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Prof. Anderson Bezerra

 

Há exatos dois anos, num 22/08, dia de Nossa Senhora Rainha, eu me matriculava pela segunda vez em um curso de Direito. Sim, em 2010 eu já havia tentado fazer tal curso. Em 2019 surgiu uma oportunidade. Retornei. Mas, novamente num 2º bimestre, agora com uma pandemia, tranquei.

Mas hoje, novamente num 22 de agosto, anuncio que retornei ao curso de Direito. Na verdade, só estou anunciando agora, porque eu retornei no semestre passado (risos). Mas gostaria de contar um pouco o porquê eu tranquei; aí talvez você entenda o meu silêncio – ou tentativa.

Quando eu cursava Direito em 2010/2011 eu era um jovem meio que sem rumo na vida. Fazia mais pela busca de status. Não havia sentido.  Em 2019 eu estava muito bem exercendo minha profissão de pedagogo/professor. Já não era um jovem sem rumo. Cursava o Direito, no entanto, porque aproveitava um oportunidade; todavia, não conseguia ver um sentido transcendente naquilo senão uma possibilidade futura de retorno financeiro.

Durante o 2º semestre do curso, já em meio a pandemia, sem poder exercer meu trabalho por causa da suspensão das aulas e em meio as dúvidas se o contrato de professores temporários seria mantido e renovado, peguei dengue. Fiquei ruim. Tive dificuldades. Mas até que me superei e ia bem no quesito notas. Todavia, o período doente e as incertezas da vida me fizeram fazer um questionamento profundo da minha vida: por que estou gastando tempo e dinheiro com um curso de Direito se o que hoje vejo como realização é trabalhar como professor? Só estou querendo dinheiro? É status? Esse curso é um sonho meu ou das pessoas que estão a minha volta? Sim, havia toda uma pressão também. Eu estava fazendo por mim e por Deus ou para provar algo para terceiros?

Em meio aos questionamentos, eu lia o livro Ser Cristão na Era Neopagã, com textos selecionados do Cardeal Ratzinger (Bento XVI). Em um artigo sobre a consciência, Ratzinger diz “A estrada da mera capacidade técnica, do puro poder, é a imitação de um ídolo, não a realização da semelhança com Deus. O específico do homem não consiste em interrogar-se sobre o seu ‘poder’, mas sobre o seu ‘dever’, na sua abertura à voz da verdade e das suas exigências”. Meditando muito nessas palavras, diante de Deus, na minha consciência, perguntava: eu posso fazer direito... Mas eu devo? O Direito me daria um aparente poder; afinal, mesmo que não fosse garantido  eu me tornar juiz, certamente entre amigos e parentes fica-se o ar de “poder”.

Qual a vontade de Deus em tudo isso? Poucos se preocupam com “vontade de Deus” em questões acadêmicas e profissionais, mas eu costume sempre colocar Deus em primeiro lugar. Pelo menos tento. Pelo menos é o que eu deveria fazer sempre.

Resumindo: vi que pelo menos para aquele momento não fazia sentido pra mim e não poderia continuar no curso só para agradar as pessoas. Eu tive que enfrentar o constrangimento de trancar pela segunda vez. Mas dessa vez eu estava realmente decidido.

Mas como no texto de Ratzinger também havia uma frase marcante do Cardeal Newman que dizia “eu gostava de escolher o meu caminho. Agora, porém, rezo: Senhor, guia-me!”, passei a rezar também isso. Dizia para Deus e para Nossa Senhora que eu só iria voltar um dia para o Direito (coisa que eu achava bem improvável) se eu tivesse um sentido real; afinal, muito bem repetia Viktor Frankl, parafraseando Nietzsche, “quem tem um porquê, suporta qualquer como”. Estava decidido: se eu achasse um porquê no Direito além de questão financeira eu retornaria.

Não achei o sentido nos primeiros meses. Achei em alguns momentos julgamentos de quem não sabia o que vivia na minha alma. Eu vivia uma crise existencial- além de outros problemas particulares que não convém citar. Mas eu era, para alguns, um louco que trancou Direito. Mas mais louco é quem faz um curso de 5 anos sem gostar só para agradar os outros. Ou até mesmo aquele que faz pensando no Direito e, que desgraça, consegue ganhar dinheiro; todavia, tem que gastar o dinheiro com antidepressivos e drogas para esquecer da vida medíocre que é fazer algo só por dinheiro.

