A GUERRA é consequência do PECADO da humanidade!

by - dezembro 20, 2016

Salve Maria Imaculada, nossa Corredentora e Mãe!
No famoso trecho bíblico da Armadura do Cristão, S. Paulo diz “Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever” (Efésios 6,13). Caríssimos, não há como negar que nós, em pleno século XXI, vivemos em dias maus: catástrofes, atentados, guerras, rumores de guerras maiores... Eis o que cerca o cotidiano das pessoas desta geração. Outro dia mesmo percebi que era feito uma transmissão ao vivo no Facebook de uma invasão na Síria. Vivemos em dias maus, e o terror ameaça toda a terra.
No final do século XIX, na Itália, vivia a Beata Elena guerra, que escreveu ao Papa Leão XIII pedindo a consagração do século XX – tão ferido pelo mal – ao Espírito Santo. A Beata disse ao Papa “Santo Padre, o mundo é mal, o espírito de satanás triunfa na pervertida sociedade e uma multidão de almas se distancia do Coração de Deus”. O que a beta disse acerca da sociedade do século XIX, serve para nós do século XXI. O espírito do divisor, daquele que veio para matar, roubar e destruir (cf. João 10,10) parece triunfar, e o flagelo da guerra tem atingido e ameaçado a muitos.
Mas por que existe a guerra? – Muitos devem fazer essa pergunta. Alguns até chegam a acusar Deus, como se Ele fosse responsável pelas nossas más escolhas. Deus nos fez dotados de liberdade, nos criou para o amor – mas a liberdade nos impele a fazer escolhas e a arcar com suas consequências. O homem de hoje, porém, escolhe o ódio, o caminho contrário ao de Deus, mas quando vem a sua consequência, acusam a Deus, ao invés de assumir a própria culpa. Se Deus é vida, consequentemente, se revoltar contra Deus, é escolher a morte. Deus sendo amor, um mundo sem Deus é, no entanto, o ódio encarnado.
Neste momento em que muitos se preocupam com o futuro da humanidade diante de fortes acontecimentos, dos rumores de guerra, etc., não poderia negligenciar esta reflexão, pois é extremamente necessária. O homem está colhendo o que ele mesmo plantou. O Papa São João Paulo II disse certa vez “o homem pode construir um mundo sem Deus; porém, este mundo acabará se voltando contra o homem”. Portanto, o que assistimos não é a causa, mas o efeito do que a humanidade mesma plantou. Foi plantado no passado recente um mundo sem Deus, agora, este mundo insano, está se voltando conta o próprio homem. Da mesma maneira que o homem, criatura de Deus, se voltou contra o seu criador, agora está sociedade criada pelo homem, se volta contra este mostrando o quão fraco é sem Deus.
Portanto, não fiquemos apenas na discussão superficial de “relações exteriores”. A causa da guerra é o pecado do homem. As situações econômicas e sociais que impelem à guerra, nada mais é do que resultado de uma sociedade sem moral, sem Deus, que é guiada somente pela ganância, pelo poder, pelo dinheiro, pela sede de dominação – nem que isso leve a dizimação de outros povos. Infelizmente, há muitos Hitler’s escondidos nos corações de muitos: desejam ardentemente dominar o mundo e dizimar povos e nações.
Se você deseja ter a paz mundial, deve em primeiríssimo lugar cortar a sua causa, não seu efeito. Uma pessoa que tem câncer não toma remédio para passar essa ou aquela dor, mas faz um tratamento para eliminar o tumor. Mais ainda: quando se sabe que o tumor é consequência de um ato x, retira-se o tumor, e muda-se o hábito para não fazer o ato x para não voltar a ter o tumor. Um outro exemplo: se sabemos que a aids se prolifera com o sexo desregrado, toma-se as medidas cabíveis para não viver na promiscuidade, mas sim na castidade, e, quando casados, na fidelidade. Tratando-se da guerra, em vão será eliminar os efeitos, quando as causas só nos levam para guerras piores. No século passado tivemos duas grandes guerras; de lá para cá, diversas outras guerras “menores” levando dores terríveis a tantas pessoas, até chegarmos ao caos e a sensação de uma terceira guerra. O mundo evoluiu em tecnologia, em possibilidades, mas continua se autodestruindo. E a raiz disso está na negação de Deus, numa sociedade politicamente correta, onde se aceita tudo – menos o cristianismo. Numa sociedade construída sobre a areia, onde é guiada pelos prazeres da carne, onde a lei é o pecado. O resultado é isto que estamos vendo.
