo. Qual foi o resultado disso? Boa parte dos homens, deixando-se levar pela infidelidade, amaram a proposta. Com as pílulas, camisinhas, DIU’s, e afins, o homem começa a fazer da mulher uma escrava sexual: tem relação sem se preocupar em engravidar a mulher, depois que enjoa da mesma, joga-a na sarjeta. O Papa disse que a contracepção faria com que os homens não se preocupassem com o equilíbrio físico e psicológico da mulher, pois iriam querer somente o prazer. E é exatamente isso que observamos nos namoros tão modernos e tão liberais dos dias de hoje, nos pseudo casamentos, na cultura moderna que querem fazer que aceitemos. Muitas mulheres não são realizadas como mulher, como mãe, como esposas, porque são simplesmente objetos sexuais. Quantas mulheres sentem saudades de ouvir de um homem as palavras “eu te amo”, mas vindas do coração, sabendo que esse homem deseja se sacrificar por ela, deseja formar uma família com ela. Não! Tais mulheres apenas recebem um elogio, um eu te amo, somente quando o homem está ardendo em desejos por ela. Ainda no namoro (ou antes, numa “amizade colorida”) saem a noite e tem relação sexual; no outro dia nem liga; passa uma semana, o homem liga novamente, desejando, é claro, sair novamente. E, infelizmente, muitas mulheres estão escravizadas nesse tipo de relacionamento baseado somente em mais sexo, e menos amor – quase nada, para falar a verdade.
O Papa fez o alerta que os jovens seriam os mais vulneráveis. Isso se mostra verdade. Hoje desde cedo os jovens são ensinados a serem prostitutos e prostitutas. Nas escolas os profissionais levam centenas de preservativos e doam para adolescentes. Rapazes incentivados a seduzirem e terem relação sexual com jovenzinhas; jovenzinhas que são ensinadas que não tem problema perder a pureza e ter relação sexual com os rapazes, desde que usem camisinha e tomem pílulas. E assim temos uma geração que cresce desejando sexo, mas não o amor.
Os jovens são mais afetados por isso por causa da pornografia, das novelas, dos ídolos adolescentes, que mostram a impureza de diversas formas. A propaganda do sexo livre está em todo lugar. Hoje quem se opuser à esta cultura é taxado de fanático religioso, lunático; mas, infelizmente, as pessoas não estão caindo em si que estão sendo verdadeiramente escravas do prazer desordenado.
O Papa Paulo VI disse que com a contracepção o homem iria pouco a pouco perdendo o respeito pela mulher. E foi o que aconteceu. Se olharmos a história, veremos que a cada década as coisas foram piorando aos poucos. No princípio observamos que os homens começaram a não serem mais fieis as suas esposas; depois as esposas começaram a serem adúlteras; depois veio os “relacionamentos abertos”, onde só precisava morar junto, sem ter filhos; depois, ali pelos anos 90, começa a ficar normal os namorados terem relação sexual e, em alguns lugares, os pais deixam que os namorados façam isso em suas casas; depois vem a onda de não ter compromisso com ninguém e sair tendo relação sexual com qualquer pessoa, desde que você queira; depois, como nada satisfez o ser humano, começa-se a promoção do lesbianismo e homossexualismo... Enfim, tudo vale, desde que se dê prazer – esse é o pensamento moderno.
Hoje as pessoas, infelizmente, olham as relações humanas somente do ponto de vista sexual. Muitos não creem nem mesmo na amizade entre as pessoas. Para os liberais tudo tem que ter um cunho sexual. É por isso que para essa gente a castidade é uma loucura, enquanto, na verdade, é uma expressão de amor; enquanto a sexualidade depravada de nossos tempos é uma expressão da escravidão, onde se escraviza o outro, se usa o outro, em nome da execução do meu prazer.