Enfim, ficava eu sempre lembrando que devo buscar fazer o meu dever, não ficar buscando poder. E também pedia para Deus me guiar – como sempre fez, diga-se de passagem!

Bom, mas o fato é que no decorrer do ano de 2020 e início de 2021 foram surgindo situações concretas que foram me despertando para um sentido transcendente no âmbito jurídico. Não posso dizer detalhadamente o quê exatamente me fez enxergar um sentido porque daria outro textão; todavia, Deus e Nossa Senhora responderam minhas orações: eu comecei a enxergar um sentido, algo transcendente no Direito que eu poderia fazer por amor a Deus e pelos irmãos.

Bom, para não deixar você que leu até aqui no vácuo, resumirei o motivo: percebi que minha missão não é dar aula para criança, mas posso ir além: trabalhar na defesa das crianças e adolescentes que vivem em situações de vulnerabilidade social. Quantos casos de maltrato de crianças pude ver! Ia ver algo de futebol e aparecia casos do tipo. Outras vezes surgiam situações de pessoas do convívio. E ia vendo também a letargia dos agentes (ou das instituições) públicos em algumas situações.

Logo, fui vendo isso como uma questão de dever para mim que tinha a oportunidade de cursar Direito.

Enfim, anuncio que retornei ao curso não para me aparecer, mas para suplicar vossas orações. Eu ainda temo trancar de novo – e não sei se trancando pela terceira vez se peço música no Fantástico ou no STF (risos).

Enfim, busquemos  sempre fazer a vontade de Deus. Busque o Reino de Deus em primeiro lugar e tudo o mais Ele vos dará  por acréscimo. As vezes Deus pede o sacrifício de Isaac. As vezes Deus permite que sacrifiquemos o Isaac de uma faculdade, relacionamento, emprego etc. para que possamos nos purificar e acolhermos essas realidades (ou melhores) ressuscitadas mais à frente. As coisas do jeito e na vontade de Deus são melhores e dão seus frutos a seu tempo.

 

Que Santo Ivo e a Virgem Maria, Rainha do Céu e da Terra e Advogada nossa, intercedam por mim e por ti junto a Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus, e nos alcance fortaleza, sabedoria, graça, paz e santidade e toda sorte de bênçãos!

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Sabe quando você se olha no espelho e percebe que não é mais um garotinho – nem criança, nem adolescente? Você olha e vê que a aparência mudou, que cresceu, envelheceu. Mas amadureceu? Percebe que além da barba na cara, também há cicatrizes na alma. Feridas que se abriram e fecharam. Sonhos que morreram, outros que se realizaram. Bom, também outros que surgiram ao se olhar no espelho. Ou melhor, ao olhar para si e contemplar – ou tentar – o que Deus quer que você seja.

 

Esta semana fiz 29 anos e aprofundei a meditação sobre o que fiz e o que tenho feito da minha vida. Já são quase 30 anos de vida. Quantos erros! Quantos pecados! Quantos equívocos! Eu confesso que tenho medo das pessoas que dizem que não se arrependem de nada que fizeram no passado. Os erros serviram de aprendizado? Sim. A culpa de Adão é chamada de feliz por ter merecido tão nobre Salvador. Mas não tem um que não admita que o melhor era não ter tido o pecado original. Pecamos. Deus manifestou sua misericórdia. Mas o ideal é não pecar. Mas, pecando, uma vez arrependidos, Ele nos perdoa.

 

Mas não quero escrever aqui para lamuriar meus pecados nem fazer com que você o faça. Mas quero – isto sim - que meditemos no quanto estamos perdendo tempo. No meu caso são 29 anos em que Deus me dá a oportunidade de ser santo e eu nada aproveito por causa dos meus pecados. Precisamos tomar a decisão de, cada um na vocação particular que Deus o chama, levar a sério a vida cristã.

 

Graças a Deus, no dia do meu aniversário, antes que a melancolia do pensar nos erros do passado e no tempo perdido, pude meditar nas palavras de Santa Teresa de Ávila: “Recuperai, Deus meu, o tempo perdido dando-me graças no presente e no futuro, para que eu me apresente diante de Vós com vestes de bodas, pois se quiserdes podeis”.