O Concílio Vaticano II, realizado após as duas grandes guerras, vai nos alertar para este fato: “Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo; mas na medida em que, unidos em caridade, superam o pecado, superadas ficam também as lutas, até que se realize aquela palavra: «com as espadas forjarão arados e foices com as lanças. Nenhum povo levantará a espada contra outro e jamais se exercitarão para a guerra» (Is. 2, 4).” (GAUDIUM ET SPES, 78 )(Grifo meu). Portanto, caríssimos, a Igreja está nos alertando que enquanto povo viver no PECADO o perigo da guerra estará continuamente nos ameaçando... até Jesus voltar! Isso pode ser um choque, porque para muitos “católicos”, após o CVII nada mais é pecado, inferno não existe, etc.; porém, estamos vendo a IGREJA em pleno Concílio falar que a guerra é consequência do PECADO do ser humano.
O Concílio Vaticano II reafirma, portanto, as mensagens de Nossa Senhora em Fátima, no ano de 1917. Neste ano, onde se começou grandes acontecimentos tais como revolução comunista, onde a Rússia espalhou seus erros, Nossa Senhora aparece em Fátima, Portugal, para trazer uma mensagem de conversão e penitência para o povo de Deus. A Virgem pediu que o povo rezasse o terço todos os dias para alcançar o fim da guerra, e disse algo muito grave que a sociedade atual não se importa: Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”. Eis o apelo da Santíssima Virgem! Ela pede que paremos de ofender a Deus, pois Ele já está muito ofendido. Em La Salette, na França, no ano de 1846, Nossa Senhora já havia aparecido e dito que “os pecados dos homens são a causa de todos os sofrimentos que ocorrem sobre a terra.” Para não dizerem, porém, que não se deve dar crédito a aparições – embora estas citadas foram aprovadas pela Igreja – a Igreja afirma através de um Concílio esta grande verdade, e não poderão negar aqueles que se dizem ser católicos. O Concílio Vaticano II confirma Fátima e La Salette afirmando que a guerra é consequência do pecado, ou, melhor ainda, para usar os próprios termos do Concílio “Na medida em que os homens são pecadores, o perigo da guerra ameaça-os e continuará a ameaçá-los até à vinda de Cristo”.
Como construir a paz mundial, então? Ora, superando o pecado. Voltando-se para Deus. Não há como querer construir uma sociedade de paz, se continuamos a querer viver alimentando-nos do pecado. Temos que parar de semear na carne. Por isso, é interessante lembrarmos que antes de Nossa Senhora aparecer aos três pastorinhos, quem apareceu para as veneráveis crianças foi o Anjo da Paz, e este lhes disse: “De tudo que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores. Atraí assim, sobre a vossa Pátria, a paz”. Ou seja, a PAZ seria atraída para a Pátria dos pastorinhos, ou seja, Portugal, com as orações e penitências feitas por eles, em reparação aos PECADOS que a humanidade cometia. Ou seja, essa súplica pela conversão dos PECADORES, portanto, com o povo largando o pecado e se voltando para Cristo, automaticamente a PAZ era atraída, pois a origem da guerra – o pecado – era eliminado da sociedade.
Querer fazer uma sociedade justa, pacífica, sem Jesus Cristo é uma tremenda utopia. Já propagandearam essa ideia através do Comunismo e regimes semelhantes, sobretudo hoje nessa cultura do politicamente correto, e o que vimos (e estamos vendo) é a morte, a destruição, o ódio, etc. Seja na guerra do oriente médio, nos atentados muçulmanos ao Ocidente, nas tretas entre EUA e Rússia, Irã, etc., seja no tráfico de drogas com milhões de pessoas morrendo pela droga ou na guerra que ela gera, seja no caos social, etc., tudo tem sua origem porque o mundo tem procurado, porém sem sucesso, a paz naquilo e naqueles que são incapazes de lhe dar a paz. Só existe alguém capaz de dar a paz ao mundo: JESUS CRISTO!