E aí chegamos aos funks atuais e demais “músicas” que colocam a mulher como objetos sexuais. A letra que mandava (não vou escrever o absurdo originalmente, pois é algo impróprio e impuro) embriagar a mulher, transar com ela e depois abandonar na rua, é a síntese do que o Papa Paulo VI alertou: “É ainda de recear que o homem, habituando-se ao uso das práticas anticoncepcionais, acabe por perder o respeito pela mulher e, sem se preocupar mais com o equilíbrio físico e psicológico dela, chegue a considerá-la como simples instrumento de prazer egoísta e não mais como a sua companheira, respeitada e amada”.  O funkeiro que compôs tal letra, assim como todos os outros pseudos artistas da atualidade, mostram que o Papa tinha razão: perderam o respeito pela mulher, estão pouco se lixando para a dignidade feminina, querem apenas usá-las como objeto sexual e depois abandonam-nas. Essa é a triste realidade. O homem submetido a esta cultura foi ensinado a olhar a mulher como a fonte do seu prazer, sem responsabilidade alguma, afinal, a gravidez não é uma consequência pois se evita por preservativos e/ou pílulas. E se eles falharem? Se falharem, não se preocupem, as feministas estão lutando pelo direito de as mulheres continuarem sendo escravas sexuais, querendo a todo custo legalizar o aborto, para que homens usem as mulheres como escravas sexuais e depois abortem seus próprios filhos.
E, para aqueles gostam de defender o funk, não foi apenas um caso isolado. Todos sabem que faz muito tempo que boa parte dos funks denigrem a mulher. Ou vai me dizer que os famosos “vai novinha” gritado por muitos significa o que? Muitas jovenzinhas, principalmente menor de idade, são aliciadas e o pessoal acha bonito. Depois pretendo fazer um post só sobre as letras de funk para que observem que não é algo atual, mas que sempre teve o cunho sexual em boa parte de tal movimento, só que hoje é bem mais explícito e vulgar – chegando ao extremo de incentivar um estupro.
Além disso, infelizmente, muitas mulheres que deveriam ficar emocionadas com a fala do Papa Paulo VI e lutar por mais dignidade, são as primeiras a aderir ao movimento mais sexo, menos amor. Muitas ao lerem textos semelhantes a este, começam a ficar raivosas, xingando o autor, dizendo que o mesmo é gay, que o importante é amar (que significa sentir atração pelo outro – nisso, a pessoa já “amou” umas 20 pessoas nos últimos dois anos, e só fica o vazio de ser usada e de ter usado, mas continua insistindo no sexo livre, ao invés de escutar a Igreja e dar uma chance a instituição do casamento). Tanto é verdade, que o próprio funk tem mulheres que fazem fama e dinheiro cantando músicas que colocam a mulher num status de escrava sexual. Não preciso citar nomes, se você consome este tipo de música, sabe que artistas fazem isso. Quando eu ouvia tais imundícies, cansei de ouvir letras que chamavam as mulheres de “cachorras”, e nem sempre eram os homens que chamam a mulher disso, mas as próprias mulheres com letras inapropriadas para citar aqui, é que incentivavam a cultura da prostituição generalizada, onde todo mundo transa com todo mundo.
É por isso que afirmo que o Papa Paulo VI estava certíssimo no que disse, de fato se cumpriu o que profetizou na encíclica. Mas, cá para nós, a sociedade ficou muito pior do que o Papa previra. A cultura do sexo livre levou os homens e as mulheres à loucura. Se há 60 anos atrás as mulheres exultariam ao ver um homem defendendo sua dignidade, hoje, no entanto, as mulheres dizem que são loucos, que o Papa é gagá, que querem é sexo.
É por isso que está cada vez mais difícil amar, pois as pessoas só sabem o que é prazer. Muitas mulheres sensatas buscam homens que amem, e não que sejam ditadores sexuais; muitos homens, não adeptos dessa cultura medonha, buscam mulheres virtuosas, e não uma mulher que pelas vestes e costumes se apresenta como mera mercadoria que se entrega conforme o querer do freguês.

Espero que um dia as pessoas descubram que têm um cérebro, e passem a usá-lo para pensar, e parem de tomar suas decisões baseadas na libido.




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1 comentários

  1. Um dos melhores e mais sensatos artigos que já li sobre o assunto. Valeu, Anderson! Irei levar adiante. :)

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