 

Então entendi que o mais importante não é olhar o tempo perdido nem ficar ansioso com o tempo que pode ou não pode ter pela frente; mas confiar inteiramente na Misericórdia do Senhor Jesus, pois pela graça dEle nós podemos recuperar 29 anos (ou mais) perdidos em um segundo – pois Ele é Deus e Misericórdia nossa! Mesmo que você esteja longe do Senhor há anos, décadas... Só decida voltar. Ele remediará o tempo perdido e te fará santo(a) porque Ele pode! Não tenhas medo!

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 O Estado laico é aquele que não sofre influência de alguma religião. No Brasil, porém, o Estado laico avança o entendimento: a religião não interfere no Estado, mas o Estado pode sim interferir na religião.

Não se enganem! Só o fato de o STF estar julgando se as igrejas (seja de qual denominação for) podem abrir ou não, já mostra que estamos à beira do caos - jurídico e quiçá social. O artigo 5º (que é cláusula pétrea, ou seja, ninguém pode suprimir) da CF/88 diz em seu inciso VI que

<<é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;>>

Quem for favorável ao fechamento das Igrejas vai dizer que ninguém está violando a liberdade de consciência, afinal pode-se continuar sendo católico, evangélico de qualquer denominação. Mas - insisto! -, leia novamente: é "ASSEGURADO O LIVRE EXERCÍCIO DOS CULTOS RELIGIOSOS". Eu não tenho apenas o direito de professar a fé católica, eu tenho o direito de PRATICAR, ou seja, EXERCITAR conforme os mandamentos da fé católica. (Citei o catolicismo como exemplo e seguirei citando. Você, evangélico, adapte para sua confissão).

Para quem é católico sabe que não dá para comungar virtualmente. Não dá para batizar pelo Meet. É preciso de um ministro ordenado jogando água no catecúmeno. Não tem como casar EAD. O exercício da religião envolve muita coisa. E a própria celebração do Rito, no caso da minha religião, a Missa, tem uma liturgia que precisa ser seguida pessoalmente. A Igreja Católica concede aos Bispos a faculdade de liberar os fiéis de sua diocese do preceito dominical ou não. Se meu Bispo fechar as Igrejas por conta própria, posso não concordar, mas obedecerei porque é uma faculdade que a Mãe Igreja concede. A discussão é: fechar as Igrejas por ordem do Estado! Aí é que está o xis da questão. É o cúmulo!

Se o Bispo Católico ou um Pastor protestante quiser fechar os templos sob seu zelo, é uma coisa. O problema é o poder estatal interferindo no direito constitucional da liberdade de EXERCÍCIO da religião.

E aproveito o texto pra falar o seguinte: tem muita gente abusando do poder estatal, sim! Ano passado, lá em SC órgãos de uma prefeitura interromperam uma Missa de Crisma (olhem na CF a questão da proteção da liturgia das religiões). O Bispo decidiu celebrar a Missa de Crisma no salão paroquial por ter como espaçar melhor. A prefeitura, por sua vez, disse que se a Missa não foi celebrada na nave da Igreja, caracterizava como evento. Olha só o absurdo. Em propriedade privada, o padre tem o direito de celebrar a Missa até no teto da Igreja se ele quiser e o direito da Igreja não proibir. Por que? Porque é garantida a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Uma prefeitura não pode simplesmente invadir uma liturgia, causando constrangimento nos adolescentes que recebiam o sacramento do Crisma.

Enfim, o caso acima foi apenas para ilustrar um dos abusos que estão sendo cometidos.
A prática da religião faz muito bem àqueles que estão buscando neste momento de pandemia. Mas a questão não é essa. É a interferência Estatal na religião, como dito.

Por fim, lembro: da minha experiência, não tem lugar que mais siga os protocolos de segurança contra a Covid-19 do que as Igrejas. Vários padres aumentaram o número de Missas para que possa atender mais pessoas sem aglomerar. Temos distanciamento e os demais protocolos. Por que fechar? As eleições em 2020 eram super essenciais e podiam ocorrer sem problemas, não é mesmo? Aglomerar em campanha eleitoral é lindo e maravilhoso, mas ficar na Igreja a dois metros do irmão e banhando-se de álcool em gel é perigoso.
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 Nem tudo na vida cristã pode ser vista sob a ótica da causa e efeito. Um exemplo claro disso é a teologia protestante da prosperidade. Muitos acreditam que adorar/servir a Deus é uma causa; o enriquecimento, por sua vez, será o efeito. Quanto mais sou agradável a Deus, mais abençoado (materialmente) eu sou.