No século XX, tempo marcado por grande dor e sofrimento, também nos mostra o exemplo de grandes santos. Uma dentre tantas testemunhas, é Santa Faustina. Ela foi uma mística que teve várias visões e revelações de Jesus Cristo. Nosso Senhor falava para ela sobre a guerra, a necessidade de oração, de conversão, e lhe pedia penitências. Certa vez, porém, Nosso Senhor lhe falou algo que precisa ser gritado na ONU, nos Palácios dos diversos governantes, na mídia, em tudo o planeta: “O MUNDO NÃO ENCONTRARÁ A PAZ, ENQUANTO NÃO SE VOLTAR COM CONFIANÇA PARA A FONTE DA MINHA MISERICÓRDIA”. Podem tentar todas as pseudo soluções, só chegaremos ao caos, caso não voltemos para Cristo, Nosso Senhor!
O Concílio Vaticano II confirma isso também. Para quem leu o Diário de Santa Faustina, vai perceber que a devoção a divina Misericórdia, esta “fonte da Misericórdia” está ligada sobretudo ao sacramento da penitência, ou seja, a confissão dos pecados, e ao Santo Sacrifício da Missa, onde comungamos o Corpo e o Sangue do Senhor, que se entrega na Eucaristia por amor à nós. Portanto, refletido isso, eis que o Concílio afirma:
Quando a Igreja, em virtude da sua missão divina, prega a todos os homens o Evangelho e lhes dispensa os tesouros da graça, contribui para a consolidação da paz em todo o mundo e para estabelecer um sólido fundamento para a fraterna comunidade dos homens e dos povos, a saber: o conhecimento da lei divina e natural. (GAUDIUM ET SPES, 89) (Grifo meu).
Portanto, caríssimos, o Concílio está afirmando que quanto mais a Igreja Católica está presente no mundo pregando o Evangelho (portanto, com a possibilidade de CONVERSÕES, saindo do pecado, retornando a graça de Deus) e dispensando os povos os tesouros da graça, eis que contribui para consolidar a paz no mundo. Ora, mas o que são “tesouros da graça”? Os tesouros da Igreja são os sacramentos: Batismo, Confissão, Eucaristia, Ordem, Unção dos Enfermos, Matrimônio, Crisma. Eis que isso confirma o que Jesus disse à Santa Faustina. Óh, se de fato a humanidade se voltasse com confiança para a Misericórdia de Cristo, ou seja, se aceitasse os tesouros da Igreja, sobretudo o batismo – para aqueles que não são batizados; mas que necessário se faz hoje recorrer à confissão para ser perdoado dos pecados, e a Eucaristia para estar unido a Cristo. Daí provém a salvação do mundo. Por isso, na própria aparição de Nossa Senhora em Fátima, a Santíssima Virgem pede que façamos a Comunhão Reparadora para alcançarmos a paz (saibamais clicando aqui).
Temos que orar e vigiar, pois os dias são maus. Mas, não tenhamos medo, pois Nosso Senhor e Salvador, JESUS CRISTO, bem nos alertou: Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim. Irá levantar-se nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome, peste e grandes desgraças em diversos lugares. Tudo isso será apenas o início das dores. [...]” (Mateus 24,6-7) E também disse: “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo havereis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.” (João 16,33).
Finalizo lembrando que Nossa Senhora disse aos pastorinhos em Fátima, que para alcançarem a paz, deviam, além da comunhão reparadora que foi citada, rezar o Terço todos os dias. Pergunto-vos: tens rezado o Terço todos os dias? Bom, acho que é o momento propício para voltarmos a reacender essa importante devoção em nossas famílias. Reze o Terço com sua família, ou só se ninguém quiser rezar com você... Mas REZE! São 20 ou 30 minutos dedicados a meditar nos mistérios da nossa salvação, e a suplicar o auxílio da Mãe de Deus. Que a Senhora da Paz interceda por nós e nos dê a graça da perseverança final.
Viva Cristo Rei! Salve Maria Imaculada, corredentora e Mãe da humanidade!

Quem quiser se aprofundar:
-Memórias da Irmã Lúcia

-Diário de Santa Faustina






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