Todavia, nada mais enganoso do que isso. Não bastasse a vida dos Apóstolos, podemos ver que as coisas não funcionam assim ao meditarmos o episódio do jovem rico. Aquele jovem seguia quase todos os mandamentos (causa), mas a ordem (efeito) de Cristo para ele foi vender tudo o que possuía, dar aos pobres e seguir Jesus no caminho da humildade e da pobreza. Logo, observamos que riqueza ou pobreza não define se alguém é adorador ou não.

Logo, o ser rico ou o ser pobre, o ser doente ou o ser são, não definem se você serve a Deus ou não. O como você reage no sofrimento e/ou no gozo é que definirão a quem realmente você serve. São Paulo fala que  “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8,28). E tudo significa tudo mesmo: está doente? Em Cristo, te fará bem! Está são? Em Cristo, te fará bem! É pobre? Em Cristo, te fará bem! És rico? Em Cristo, te fará bem. A questão é amar a Deus, e não esperar riqueza e bençãos materiais em troca da nossa adoração. Se você até vai na Igreja, mas diante de um sofrimento só blasfema - ou mesmo diante das bençãos cai no orgulho e na soberba, uma coisa e outra te fará mal. Pouco importa a penúria ou a bonança, pois o importante é amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo.

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Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!

A obediência, no contexto religioso católico, sempre foi algo de suma importância. A obediência de Cristo à vontade do Pai, a obediência dos Apóstolos à Cristo e a obediência em geral dos santos à Cristo através de Seus representantes, sempre foram motivos de meditação de metas a atingir. Todavia, ao longo da história muitos uniram-se à Lúcifer no brado contra Deus: “Não servirei”.

Santa Faustina dizia que o demônio pode se ocultar sob o manto da humildade, mas nunca sob o da obediência. Há quem conteste sua santidade e/ou suas visões; mas quem estuda sua vida não tem como contestar sua obediência. Ela é santa não porque teve visões e colóquios místicos com o Senhor, mas porque obedeceu a vontade de Deus expressa em seus superiores – conforme as próprias regras da comunidade onde se consagrou. Em visão foi-lhe mostrado que ela devia fundar um convento; por obediência aos superiores, continuou na Congregação até a morte (embora a fundação da nova comunidade se tenha dado espiritualmente, pois muitas comunidades posteriormente foram fundadas com inspiração no carisma da misericórdia proposto pela santa).

Mas hoje as pessoas não querem obedecer aos seus pastores. O padre, Bispo e até o Papa são seres sem autoridade. Só se é digno de “obediência” quando a vontade destes abraçam a minha. Mas isso nunca foi obediência, senão conveniência.

Uma santa doutora da Igreja outrora nos ensinou: “quando se tem consciência limpa e obediência, o Senhor nunca permite que o demônio tenha poder para nos enganar de uma maneira capaz de prejudicar a alma. Pelo contrário, é o demônio que se vê enganado.” (Santa Teresa de Jesus – Fundações, Cap.  4)

Nossa querida Teresa pedia às carmelitas consciência limpa e obediência. A nossa geração não tem nenhuma das duas. Bom, sobre a consciência não posso falar pois não estou na cabeça de ninguém; mas é perceptível que muitos têm a consciência no mínimo deturpada pelo egoísmo e por heresias camufladas de boa doutrina.


Antes de falar da consciência limpa, medite sobre a obediência. Hoje há religiosos com voto de obediência que não querem obedecer aos superiores porque acham que determinado caminho é melhor. Há membros de comunidades de vida que ao receber uma ordem, se recusa a obedecer. Quando eu era vocacionado da comunidade Shalom aprendi muito sobre as podas; hoje, no entanto, qualquer poda o sujeito já diz que está sendo perseguido e humilhado. Eu cresci na fé ouvindo músicas e pregações de membros da Canção Nova, onde diziam que por obediência ficaram um ano sem fazer shows e/ou pregações; mas davam testemunho que neste um ano foi onde mais ouviu a Deus e pôde compor músicas que se tornaram conhecidas e utilizadas para tantos momentos de oração. Já hoje, se um membro de vida (aquele que se consagra e se dedica exclusivamente à comunidade) recebe a ordem de ficar seis meses sem fazer show e/ou pregar, é o início do fogo no parquinho.

Os religiosos com votos têm que obedecer em tudo? Sim. Os leigos em geral tem que obedecer em tudo o pároco, o Bispo e o Papa? Sim. Sem exceção? Não! A exceção é justamente a consciência limpa. Como assim? A Igreja e vários santos nos ensinam que são não devemos obedecer aos nossos superiores quando estes nos mandam fazer algo que seja PECADO. Exemplo: Se ao confessar o padre me desse como penitência me masturbar, é ÓBVIO que não sou obrigado a obedecer. Aliás, se o padre ou até o Papa mandar fazer algo que a Igreja há anos e anos já definiu que é pecado, não devo sequer cogitar obedecer.


O problema da consciência é que nem sempre ela está limpa. Muita gente começa a obedecer seus superiores alegando questão de consciência quando, na verdade, são apenas escrúpulos de mentes atormentadas. Suponhamos que o Padre passe de penitência para o sujeito a recitação do rosário com quatro terços. Vai ter gente se negando porque tradicionalmente se rezava com três e os luminosos foram acrescidos por São João Paulo II. Suponhamos ainda que um religioso é proibido de pregar ou de exercer algum apostolado. Há quem faça mesmo desobedecendo e outros que até pedirão desligamento da comunidade. Não pregar é pecado? Pregar ou não pregar é indiferente quando se está em obediência. Santa Teresinha do Menino Jesus é padroeira das missões sem nunca ter pregado; embora com sua oração e obediência tenha ajudado a salvar almas. Já tantos pregadores por vontade própria quando muito causaram confusão.

Essas desobediências, pequenas ou grandes, são aberturas para a ação do demônio, como bem expôs Santa Teresa acima. Quantos apostolados e vocações se findaram por causa da falta de obediência.

Talvez alguns ainda digam que têm a consciência limpa. Mas será que está limpa mesmo? O Cardeal Ratzinger tratou da questão da consciência:

“Ficam evidentes dois critérios para discernir a presença de uma autêntica voz da consciência: ela não coincide com o desejo ou gosto pessoal e não se identifica com o que é mais vantajoso do ponto de vista social, com a aprovação do grupo ou com as exigências do poder político e social.” (Ratzinger - Ser Cristão na Era Neopagã)

É por isso que é importantíssimo fazer uma séria reflexão. Santa Teresa diz que Jesus não permitirá que o demônio perca uma alma que tenha obediência e consciência limpa. Mas muita gente pode estar com seguindo uma falsa voz da consciência. De acordo com o que vimos Ratzinger falar, a voz da consciência não é a voz da minha vontade. Nem sempre o correto vai vir de encontro à minha vontade. Muitas vezes colocamos como consciência limpa o que é na verdade mais cômodo para nós. Exemplo: um religioso escreve um livro e pede autorização do seu superior para publicar. Este diz que não deve publicar agora. O religioso, por sua vez, ao ver que a matéria do livro era importante para a salvação das almas, decide sair da comunidade religiosa para publicar o livro. Questão de consciência? Bom, não seria conveniência? Fama pelo livro publicado, dinheiro de vendas etc. Os santos buscavam sempre fazer da vontade do superior a própria vontade de Deus. A consciência era utilizada nas questões em que se manda fazer algo que é pecado.

A consciência ainda deve ser bem meditada por todos nós leigos que não temos voto de obediência. É claro que precisamos obedecer o pároco, coordenadores de apostolado (quando se faz parte de algum), mas como não temos a vida consagrada como um religioso, temos que buscar ter consciência reta. Exemplo: sair do emprego A para o B é algo bom ou vou apenas porque ganharei mais? Isso é importante meditar. Quando se segue a vida profissional somente focando no financeiro, esquece-se que determinado emprego pode te levar a pecar, a trabalhar em excesso te fazendo não ter tempo para a vida sacramental nem para a educação dos filhos etc.

Por fim, busquem andar com as duas asas: consciência limpa e obediência, mesmo sendo leigos. As vezes a gente pensa: não sou religioso, estou tendo uma oportunidade de crescimento pessoal... vou deixar esse negócio de Missa diária e ir somente nos domingos para focar no crescimento profissional. De maneira racional, ok. Mas guiado pelo orgulho, soberba, ganância etc. pode ser uma bela de uma armadilha do demônio. Portanto, limpe a consciência e, sempre que for possível, leve tua consciência à um sacerdote para que este pelo conselho ou mesmo pela obediência, te certifique da limpeza de consciência.

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